Pra ir – O que fazer nesse feriado?
E eis que surge o convite de um amigo para contribuir com o site escrevendo uma coluna de não sei bem o quê e não sei bem pra quem. De verdade, eu não acredito ter alguma habilidade ou dom para escrever, mas estou sempre disposto a ajudar os amigos, principalmente os que veem algo em mim que eu mesmo não vejo. Essa foi a razão principal por aceitar esse desafio. Então, muito prazer caros leitores. Esse que vos fala, não é PHD em assunto nenhum, fala com a propriedade de alguém que acredita aproveitar a vida ao máximo, mas que está longe de ser o senhor da verdade e nem quer. Ri de si mesmo sempre que pode, quebra a cara com frequência, tem um estranho prazer em pagar a língua (além de comer polenguinho com doce de abóbora) e chora sempre que se olha no espelho. Resumindo, não estou aqui para ditar regras, nem defender nenhuma verdade, muito menos levantar qualquer bandeira. Apenas venho expressar minha opinião e qualquer um pode me julgar.
Agenda:
Enfim, o assunto inicial aborda o tema “o que fazer (em São Paulo) no feriado”. Normalmente, graças a um comportamento absolutamente hiperativo, eu já teria toda a programação pronta, feita em excel, com direito a convite via Outlook e um documento que exigisse que os envolvidos firmassem em cartório sua participação nos mesmos (sim, porque galera é sempre assim. Todo mundo se anima pra tudo e ninguém sai de casa pra nada). A questão é que esse feriado específico, eu decidi que não ficaria em São Paulo. Eu já tinha decidido que eu iria para qualquer lugar fora daqui. O mais low profile possível, para que eu pudesse ter alguns dias de sanidade mental e contribuir para a diminuição drástica da minha chance de um iminente transplante de fígado (como se isso não fosse inevitável).
Essa semana tem a parada GLS, não é a minha praia. Nada contra, mas tudo fica cheio e tudo fica over. É muita purpurina pra pouca cola tenaz, se é que me entendem. Eu prefiro ser educado e doar o meu lugar na cidade para aqueles que só a visitam uma vez por ano. A real, é que muitos pensam assim e tirando os eventos voltados para essa multidão do arco íris, tudo acaba sendo um tanto quanto “ok”. Em uma pesquisa breve, descobri que sim, haverão programas legais pela cidade como Nina Kraviz na D.Edge, BMW Jazz Festival, shows diversos pelos SESC espalhados pela cidade, além das exposições, mostras, peças, enfim, eu não tenho nenhuma novidade ou festa “super cool under hype-descolada” dessa vez. Qualquer guia do jornal ou um site mais elaborado pode fornecer centenas de opções pela cidade. Imperdíveis para muitos e desprezíveis para outros tantos.
Viajar parece uma grande besteira. O noticiário já informou que vai chover e fazer frio (como se alguém ainda confiasse neles). Pra alguém que odeia frio, é a morte. Sim, eu odeio o frio, com todas as minhas forças! Mas pra quem curte, tem milhares de opções como gastar o preço de um carro em Campos do Jordão, sopa no pão em Monte Verde, circuito das malha no tal do Sião e isso sem citar as deliciosas Gramado e Canela, com toda sua geada e neblina de congelar a ponta dos dedos e nariz (e tem gente que chama isso de “mágico”).
Programa pior seria se enfiar na praia, é o tal do programa de índio. No texto de hoje, esse é meu nome, índio. Sim, eu vou pro litoral. Pra nenhuma festa, com nenhum motivo aparente, contra todas as previsões. Não porque eu gosto de contrariar (sim, eu também gosto de fazer isso, mas juro que não é o caso), mas sim pq entre finais de semanas muito intensos, regados a after hours e baladas non stop, com litros de álcool e luzes estroboscópicas, precisamos fazer uma pausa. Uma espécie de manutenção preventiva do corpo. Bom, eu pelo menos preciso e nesse momento, dadas todas as condições, eu acho que não haveria outra opção a não ser me tornar o cacique do feriado. Chuva, amigos e nada pra fazer. Esse vai ser o meu feriado. Provavelmente uma espécie de ritual indígena, já que todos os que estiverem comigo serão tão índios como eu.
Resumindo, o que eu quis dizer nesse monte de besteiras e bobagens é o que todo mundo já está cansado de saber: seja lá o que você espera do seu feriado, se estiver com quem vc gosta, vai acabar sendo o melhor programa do mundo. O próximo feriado prolongado é só 15 de Novembro, então faça valer a pena. Se você vai pra Aspen ou pra Mongaguá, se vc vai ficar ou vem pra SP para ir na balada mais “ploc tosca” ou a mais “hypada AAA fuckin´plus platinum whateva”, se vai fazer o que todos gostam ou o que ninguém jamais pensou em fazer em um feriado, tanto faz. Junte as pessoas que você gosta e apenas faça uma ocasião qualquer se tornar uma memória inesquecível. Daquelas que a gente sempre solta um sorriso de canto quando lembramos mesmo depois de já ter acontecido há muito tempo. Cada um faz o que quer no feriado, mas o importante mesmo é chegar ao final dele com a certeza de que não teria feito absolutamente nada diferente. Eu e toda a tribo, estaremos mandando boas energias!
Música:
E pro feriado ser completo não pode faltar boa música e a dica de hoje é o novo álbum do Hot Chip que acabou de sair do forno! Mais uma vez eles destruíram com melodias e batidas tão dançantes que fica impossível manter o corpo imóvel ao ouvir o disco. Um pouco diferente de “One Life Stand” mas igualmente delicioso de ouvir, o quinteto parece ter vindo mais apaixonado dessa vez com “In our Heads”. Eu já tenho as minhas preferidas, vou dividir com vcs junto com o link para ouvir todas as músicas, na íntegra! Have Fun!
Motion Sickness ★★★ | How Do you Do ★★ | Don´t Deny your Heart ★★★ | Look At Where We Are ★★ | These Chains ★★★ | Night and Day ★★★ | Flutes ★★★★ | Now There is Nothing ★★★ | Ends of The Earth ★★ | Let Me Be Him ★★★★ | Always Been Your Love ★★★
Beijo pra quem é de beijo, abraço pra quem é de abraço
n3to