Nada de Drogas! Conheça os Novos Hippies do século 21
O mundo está cada vez mais confuso. Uma hora plutão não é planeta, outra hora a miss não é mais miss… e agora, os hippies não são mais hippies.
Calma, eles ainda são, mas com um toque de século 21.
Em uma viagem que fez pelos EUA, entre 2012 e 2014, o escritor Steve Schapiro participou de festivais como “Rainbow Gathering” e “Burning Man” e acabou descobrindo uma espécie de “subcultura”, pessoas que estavam interessadas em manter uma alimentação saudável, a mente sã através de meditações, e tudo isso sem drogas.
Após a experiência, Steve publicou um livro “Bliss: Transformational Festivals & The Neo Hippie” (Felicidade: Festivais transformadores e o novo hippie, em tradução livre), contando suas observações sobre essas pessoas.
“É uma atitude totalmente nova. Há muito menos estresse sobre drogas psicodélicas. O que vimos foi que as pessoas buscam entrar em um estado de felicidade verdadeira através da meditação e dança” – declara Schapiro.
E a maior parte dos adeptos são pessoas que resolvem dar um fim nessa “vida com rotina” em que tudo gira em torno do dinheiro – assim como os hippies do passado.
Onde vivem?
A maior parte desses novos grupos se encontram em ecovilas, construídas de forma sustentável.
Nesse ambiente são praticados cultivos de alimentos orgânicos, construções próprias utilizando materiais recicláveis, escola com metodologias que focam na criatividade das crianças, práticas de Yoga e meditação, entre outras coisas.
No Brasil também tem!
Aqui no Brasil também é possível encontrar essa nova geração de hippies. Sempre conectados com a natureza, eles buscam meditações e foco em altruísmo, desconsiderando o ego, baseando-se em princípios do budismo e hinduísmo.
Além disso, são engajados em causas sociais, como por exemplo a preservação da natureza e a criação de fontes de energia alternativas e naturais.
Ao contrário de seus antecessores dos anos 70, acreditam que as drogas que eram comuns na época podem atrapalhar seu desenvolvimento físico e espiritual, como ressaltado por Schapiro:
“A consequência do uso de qualquer substância que altere estados de consciência, leva a dependência física e psicológica a médio/longo prazo, entrando em contradição direta com uma cultura que preza pela liberdade. Como ser livre, se sou dependente?”.
Por isso em festivais e encontros realizados é proibida a entrada com álcool, drogas ou qualquer outra substância ilícita que julgam prejudicar seu desempenho espiritual.
Não tem a loucura de Woodstock, mas eles continuarão sendo sempre a galera do paz e amor – afinal, é isso que importa.