É claro que todo relacionamento duradouro precisa de amor, confiança, cumplicidade e companheirismo para dar certo. Mas e se fosse possÃvel prever se ele tem futuro ou não? Pois é exatamente o que o Método Gottman faz.
Método Gottman: o estudo que prevê o futuro do seu relacionamento
John Gottman, especialista em relacionamentos e professor emérito de psicologia pela Universidade de Washington, EUA, revelou em um estudo, conhecido como Método Gottman, que é possÃvel prever os relacionamentos que se manterão estáveis ou que tenderão ao término.
Para chegar a uma conclusão tão acertada, o experimento foi feito incialmente com mais de 100 casais. Eles foram levados para apartamentos com escuta (com consentimento das pessoas), onde passavam um determinado tempo, de uma semana a 10 dias, por exemplo
Lá, eles realizaram tarefas corriqueiras como comer, cozinhar, limpar. Enquanto isso tudo acontecia, os cientistas sociais os analisavam como em uma espécie de Big Brother.
Todos os casais eram entrevistados, onde contavam sobre o cotidiano e a história de seus relacionamentos. O pesquisadores se concentraram em aspectos positivos e negativos de como os fatos eram narrados.
Além das escutas, os casais tinham eletrodos instalados no corpo que mediam aspectos fÃsicos, como fluxo sanguÃneo, frequência cardÃaca e a quantidade de suor produzido. Assim, essas percepções foram usadas para medir a estabilidade que o casal teria ou não.
Vários anos após o estudo inicial, Gotmman investigou se os casais ainda estavam juntos.
A fórmula mágica do relacionamento duradouro
O especialista concluiu que os casais que permaneceram juntos eram os que correspondiam de forma positiva a interações humanas cotidianas. Isso mostrou que toda a interação é um pedido de atenção do parceiro ou parceira.
Um bom exemplo foi dado pela drag e professora Rita Von Hunty, em seu canal Tempero Drag. Se a gente falar para nosso(a) parceiro(a): “boa essa geleia, né?”, inconscientemente, queremos a atenção dele(a) – e não salientar o sabor da geléia.
Independente das motivações e circunstâncias do(a) receptor(a), para o professor, há três tipos de respostas: negativas, neutras e positivas.
Voltando ao exemplo citado: “boa essa geleia, né?”
- Resposta negativa: “E você tá comendo bastante, né?” – esse tipo de resposta violenta pode desencadear discussões ou frustrações, aumentando as chances de um possÃvel término.
- Resposta neutra: “aham…” – da mesma forma que a resposta negativa, esse tipo de interação pode gerar frustração no(a) parceiro(a).
- Resposta positiva: “sabe o que ela me lembra? Aquela geléia de goiaba deliciosa que compramos na viagem ao Nordeste. Você lembra?” – esse tipo de interesse é um indicativo de saúde para o casal. Vale dizer que não é necessário concordar, mas interagir de forma construtiva e afetuosa.
Na prática, o acúmulo de respostas negativas e neutras podem levar a uma explosão, que varia de pessoa para pessoa, de casal para casal. E quanto maior for este parâmetro, maior a probabilidade de um término certeiro do relacionamento.
O que se viu: casais que permanecem juntos apresentam Ãndices baixos desses medidores e altos para os de interações positivas.
Ou seja, para o professor, a previsibilidade de um relacionamento duradouro não está somente nos momentos de ódio e amor. Mas, principalmente, nos momentos cotidianos de interação.
Portanto, se você pretende que sua parceria com o mozão dure, o segredo é ficar atento aos pedidos de atenção, bem como demonstrar interesse e afetuosidade. E isso não deve ocorrer apenas em datas especiais, como aniversários de casamento ou dia dos namorados.
É um exercÃcio diário.