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Salmão: O segredo que ninguém te contou e que você precisa saber

14 de abril de 2016
Postado por Rui Davi

A gente sempre acha que os produtos industrializados são os mais nocivos à nossa saúde. Tudo que é comercializado em caixas, latas, congelados, conservados tendem a fazer os mais preocupados com a saúde torcerem o nariz.

Pois é, saiba que aquele salmãozinho fresco que você acabou de comprar com a consciência mais tranquila que a da Bela Gil fazendo churrasco de melancia, pode estar, literalmente, te envenenando!

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O site Bulletproof analisou o peixe mais querido e desejado, o salmão. Ele é muito consumido por ser, além de delicioso, muito saudável e rico em nutrientes especiais.

Mas, se ao invés de viver solto na natureza, o salmão for cultivado em criatório ele pode estar recheado com diversos antibióticos, estimulantes e até mercúrio, que é altamente perigoso para nosso organismo. Dá só uma olhada!

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Como diferenciar o bom Salmão?

Repare nesta imagem:

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bulletproof

Os dois pedaços são de salmão, só que o da esquerda foi pescado na natureza e o da direita foi cultivado em cativeiro.

Veja que o salmão selvagem tem uma cor vermelho-vivo e transparece vigor, enquanto o outro é alaranjado, pálido e até parece que morreu de alguma doença.

Essa coloração do salmão selvagem vem de uma substância chamada “Astaxantina“, presente em certas algas, plânctons e camarões, que são a base da alimentação desse peixe. Como os animais cultivados não ingerem essa substância, os criadores injetam na dieta dos peixes a astaxantina sintética.

Segundo estudo publicado no Bio Med Central, grande parte dessa substância vem de produtos petroquímicos, como o carvão (!!!) e que não é nada parecida com sua versão natural.

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E além da cor?

Segundo um estudo publicado no The National Center for Biotechnology Informaton, a astaxantina natural é um poderoso antioxidante e anti-inflamatório, além de melhorar o fluxo sanguíneo.

Segundo um outro estudo, publicado no Alternative Medicine Review, ela também aumenta a produção de energia e protege suas mitocôndrias, já que reforça as membranas celulares, evitando a entrada de tipos nocivos de oxigênio.

Além disso, um terceiro estudo, publicado no Cyanotech, revelou que se usada como suplemento muscular, a astaxantina aumenta a resistência em mais de 50%.

Mas, infelizmente, os peixes cultivados não possuem esses “superpoderes” naturais.

Qual o risco do salmão “engaiolado”?

A ração do salmão pescado nos criadouros contém farinha e óleo de peixe, que possuem risco de contaminação por dioxina e mercúrio, substâncias cancerígenas.

Na tentativa de diminuir esse risco, os piscicultores substituíram a composição da ração com proteína de milho, soja e óleo vegetal.

Mas essa mudança na dieta deixa os peixes muito vulneráveis a doenças, então os criadores aplicam antibióticos para mantê-los saudáveis e isso vai direto para seu organismo, como informou o estudo publicado no Farmed and Dangerous.

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Então, o que eu posso comer?

Evite os salmões cultivados e tente consumir apenas os peixes que vieram direto da natureza.

Segundo um estudo publicado no U.S. Food and Drug Administration, foi identificado que o salmão selvagem contém níveis mínimos de contaminação por mercúrio. Por isso as agências de regulação americanas recomendam o consumo da carne desse animal, várias vezes durante a semana.

Sabe quando você desconfia que o preço daquele salmão está barato demais? Então. Seu instinto está certo, o barato pode sair caro.

ATUALIZANDO: Por outro lado…

Recebemos uma mensagem bastante pertinente do oceanógrafo Marcelo Lacerda, que deu um parecer diferente do que foi citado no artigo do site Bulletproof.

“É necessário tomar muito cuidado quando se afirma que todo o salmão cultivado recebe cargas de antibióticos e produtos sintéticos em sua produção. Caso isso fosse necessário, o valor final pro produto aumentaria e não estaria abaixo do valor do “salmão selvagem”, como é dito na matéria.

Por exemplo, o salmão no Chile é considerado um commodity (imagina a pressão que sofre sobre seu preço).

Essas teorias não são novas, acontece com os hormônios do crescimento no frango, etc. Esquecendo todo o trabalho na parte de genética. Sabemos do problema da oferta de alimento que o planeta já vem passando.

As criações no mar (mariculturas) se mostram como a melhor opção, pois além de utilizarem uma área que não conflita com outras atividades de ocupação humana, não consome água doce (que também é um problema real nosso). Sem falar que os peixes são reproduzidos em laboratório e sem se utilizar da pesca predatória (na fabricação da ração é utilizada proteína de pesca predatória).

 Muitas vezes, algumas instituições de pesquisa são  “compradas” pelos gigantes da carne bovina (e bota gigantes nisso). Em 2014 a produção de proteína animal no mar superou a produção em terra. Imagina a pressão que eles estão sofrendo. Não acho que todos devemos parar de consumir proteína produzida em terra (adoro carne e vou continuar fazendo churrasco), o que me preocupa é importar desconfianças.

Sou produtor de peixe marinho no Estado do Rio de Janeiro, trabalhamos com bijupirás na Ilha Grande. A área tem licenças ambientais, monitoramento de água, carne do animal, etc. Enfim, tudo que a legislação pede.

Mais uma vez eu digo, meu medo é essa nossa mania de importar desconfianças sem real entendimento de todos os lados.”

 

EXTRA: A Receita mais indicada para sua saúde

Aqui vai uma receita publicada pelo site Bulletproof: The Cookbook que vai trazer à tona o verdadeiro sabor do salmão e garantir que você consuma todos os nutrientes.

Anota aí!

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Ingredientes:

  • 2 postas de Salmão Selvagem (230g cada)
  • 1 colher de sopa de Leite de Coco
  • 1 colher de sopa de Manteiga Sem Sal
  • 1 colher de sopa de Ervas Frescas picadas (como cebolinha, salsa, ou coentro)
  • Fatias de Limão para servir
  • Sal
  • Papel manteiga

Como fazer

  • Pré-aqueça o forno a 160° C;
  • Coloque o salmão em uma assadeira coberta com um pedaço de papel manteiga;

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  • Passe bem os filés no leite de coco, tempere com sal e passe a manteiga por cima;
  • Depois enrole o peixe com papel manteiga e sele, dobrando as pontas para que o vapor não saia;

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  • Asse o peixe por 18 minutos e retire quando estiver quase no ponto (douradinho). Então salpique as ervas e esprema o limão por cima.

 

The Hearty Soul

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