Não precisa beber café para sentir os efeitos: basta lembrar da bebida, diz estudo
Para muita gente, o dia só começa depois de uma boa xícara de café – ou várias. O problema é que, segundo estudo publicado no periódico Food and Chemical Toxicology, devemos tomar, no máximo, três copos de café de 150ml por dia. Isso porque a ingestão de cafeína só é considerada segura se não passar de 400 mg por dia.
Mas quem disse que precisa beber tudo isso? Pesquisadores da Universidade Monach e da Universidade de Toronto sugerem que ‘bebedores assíduos’ de café não precisam necessariamente ingerir a bebida para que sintam os efeitos dela.
Para chegar a essa conclusão os pesquisadores fizeram um estudo com 871 participantes de culturas ocidentais e orientais. Em 4 experimentos diferentes, teriam que pensar na substância sem realmente ingeri-la; enquanto tinham os níveis de excitação e batimentos cardíacos monitorados.
Os resultados foram curiosos: quando eram estimulados com imagens, cheiro e sons de café, os participantes se mostraram mais enérgicos, focados e com a frequência cardíaca aumentada. Os efeitos foram mais marcantes nos participantes de cultura ocidental, onde o café é mais popular, e tem conotações relacionadas a energia, foco e ambição.
Eugene Chan, um dos pesquisadores, afirma que isso ocorre graças à associação psicológica:
“Nossa pesquisa pode oferecer implicações intrigantes, pois não depende da fisiologia, mas sim de associações psicológicas para mudar nossos padrões cognitivos.
Este estudo poderia até mesmo ajudar a explicar como beber café descafeinado pode produzir tempos de reação mais rápidos em tarefas. Talvez a associação mental entre café e excitação seja tão forte que possa produzir mudanças cognitivas mesmo quando não há ingestão fisiológica de cafeína“, destacou.