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O Poder da Gratidão aos olhos da Ciência

Agradecer é realmente um santo remédio.

Thays Martins Publicado: 07/02/2019 15:16 | Atualizado: 07/02/2019 15:22

Você já disse obrigado hoje? Não? Então, deveria começar. Pelo menos se quiser ser uma pessoa mais feliz. Isso porque o ato de ser grato faz com que as coisas negativas sejam deixadas de lado e consiga ver mais as positivas.

Pelo menos é o que mostram estudos sobre os efeitos da gratidão.

Sonja Lyubomirskya, pesquisadora da Universidade da Califórnia, em seu livro “A Ciência da Felicidade” indica que pessoas que demonstram gratidão com regularidade são mais felizes, prestativas e empáticas. Além disso, elas têm menos probabilidade de ficarem deprimidas.

A explicação está no nosso DNA.

A ganhadora do Prêmio Nobel de Medicina em 2009, Elizabeth Blackburn, descobriu que o nosso DNA tem enzimas que ficam mais curtas à medida que envelhecemos, impedindo a renovação celular. Vários fatores influenciam o cumprimento dessas enzimas, chamadas de telômeros.

De acordo com o autor de livro “A Biologia da Crença” e doutor em Biologia, Bruce Lipman, um desses fatores é a gratidão. Isso porque, ao se mostrar grato, automaticamente, o seu organismo entende que há uma razão para se continuar vivo.

“Felicidade e gratidão significam que você ama sua vida tanto que você quer mais. Então, inconscientemente, você ativa a enzima para crescer e melhorar sua vida. Se você tem uma visão otimista significa que você está olhando para o futuro”, explica o cientista.

No livro “Manual de Psicologia Positiva” (em tradução livre), Robert A. Emmons e Charles M. Shelton, lembram que a gratidão é colocada por várias religiões como algo positivo, mas esse sentimento vai além do espiritual, já que ele é essencial para a saúde emocional.

Os autores lembram que o escritor e filosofo inglês Chesterton afirmou que “a gratidão produz os momentos mais puramente alegres que já foram conhecidos pelo homem.”

Já para o monge beneditino, Steindl-Rast, as pessoas gratas se tornam mais felizes basicamente por serem gratas. Essa é a razão, de acordo com ele, de existirem tantas pessoas que têm tudo que poderiam querer e mesmo assim não são felizes. Enquanto isso, tem aquelas que estão em situações muito difíceis e conseguem ser felizes. Ele afirma:

“Não é a felicidade que traz a gratidão. É a gratidão que traz a felicidade.”

Como deixar de ser um “ogro” e começar a ser grato?

A resposta é simples, basta praticar.

Um estudo chamado “Os efeitos da expressão da gratidão na atividade cerebral” (em tradução livre), feito na Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, mostrou que quanto mais você agradece por  algo, mais propício você está a se sentir grato.

Provando isso, o estadunidense Brian Doyle fez um experimento de agradecimento, após quase morrer em um acidente de carro, o “365 dias de agradecimento“. Ele decidiu que por um ano iria agradecer cada dia a uma pessoa diferente. De acordo com ele, depois de um tempo ser grato virou um hábito.

“Isso se tornou natural. Eu acordo todos os dias e penso ‘a quem eu vou agradecer hoje?’ Em vez de pensar, essa aula será um saco, eu passo o resto do meu dia procurando ‘o bom’ e honestamente ele está em absolutamente todos os lugares”, revela.

No mesmo sentido, o pesquisador de Harvard, Shawn Achor, fez outro experimento:

Anote 3 coisas pelas quais você é grato todos os dias, durante 21 dias seguidos.

O resultado: níveis altos de otimismo por longos períodos (seis meses), trouxe mais calma aos participantes, bem como aumentou a força de vontade e o senso de equipe.

Uma pesquisa, publicada na revista cientifica Journal of Happiness Studies, mostrou que escrever cartas de agradecimento aumentou a felicidade e a satisfação com a vida dos participantes, enquanto diminuiu os sintomas depressivos.

Já no estudo conduzido pelos pesquisadores Robert A. Emmons e Michael E. McCullough um grupo tinha que escrever sobre algo que os deixava gratos, enquanto outros dois anotavam sobre coisas negativas ou neutras. Os que escreveram sobre gratidão se sentiram mais otimistas e tiveram menos visitas ao médico do que os outros dois grupos.

E tudo isso ocorre por um simples motivo: a liberação de dopamina. O neurotransmissor é responsável pela sensação de recompensa. Ao praticar a gratidão essa sensação boa se prolonga por mais tempo. Simples assim.

Então, você já foi grato hoje?

Fonte(s): Brian Doyle, A Ciência da Felicidade, The Healing Power of Gratitude, The effects of gratitude expression on neural activity, David Steindl-Rast: Quer ser feliz? Seja grato, NCBI, Handbook of Positive Psychology, Link springer, Medium, Oxford Scholarship, Hbrbr, Redalyc
Thays Martins
Estudante de jornalismo, acredita que ainda existe humanidade nas pessoas. Amante de viagens, boas conversas, discutir filmes loucos e contar histórias. Não faz nada sem os fones de ouvido e tem uma playlist que vai de Anitta a Johnny Cash. Acha que a beleza está nas pequenas coisas e ainda está tentando descobrir como não enlouquecer neste mundo.

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