A natureza-morta, gênero de pintura que reproduz objetos inanimados, acaba de ganhar um novo significado: cenário para possíveis cemitérios do futuro. Isto é o que o projeto Capsula Mundi propõe.

É diferente, vem com a gente.

Diferente de um amontoado de cruzes e lápides que parecem sombrias e pouco convidativas, a proposta de dois designers italianos é criar florestas-memoriais. Lá, cada resto mortal de uma pessoa teria a função de alimentar uma árvore, escolhida previamente por ela, antes de morrer, ou pela família.

Daí, o dia de finados seria um agradável passeio na floresta.

A técnica consiste em deixar o caixão de lado e colocar a pessoa em um ovo biodegradável de amido, que funcionaria como uma grande semente. Conectado à raiz da muda, os restos mortais alimentariam, então, o crescimento da planta.

Essa é uma evolução ainda mais bonita do que a já existente técnica de transformar os restos mortais de uma pessoa morta em adubo. Veja como funciona:

– Um ovo > como uma semente com um corpo dentro > colocado sob a terra > com uma árvore em cima > Esse é o ”Caixão” Capsula Mundi.

– …que plantados um ao lado dos outros, transformam um cemitério em uma floresta memorial!

Porém, mesmo na Itália, onde a ideia foi apresentada em uma exposição, ainda não é possível criar um cemitério florestal. Isto porque os modos de conservação do corpo precisam ser previstos em lei, o que ainda não é o caso desta novidade. Algumas pessoas, no entanto, já usam o mote nas lápides tradicionais:

Cemiterio Monumentale di Milano

E aí, vai querer ser enterrado, cremado ou ovulado quando morrer?

Você sabia?

O cipreste, uma das árvores mais presentes em cemitérios, é a preferida deste ambiente por contar com raízes superficiais. Se, no caso, colocássemos árvores de grande porte por lá, viveríamos nos deparando com ossadas desenterradas.

Necroturismo

Fonte: Capsula Mundi