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Tudo mentira! A verdade obscura sobre os Óleos de Cozinha

02 de outubro de 2015
Postado por Cinthia Prado

Recentemente, a internet entrou em polvorosa quando uma matéria do programa Bem Estar (Rede Globo) mostrou a médica nutricionista Maria Silvia Lavrador condenando o uso de óleo de coco para o preparo de alimentos, e exaltando os benefícios do uso de óleo de canola.

Após a matéria ir ao ar, vários profissionais da saúde se posicionaram contra a declaração da nutricionista, como o médico cardiologista Dr. Lair Ribeiro.

É que, segundo estudos, os óleos de cozinha mais comuns tornam-se prejudiciais à saúde quando expostos a altas temperaturas, por possuírem maior quantidade de gorduras transgênicas e poli-insaturadas, que as deixa mais instáveis durante o processo de cozimento, e pode até liberar substâncias tóxicas.

De acordo com a nutricionista Shirlei de Jesus, “Óleos vegetais, tais como o de milho, soja, algodão e canola se deformam quando expostos à luz, calor e pressão”. Como com polêmica sobre saúde não se brinca, fomos atrás da explicação correta para você.

 

Afinal, onde nascem as canolas

Elas não nascem. O produto é fabricado por meio de um derivado da colza, e esse nome não é de uma planta como o girassol ou o milho, é uma sigla para o nome comercial “CANadian Oil Low Acid”.

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“O problema do óleo de canola é que quando ele é produzido e passa pelo processo de refinamento (desodorização), produz isômeros Trans (fenômeno químico de dois ou mais compostos com a mesma fórmula molecular e fórmula espacial diferentes) e durante o cozimento eles liberam compostos tóxicos que podem ter efeitos prejudiciais à saúde”, afirma a nutricionista Mayara Desidério.

Segundo o site do cirurgião plástico e nutriendocrinologista Victor Sorrentino, dentre os riscos que o consumo de óleo de canola pode causar estão nada menos que o o câncer de mama, a cegueira, a doença da vaca louca, coagulação no sangue e a limitação do crescimento.

 

Quando usar canola

A nutricionista Fábia Resende explica que, sobretudo, por ser composto de quantidades equilibradas de gorduras saturadas, poli-insaturadas e monoinsaturadas, o óleo de canola é perfeito para preparações culinárias, como saladas ou finalização de pratos, mas impróprio para a fritura, ou seja, você pode utilizá-lo em qualquer preparo que evite o calor que o reverta em tóxico.

 

E os óleos de soja, milho, algodão e girassol?

Um estudo realizado pela Faculdade Mackenzie observou que o principal perigo desses tipos de gorduras é que eles são transgênicos (organismos geneticamente modificados pela indústria), ou seja, possuem alterações em suas sementes para suportar a produção em larga escala.

Essas alterações em seu DNA são feitas para diminuir o uso de agrotóxicos e evitar pragas nas plantações. Por isso, deve-se evitar o consumo excessivo deles.

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Os 4 tem composições semelhantes, por isso a nutricionista faz um alerta: “Mais de 90% das sementes plantadas no Brasil são transgênicas, o que faz com que essas plantas deixem de ser produtos saudáveis, já que estudos mostram que os alimentos transgênicos podem ser cancerígenos”.  

 

Azeite vem da azeitona, elixir da vida, ou quase…

Em alimentos frios ou após finalizar uma preparação quente, o azeite realça o sabor, aumenta a absorção de vitaminas e, além de prevenir diabetes, é bom para os ossos, para diminuir o risco de câncer, aumentar a cicatrização, regular o colesterol, suavizar rachaduras corporais causadas pelo frio, aumentar a elasticidade dos músculos e atinge 100% de digestão, conforme a publicação feita pela Editora Insumos.

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Mas, em contrapartida, há um estudo (na verdade existem vários) que mostra os malefícios em utilizá-lo para fritura, pois ele também libera substâncias tóxicas quando elevado à altas temperaturas.

 

Gorduras animais são deliciosas e fatais!

Resende destaca que “Há ainda as gorduras animais, como a banha de porco, que são fontes de gordura saturada e colesterol e, definitivamente, não devem ser consumidas”. O bacon chora.

 

Mas a polêmica era o Óleo de Coco…

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Até a publicação desse artigo, ele é considerado bom. Mas isso muda quase todos os dias.

O óleo de coco extravirgem é uma fonte de gordura saturada, ou seja, não recebe aditivos químicos na produção e não se altera em contato com temperaturas elevadas, preservando assim sua qualidade nutricional.

De acordo com alguns estudos, seu uso melhora a circulação sanguínea, reduz o colesterol e triglicérides, aumenta o bom colesterol, previne doenças cardiovasculares, auxilia no tratamento de osteoporose, diabetes, hepatite c, herpes, e outras dieases relacionadas a vírus. Além disso, segundo outros estudos, ele também ajuda em doenças da vesícula biliar, doença de Crohn e cancro.

 

Além de tudo, emagrece!

Uma pesquisa realizada com 32 pacientes no ambulatório de cardiologia de Valparaíso de Goiás destacou algumas alterações entre os que participaram do teste.

Eles tiveram uma redução significativa de peso, índice de massa corporal, relação abdômen-quadris, perímetro abdominal, triglicérides, lipoproteína de muito baixa densidade, bem como aumento significativo nas concentrações de apo A-I (predição de risco cardiovascular). Além de apresentarem uma tendência à redução do colesterol total e lipoproteína de baixa densidade.

A nutricionista Camila de Assis recomenda: “Você pode trocar todos os óleos pelo óleo de coco. Ele, inclusive, pode ser reutilizado quantas vocês você quiser, sem prejuízo nenhum”. Ela destaca que o grande vilão desta compra é o preço, muitas vezes mais alto que os convencionais.

 

 Imagem de capa:  mdemulher

 Fontes: Bireme | Scielo | Bireme | DrVictorSorrentino | DrVictorSorrentino | ClinicaViarengo | Facebook  GloboTv | Bireme | PuraVida | SecretariadeEstadodaSaúde | Cib  | Repository | Ufpe | MegaHear |   

 

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