Não compre esse Azeite: 6 marcas foram proibidas pelo Ministério da Agricultura
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A fábrica misturava diversos óleos e distribuía como azeite de oliva.
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Em outra operação, já encontraram óleo de lamparina na mistura.
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Especialista sugere desconfiar de produtos muito baratos.
Se você está pensando em ir ao supermercado nos próximos dias, é bom ficar de olho nas prateleiras de azeite: elas podem conter produtos fraudados e inadequados para o consumo.
É isso o que alertou o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) na última sexta-feira (05). A medida que gerou proibição dos produtos de algumas marcas é fruto de uma operação realizada em maio deste ano pela Delegacia de Polícia de Guarulhos (Demacro – PC/SP), que descobriu a atividade de uma fábrica clandestina de azeites falsificados na cidade.
A fábrica, em atividade criminosa, realizava mistura de diversos óleos e distribuía como azeite de oliva (em outra operação já encontraram inclusive óleo de lamparina, portanto não utilize azeites proibidos nem para fritar – descarte em um ponto de coleta). Vale lembrar que o produto comercializado como azeite de oliva não pode conter misturas.
Segunda-feira (08) foi o último dia para que os supermercados e atacados no Brasil inteiro recolhessem todas as unidades de azeite das seguintes marcas:
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Costanera;
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Évora;
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Olivais do Porto;
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Oliveiras do Conde;
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Quinta D’Oro;
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Quinta Lusitana.
Os responsáveis pelas marcas são: Comercial Quinta da Serra Ltda, Mundial Distribuidora e Rhaiza do Brasil Ltda.
Caso os comerciantes não respeitem a advertência do Ministério, podem ser responsabilizados criminalmente e multados em R$5 mil por ocorrência, acrescidos de 400% sobre o valor comercial dos azeites.
Glauco Bertoldo, diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Mapa, destacou que a falsificação de azeite é, além de fraude ao consumidor, crime contra a saúde pública. Ele também mencionou que o produto é o segundo mais adulterado do mundo, perdendo apenas para o pescado.
É preciso desconfiar de azeites muito baratos. Bertoldo alerta que os produtos fraudados custam em média de R$7 a R$10, enquanto verdadeiros azeites de oliva custam a partir de R$17.
Segundo o Ministério, a fiscalização encontrou amostras de produtos fraudados em oito estados: Alagoas, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
O G1 explicou como proceder caso tenha comprado algum azeite falso: “se o consumidor comprou um azeite que foi retirado de circulação pelo Ministério da Agricultura, ele pode pedir o reembolso diretamente para o estabelecimento onde fez a compra, apresentando nota fiscal e o produto sem violação.” Caso a loja ou mercado negue a restituição, o PROCON pode ser acionada para intermediar a devolução do dinheiro.