Os modelos de famílias cada vez mais se distanciam do modelo tradicional. E ser solteiro merece uma atenção especial, principalmente pra se ter a resposta na ponta da língua naquele jantar de natal quando aquela tia disparar alguma daquelas perguntas: E o/a namorado/a? Não vai casar não?…
Para te ajudar a sair dessa sem babar de raiva da forma mais educada possível, basta argumentar que essa coisa chamada amor normalmente tem começo, meio e fim – e num prazo bem curto, diga-se de passagem. E não estamos falando de amor próprio.
Georgia Montemayor Flores, da Universidade Nacional Autônoma do México, afirma em uma pesquisa que o amor dura no máximo 4 anos. Sim amigos e amigas, o amor dura, com muita sorte…
…um intervalo entre copas do mundo;
— Dá tempo de esquecer o fiasco da Seleção Brasileira no último mundial que deve ter sido pior que qualquer caso de amor seu.
…um intervalo entre olimpíadas;
— Fica aí rodando por quatro anos enquanto o próximo romance acaba.
…um curso de graduação em artes cênicas;
— Talento é para os fracos! Fazer uma faculdade de artes cênicas pra fazer a melhor cena da sua vida na hora de terminar o relacionamento.
…quatro voltas terrestres em torno do sol;
— Você é o sol da minha vida….por quatro anos. Depois disso: falow, valeus!
Resumão: Não dá pra fazer muita coisa ou planejar nem a viagem pra próxima Copa do Mundo na Rússia (mas já dá pra treinar como pedir vodka: во́дка).
A pesquisa mexicana vai ainda mais fundo, diz que o amor é um estado físico-químico de demência temporal. Esse estado é comparado ao estado obsessivo compulsivo em que são produzidas substâncias químicas que atuariam no cérebro. Sim, todos ficam bobos de paixão, podendo afetar até a produtividade do indivíduo.
Mas o processo de “desapaixonar” é natural e uma forma de proteger a sanidade mental do ser humano. No lugar do amor romântico se desenvolve o apego que é bem diferente da paixão desenfreada. Ambos os sentimentos seriam impossíveis de se desenvolverem juntas porque têm estruturas cerebrais diferentes. Mas atenção, o desejo sexual pode estar combinada com ambas as fases (amor ou apego) e inclusive se manifestar por mais de uma pessoa – mais um motivo para continuarmos solteiros.
Pra terminar com qualquer argumento da sua tia em prol do casamento decore essa frase do estudo: “Como toda droga (…) o amor tem um preço. No início se perde a liberdade e também se torna dependente de outra pessoa. Por isso, deve-se lembrar que o desamor liberta”.
Imagem de capa: sodahead