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Sologamia: comprometimento com o amor próprio vira tendência no Brasil

O casamento sologâmico não diz respeito a orientação sexual ou celibato.

Daiane Oliveira Publicado: 30/05/2019 14:36 | Atualizado: 30/05/2019 14:38

Nós já estamos acostumados com os conceitos de monogamia, bigamia e poligamia – que dizem respeito basicamente ao casamento com uma, duas e várias pessoas, respectivamente.

Apesar de no Brasil vivermos um regime monogâmico e do Código Penal Brasileiro tipificar bigamia como um “crime contra o casamento” já existem casos de união estável poliafetiva registrados no país.

Recentemente, porém, uma nova “tendência” chegou ao país: foi realizado o primeiro casamento sologâmico brasileiro. Mas calma! Se o conceito é novo para você, assim como era para muita gente, explicamos: a sologamia nada mais é do que o casamento consigo mesmo.

Em Belo Horizonte (MG) a organizadora de eventos Jussara Dutra Couto casou-se consigo mesma. E teve ensaio fotográfico, cerimônia, ritual de jogar o buquê, festa e tudo o que uma noiva “tradicional” tem direito – mesmo sendo um casamento nada tradicional.

Esse “ritual” pode parecer estranho, mas não é novidade pelo mundo. A americana Linda Barker foi a primeira mulher a fazer isso, ainda em 1993. Em alguns países norte-americanos e europeus já houveram várias cerimônias do tipo.

Os sologâmicos têm sempre uma coisa em comum: reforçam a ideia de que “o amor próprio é tão importante quanto o amor romântico”; e consideram o casamento solo como uma forma de celebrar o amor que sentem por si mesmas.

Mas não devemos confundir com uma pessoa “autossexual”. Segundo artigo da BBC, o termo foi cunhado pelo terapeuta sexual Bernard Apfelbaum em um artigo publicado em 1989, e se refere a pessoas que têm dificuldade de se excitar sexualmente com outra pessoa. O que é diferente da sologamia.

O casamento sologâmico não diz respeito a orientação sexual ou opção pelo celibato, como muitos pensam. Essas pessoas podem futuramente casar-se em cerimônias tradicionais caso queiram, já que o ritual é apenas simbólico.

Jussara abriu as portas para a prática aqui no Brasil e, acreditando que a moda vai pegar, juntou-se a uma sócia e criaram a empresa Eu Comigo Eventos, uma assessoria especializada em eventos sologâmicos. E aí, toparia se casar com você mesmo?

Fonte(s): BBC, Telegraph, Folha de São Paulo
Daiane Oliveira
Jornalista, artesã, feminista, acadêmica de Literatura e mãe. Discute religião, política, sexo, hábitos sustentáveis e amenidades. Não discute futebol porque não entende. Quem sabe um dia.

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