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Sinta-se Bem

Poderoso ‘remédio’ natural contra Diabetes ganha a comunidade científica

O que era taxado de ‘modinha’, foi comprovado como ultra eficiente.

Daiane Oliveira Publicado: 08/08/2019 15:53 | Atualizado: 08/08/2019 16:14

Diabetes é uma doença séria que tem tomado proporções epidêmicas pelo mundo, matando mais do que câncer e Aids juntos. Juntamente com os variados tipos de câncer e doenças cardiovasculares, a diabetes compõe as “Doenças Crônicas Não Transmissíveis”, responsáveis por mais de 70% das mortes em todo o mundo.

As doenças crônicas não transmissíveis são uma das dez ameças à saúde que a OMS busca combater durante esse ano de 2019. A Organização atribui cinco fatores que têm impulsionado a ocorrência dessas doenças pelo mundo – um desses fatores é a dieta pouco saudável.

Quando falamos especificamente de Diabetes do Tipo 2, aquela que é ‘adquirida’ durante a vida e decorre especialmente de obesidade, uma dieta saudável pode ser a chave para acertar a doença na raiz do seu problema.

Mais do que apenas saudável: baseada em plantas!

Mais do que apenas saudável, estudos têm levantados fortes evidências científicas sobre o potencial de uma dieta baseada em plantas no tratamento e prevenção de Diabetes Tipo 2.

Sobre isso, o médico e palestrante estadunidense Michael Greger, especialista em nutrição e questões de saúde pública, falou como uma dieta baseada em vegetais tem sido aceita e indicada por Associações de Diabetes pelo mundo, em um vídeo publicado no Youtube.

Greger revela que, numa trajetória científica, esse tipo específico de dieta como alternativa de tratamento complementar a doenças cardiovasculares e Diabetes já foi até ridicularizado por alguns estudos.

Em 2013, alguns pesquisadores ainda se referiam a ela como uma “dieta da moda”, mesmo reconhecendo a capacidade dela de diminuir o risco de desenvolvimento das doenças citadas.

Dois anos depois, as diretrizes das mesmas associações profissionais que haviam menosprezado dietas estritamente à base de vegetais, as recomendavam expressamente para pacientes com Diabetes tipo 2. Houve consenso geral sobre os efeitos positivos na vida desses pacientes e de portadores de doenças cardiovasculares.

Tanto que em 2017 a Associação Americana de Diabetes considerou essa dieta específica como um padrão aceitável na administração de Diabetes tipo 2, além de reconhecer que ela atuaria inclusive na prevenção à obesidade.

A Associação Canadense de Diabetes foi além e reconheceu que uma dieta à base de vegetais é uma verdadeira terapia nutricional médica que deve ser amplamente adotada no tratamento de Diabetes tipo 2. Além disso, destacou outros efeitos positivos:

  • Auxílio no controle do peso corporal;
  • Melhora dos índices de açúcar no sangue;
  • Redução dos riscos de doenças cardíacas;
  • Diminuição da necessidade de tratamento químico medicamentoso para Diabetes tipo 2.

Está claro que evidências não faltam. Mas Greger destaca um problema:

Os pacientes não têm conhecimento de que uma dieta específica poderia ajudá-los tão firmemente a tratar essa doença.

Pesquisadores canadense chegaram a essa mesma conclusão. Em um estudo mostraram que há um desencontro na relação médico-paciente. Médicos ouvidos pela pesquisa relataram que não abordam a dieta baseada em plantas com seus pacientes porque imaginam que eles não seguiriam uma alimentação ‘rígida’ assim.

Em contrapartida, 95% dos diabéticos tipo 2 ouvidos pelos pesquisadores alegaram que estariam dispostos a realizar uma mudança na alimentação se esta os ajudasse a controlar a doença.

Outro ponto destacado pelo médico é que muitos colegas de profissão estão desatualizados e ainda não acessaram as pesquisas que mostram evidências tão fortes da dieta baseada em plantas. Segundo Greger, esse é um dos objetivos do seu canal NutrictionFacts.org: levar a conhecimento público as evidências científicas levantadas por pesquisas recentes.

Michael finaliza que, para a ciência, está claro: dieta baseada em vegetais é eficiente para ajudar a tratar e ainda prevenir Diabetes do tipo 2, bem como diminuir riscos de doenças cardiovasculares e processos inflamatórios.

O que falta, ainda, é superar a cultura alimentar que adotamos, nos rendendo à comercialização generalizada de alimentos não saudáveis, assim como consumo indiscriminados de alimentos de origem animal.

Daiane Oliveira
Jornalista, artesã, feminista, acadêmica de Literatura e mãe. Discute religião, política, sexo, hábitos sustentáveis e amenidades. Não discute futebol porque não entende. Quem sabe um dia.

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