Não assopre a vela em cima do bolo (sério, não faça isso!)
Assoprar a velinha do bolo e fazer um desejo faz parte do rito das festinhas de aniversário mundo afora. Eis que a ciência fez um alerta que pode mudar tudo.
Pesquisadores descobriram recentemente que o ritual de assoprar as velas em cima do bolo aumenta em até 1400% o número de bactérias presentes na cobertura. É glacê, ganache ou micróbios?
O estudo feito pela Universidade de Clemson, nos EUA, publicado no site do Centro Canadense de Ciência e Educação, colocou 11 pessoas para assoprar velinhas em cima de de seus respectivos bolos falsos, forrados com folhas de papel, para calcular o número de bactérias que esse assopro expele sob a superfície do alimento.
Antes de simular a ação que sucede o famoso “rá-tim-bum”, os voluntários comeram alguns quitutes, como pizza, por exemplo, para ativar as glândulas salivares, como acontece em qualquer festinha. Após o experimento, que foi repetido por 3 dias, as folhas foram levadas para análise, foi constatado que as bactérias da superfície examinada aumentaram em média 14 vezes.
Segundo Dr. Paul Dawson, cientista envolvido no estudo, em entrevista ao site The Atlanic, em alguns casos as bactérias chegaram a aumentar cerca de 120 vezes, o que revela que há pessoas que “jogam” mais bactérias que outras.
“Algumas pessoas sopram no bolo e não transferem nenhuma bactéria. Entretanto existem algumas pessoas que realmente, por qualquer motivo transferem muitas bactérias”, alerta o profissional.
Entretanto, há uma notícia relativamente boa nessa história. Tirando a parte do “nojinho” de comer um bolo contaminado com saliva alheia, podemos ficar despreocupados pois essas bactérias não representam risco à nossa saúde. De acordo com Dr. Dawson, nossa boca está repleta desses microorganismos, por isso não há com o que nos preocuparmos.
“Se alguém soprar 100.000 vezes uma vela, aí a chance de você ficar doente ao comer o bolo provavelmente seria muito mínima”, disse Paul Dawnson.
Mas cá entre nós, se está comprovado que bactérias migram aos milhares da boca para o bolo, não custa nada assoprar a velinha longe da sobremesa, né?