4400 pessoas desaparecem desde os anos 30 e retornam repentinamente sem terem envelhecido. Iguais só na aparência, muitas adquiriram habilidades incomuns e agora tentam retomar suas vidas ou se adaptar a um novo tempo. Criada por Scott Peters (V: Visitantes; Goosebumps) e René Echevarria (Star Trek: Deep Space Nince), The 4400 é uma série de ficção científica dramática que merece ser vista especialmente por quem é fã de Lost, Heroes ou Flash Forward.
Com 4 temporadas, de 2004 a 2007, a série prende a atenção já no Piloto. Você vai conhecer personagens densos interpretados por atores pouco conhecidos, num enredo de histórias conectadas no melhor efeito dominó.
As pessoas desaparecidas retornam
Os efeitos especiais são medianos, mas isso não importa realmente para o movimento dos episódios. O ponto forte da série é a trama dos personagens: por que foram escolhidos? Para onde foram levados e, mais importante, por que foram mudados?
Patrick John Fleuger, Joel Gretsch e Chad Faust dão vida a uma das famílias mais conturbadas da série.
The 4400 fala sobre adaptação e respeito às diferenças, laços emocionais desfeitos e recuperação. Também nos faz refletir sobre que tipo de mundo estamos criando e traz, enfim, uma pergunta: a ajuda terá de vir de fora?
Maia Rutlege (Conchita Campbell), a primeira desaparecida
Como ficção científica é algo difícil de sustentar, a série foi cancelada antes do início da quinta e última temporada. A quarta deixa um final em aberto, que tem sequência em dois livros: Welcome to Promise City, de Geg Cox, e Promisses Broken, de David Mack. Eu soube disso antes de começar a assistir, fato que não me impediu em nada de aproveitar. Se você não se importa de ler o final ao invés de assisti-lo, vá em frente!
*Não achei nenhum trailer com legenda que fosse decente para mostrar #fail
ACOMPANHÔMETRO
Veja sozinho ou sempre com a mesma pessoa. A história é complexa demais pra você ficar explicando que “não, não é esse o cara que trabalha para o governo” ou “sim, essa é a menina que voltou”.
HUMORÔMETRO
Tenso e dramático. Porém, os mais fracos podem assistir numa boa, que não é nenhum Hitchcock.
VALE A PIPOCA?
Cada episódio tem cerca de 40 minutos, vai do seu nível de nervosismo.
PRÊMIOS
Indicado para:
Primetime Emmy de melhor minissérie
Primetime Emmy de melhor roteiro
Primetime Emmy de direção de arte
Saturn Awards de melhor série de TV a cabo
Atenção para a atriz Conchita Campbell, a Maia, indicada para diversas categorias do Young Artist Awards.
TRILHA SONORA
Não é um destaque, mas fecha legal.
NOTA
8,5
EU QUERO!
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Karoline Vitto Gomes – estudante de moda em Florianópolis, amante de cinema, fotografia, design e arquitetura. Como qualquer pessoa que mora sozinha, comida e filmes são mais que obrigação. De sci-fi a gângster, Disney a Tarantino, não esperem aqui uma linha que siga em uma única direção: por um mundo cinematográfico eclético e de boa qualidade.