• Colabore!
  • Sobre nós
  • Contato

Atitude Coletiva

chevron_left
chevron_right

A ciência comprovou que pensar positivamente é extremamente poderoso para a saúde

Especialista ensina como desenvolver essa visão otimista.

Dario C L Barbosa Publicado: 06/11/2017 15:27 | Atualizado: 07/01/2018 12:28

Há pouco tempo publicamos um artigo sobre quanto e como os pensamentos, positivo ou negativo, podem influenciar a nossa vida.

Pois confirmando ainda mais esse fato, estudos científicos vem comprovando que ser uma pessoa positiva, ou seja, ver o lado bom da vida, realmente faz muito bem para a saúde!

Não que isso seja uma novidade, mas de acordo com The New York Times já não há dúvidas. O que acontece no cérebro realmente influencia o corpo, ou seja, nossas emoções realmente mexem com nosso organismo.

Vários estudos estão confirmando os benefícios reais que pensar positivamente pode trazer à nossa vida, como por exemplo, controle da pressão sanguínea, níveis saudáveis de açúcar no sangue, maior controle do peso e até ajuda na batalha contra a depressão.

A escritora estadunidense, Dra. Wendy Schlessel Harpham, contou à publicação que foi diagnosticada com câncer há 27 anos. Durante 15 anos realizou o tratamento, tendo 8 recaídas da doença durante esse período.

Depois desses anos de sofrimento, a autora decidiu encarar a vida de outra forma, cercou-se de pensamentos positivos, situações agradáveis e procurou viver da maneira mais harmoniosa possível.

Resultado: embora ainda não seja possível diagnosticá-la como curada, já que o câncer ainda existe, há 12 anos Dra. Harphan não tem uma recaída da doença e vive uma vida praticamente normal.

Sou pessimista, e agora?

De certo que uma autora de livros de autoajuda provavelmente tem uma propensão maior em ver o lado bom da vida. Mas e quanto a nós, meros mortais, como pensar positivo quando o universo parece conspirar para que andemos com uma nuvem negra sob a cabeça?

A professora de ciências sociais médicas da Northwestern University Feinberg School of Medicine, em Chicago, Dra. Judith T. Moskowitz, desenvolveu um conjunto de oito habilidades para ajudar a promover emoções positivas nas pessoas que não tem os paranauê do pensamento positivo.

De acordo com a pesquisa liderado por ela e publicada no site científico Dovepress, após 15 meses de prática, pessoas recém diagnosticadas com o vírus HIV apresentaram uma carga menor do vírus, tornando-se mais propensas a tomar os medicamentos da forma recomendada, sem precisar de antidepressivos para lidar com a doença.

As 8 Habilidades para ser mais positivo

O objetivo do esqueminha criado pela Dra. Moskowitz é ajudar as pessoas a se sentirem felizes, calmas e satisfeitas, mesmo se estiverem enfrentando tempos difíceis, como a batalha contra uma doença grave, por exemplo.

O interessado em treinar o pensamento positivo deve, no mínimo, empregar três das oito habilidades em sua rotina e se comprometer a praticar uma nova por dia, pelo menos. Aqui estão elas:

  • Reconhecer um evento positivo a cada dia;

  • Experimente esse evento e registre-o em um diário ou informe a alguém sobre isso;

  • Comece um diário de gratidão;

  • Liste uma força pessoal e observe como você a usou;

  • Defina um objetivo alcançável e anote seu progresso;

  • Informe uma coisa que te estressa e liste as formas de como poderia reavaliar a situação de forma positiva;

  • Reconheça e pratique pequenos atos de gentileza diariamente;

  • Experimente ficar atento, concentrando-se no aqui e agora, em vez do passado ou futuro.

Praticando de verdade

Gregg De Mezza, um arquiteto de 56 anos que foi diagnosticado com câncer há 4 anos, participou da pesquisa da Dra. Moskowitz. Após se culpar, sentindo-se “estúpido” e “descuidado” por ter sido infectado pelo vírus, ele procurou nas 8 habilidades a saída para se ver livre dos sentimentos destrutivos e o resultado mudou completamente sua vida.

“Quando participei da pesquisa, senti como se todo o mundo estivesse completamente ‘desmanchando’. O treinamento me lembrou de confiar nas pessoas próximas e eu decidi ser sincero com meus amigos. Eu percebi que mostrar sua força real é mostrar sua fraqueza. Sem trocadilhos, isso me tornou mais positivo, mais compassivo, e agora estou mais saudável do que nunca “. – disse ele à publicação.

E não foi apenas Gregg que sentiu os efeitos do “pensar positivo”.

Este estudo, publicado no site científico NCBI, comprovou que um tratamento online das habilidades feito por pessoas com diabetes tipo 2 foi responsável por aumentar a positividade, diminuir os sentimentos de estresse, melhorar controle do açúcar no sangue, aumentar a atividade física e a alimentação saudável, promover um menor uso de tabaco e menor risco de morte.

Algo parecido aconteceu com mulheres diagnosticadas com câncer de mama. Após um tratamento online com as 8 habilidades, os sintomas de depressão diminuíram consideravelmente entre elas, conforme revela este outro estudo, também publicado no NCBI.

Viva mais, pense positivo!

E ver o lado bom das coisas pode ser tão incrível para sua saúde que inclusive pode te fazer viver mais. Este estudo, publicado no site científico Journal of Gerontology, analisou cerca de 4.000 pessoas em torno dos seus 50 anos e descobriu que pensar positivo pode realmente influenciar a saúde e a longevidade da pessoa.

Os cientistas deram duas explicações para tal feito. O primeiro é que, psicologicamente, a pessoa com visão positiva acaba por acreditar mais fielmente em suas habilidades, diminui o estresse e estimula comportamento mais saudáveis.

Já no lado físico, a pessoa que enxerga o copo meio cheio apresenta níveis mais baixos de proteína C-reativa, uma substância liberada por inflamações relacionadas ao estresse, que quase sempre está associado a doenças cardíacas e outras doenças.

Mesmo a pesquisa tendo comparado vários fatores, como idade, estado de saúde, sexo, raça e educação, os benefícios foram indiscutíveis à saúde, em comparação àqueles que tinham uma perspectiva negativa sobre a vida.

Que tal ficarmos atentos quanto a isso né? Pensar positivo não faz bem apenas para nossa cachola, até nosso corpinho pode sentir as diferenças. A próxima vez que bater o dedinho na quina do sofá, lembre-se disso.

Fonte(s): The New York Times
Dario C L Barbosa
Fundador e editor do Almanaque SOS. Paulistano, formado em Comunicação Social, trocou o rádio e a televisão pela internet em 2012. Vegetariano, meditante, na luta por consciência e equidade. ( Twitter - Instagram ).

Tá na rede!

Em caso de chefe
clique aqui