Músicas de Natal podem afetar negativamente o nosso cérebro, diz especialista
O natal se aproxima trazendo aquele clima gostoso que só essa época do ano pode proporcionar, com abraços, presentes, luzes, muita comida e claro, as musiquinhas típicas desta época.
Mas na gringa, a famosa canção natalina “jingle bell” (o nosso “bate o sino“) está sendo chamada de “jingle hell” (uma brincadeira com a palavra “inferno”). E o motivo dessa revolta toda, a ciência explica.
De acordo com a psicologa britânica Linda Blair, em entrevista ao site Sky News, as músicas natalinas podem ter um efeito negativo em nosso cérebro.
Segundo este estudo, publicado no site científico Science Direct, a união perfeita de determinados aromas com melodias é capaz de fazer as pessoas gastarem mais.
E é justamente essa a função das musiquinhas natalinas que tocam em todas as lojas essa época do ano. A música festiva nos faz lembrar que é um tempo de alegria, reunião com amigos e família, férias e comemorações, que geralmente estão associadas ao consumo.
Mas para quem só “tá dando uma olhadinha“, essas canções melosas podem até passar despercebidas, diferente de quem é obrigado a ouvir esse tipo de canção o dia todo, como os funcionários da loja.
Muda a estação!
Para Blair, é aí que está todo o problema: a repetição.
Conforme informou o site DailyMail, Nigel Rodgers, fundador de um grupo que faz campanha por mais silêncio em lugares públicos, constatou que a galera que trabalha nas lojas ouvem o “jingle bell” mais de 300 vezes antes do dia 25 de dezembro.
E toda essa repetição tem um impacto considerável na saúde mental, pois a melodia acaba limitando o cérebro, não nos deixando concentrar em outra coisa.
“As pessoas que trabalham nas lojas durante o Natal sintonizam nesse tipo de música que as impede de se concentrar em outras coisas. Você está simplesmente gastando toda sua energia tentando não ouvir o que está ouvindo”. – disse a especialiita ao Sky News.
Além de tentarmos nos concentrar para não ouví-la tanto, Blair declara que a canção atinge direto nosso lado emocional, ultrapassando os limites da racionalidade, o que ainda pode nos causar outros problemas como estresse e ansiedade, já que as melodias também trazem pensamentos de conflito como “preciso comprar presentes mas estou sem grana“, “tomara que não coloquem uva passa no arroz“, “mais um natal sozinho”, etc.
Diversos lojistas fora do Brasil estão se programando para facilitar a vida dos clientes e em especial de seus funcionários, limitando as músicas natalinas para apenas uma hora por dia, ou então, deixando a escolha dessas canções na responsabilidade dos empregados, pois assim eles podem selecionar aquelas que eles gostam mais ou pelo menos, consideram menos irritantes.
Se os gringos já estão surtando com “bate o sino”, imagine se conhecessem a nossa ligação com a música da Simone, “Então é Natal”.
NowThis Future - Facebook, DailyMail, Independent, Sky News - Facebook, Sky News, Business Insider