Fotografar com o celular é muito fácil. Basta acionar o modo automático de fotografia, apontar a lente para a pessoa ou o objeto que deseja registrar, tocar no botão de disparo e pronto, você já tem uma foto.
Mas se você quer ousar e tirar fotos mais profissionais e criativas, a melhor alternativa é escolher o modo manual da câmera, recurso encontrado inclusive em diversos modelos de smartphones, nativamente ou por meio de apps, que dá maior liberdade ao fotógrafo.
Para assumir o controle da câmera e usar bem os ajustes manuais, é preciso ter uma noção básica de três itens essenciais: a abertura da lente, a velocidade do obturador e o ISO (sensibilidade do sensor à luz).
Com o objetivo de facilitar o entendimento desses conceitos, um fotógrafo alemão preparou um infográfico de fácil leitura e que funciona como um mini-curso de fotografia (imagem abaixo), explicando os efeitos que a abertura do diafragma, a velocidade e a sensibilidade do filme têm na foto.
Vamos a aula:
Aperture = Abertura / Shutter = Obturador / ISO = ISO
A abertura
O diafragma é a parte da lente responsável por controlar a entrada de luz quando batemos a foto. Também é ele que regula a profundidade de campo e dá o popular efeito de fundo desfocado, muito usado atualmente.
Como vemos na seção “Aperture” do infográfico, quanto maior a abertura do diafragma (F1,4), mais desfocado ficará o fundo. Por outro lado, quanto menor a abertura (F22), mais nítida (focada) será a imagem.
Resumindo: quer desfocar o fundo de uma foto? Escolha o menor “F” disponível. Quer toda a imagem focada, como ao registrar uma paisagem, por exemplo? Mude para o maior “F” da câmera.
O obturador
Quando falamos em velocidade do obturador, nos referimos ao tempo em que ele fica aberto para a entrada de luz no sensor da lente. Dessa forma, maior quantidade de luz será capturada se o obturador ficar aberto mais tempo (menor velocidade), enquanto menos luz entrará se o obturador ficar aberto menos tempo (maior velocidade).
Olhando o infográfico desenvolvido pelo profissional alemão, na parte “Shutter” (obturador), notamos que ao escolher a velocidade mais alta, 1/1000, você consegue o efeito de congelar o objeto fotografado.
Já ao optar pela menor velocidade, 1/2, obtemos o efeito borrado se o objeto estiver em movimento, resultando em fotos mais artísticas.
O ISO
Nas antigas câmeras analógicas, o ISO se referia à sensibilidade do filme. Mas nas câmeras de smartphones, ele diz respeito à capacidade do sensor em processar as imagens a partir da quantidade de luz recebida.
Aqui, o que você precisa saber é que quanto menor o ISO, menos luz ele capta. Usada em lugares bem iluminados, essa configuração resulta em fotos nítidas e cheias de detalhes.
Em contrapartida, quanto maior o ISO, mais luz ele capta. Usada em lugares pouco iluminados, essa maior sensibilidade resulta em uma fotografia com menos detalhes e alguns pontos granulados. Repare, na parte do infográfico destinada ao ISO, como isso se dá.
Nas menores sensibilidades (ISO 50 e 100), não há granulados e a imagem é bem nítida. Mas à medida que elas aumentam, começam a aparecer os efeitos descritos.
Agora que você já tem uma noção básica de como usar os ajustes manuais da câmera, pegue o seu celular ou câmera e pratique!