Lacta vira alvo de boicote dos internautas por diminuir a embalagem sem alterar o preço
Sabia que talvez você esteja fazendo regime e nem se deu conta disso? Mas com essa dieta, além de perder a barriguinha, você também está perdendo grana!
Uma tática praticada por algumas empresas está driblando a crise na economia brasileira, diminuir a quantidade de seus produtos nas embalagens, mas, olha que belezinha, o preço continua o mesmo.
Pague 1 e leve 1/2, olha ai, olha ai, freguesia!
Conforme informou o jornal O Dia, a prática não é ilegal no Brasil, desde que as empresas avisem nas embalagem a alteração do peso.
Mas cá entre nós, vender um produto de 150 gramas pelo mesmo valor de quando tinha 270 gramas, independente se está de acordo com a lei, é um desrespeito com o consumidor. Se fizermos uma conta simples é possível identificar que, além de comprarmos menos produto, ele fica mais caro.
A alteração na quantidade de produtos vem atingindo desde o setor alimentícios até o de cosméticos. Inclusive os restaurantes estão entrando na onda, diminuindo suas porções, mudando o tamanho das louças para disfarçar a defasagem no prato e mantendo o preço antigo.
Mas a forma mais chocante de nos confrontarmos com essa triste realidade (pelo menos para a redação SOS) é observarmos as barras de chocolate do supermercado.
Conforme publicou o projeto Novos Produtos, diversas barras de chocolate, em especial da marca Lacta, estão sofrendo uma diminuição drástica no peso, enquanto o valor cobrado por ela não foi alterado.
De acordo com a publicação, é possível encontrar barras de 160 gramas e de 135 gramas pelo mesmo preço, na mesma prateleira. É mole?! Um dos comentários questiona se a recente mudança das embalagens da marca é uma forma de deixá-las mais gordinhas, para que o consumidor não se atente a mudança de peso.
Ao questionar os estabelecimentos, se os preços de produtos com menos quantidade não deveriam ser mais baratos que os com mais quantidade, nenhum dos responsáveis souberam o que dizer.
Então só resta uma saída: Boicote neles!
Usando a hashtag #DeletaDaPrateleira, uma conhecida forma de protesto dos “consumidores virtuais”, o projeto surge como forma de protesto contra esse mecanismo do mercado. Afinal, independente da crise, é inadmissível que o consumidor pague o pato.
De acordo com Patrícia Hassoun, advogada do Instituto Iberoamericano de Relacionamento com o Cliente (IBRC), em entrevista ao site do jornal O Globo, iniciativas como o boicote aos produtos podem gerar mudanças reais no comportamento da empresa.
Maria Inês Dolci, coordenadora Institucional da Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, orienta que fiquemos sempre de olho no peso dos produtos, pois caso o valor cobrado for abusivo, se comparado com a quantidade de produto na embalagem, procure uma outra marca.
“Quando o fabricante reduz o peso de um produto e não reduz o valor, está fazendo um aumento proporcional de preço naquela diminuição de quantidade. Nesse caso é preciso comparar com outros produtos e, se for o caso, mudar de marca. Em casos em que não há informação ao consumidor da redução, é preciso ir além e denunciar a empresa por propaganda enganosa e maquiagem de produtos, prática para as quais cabem punições.” – diz a especialista.