Conectados o tempo todo e em meio à correria desenfreada dos dias de hoje, é uma missão quase impossível diminuir o ritmo e ter uma bela noite de sono.
Mas, viver nesse turbilhão e não conseguir desacelerar pode prejudicar o nosso descanso e também causar diversos males, como a depressão e ansiedade. Se você tem algum desses distúrbios, preste atenção. Eles são sinais de que o seu corpo está pedindo socorro!
Uma das melhores (e mais fáceis) maneiras de reverter essa situação antes de pirar é se jogar na meditação. Segundo o terapeuta holístico Bruno Gimenes, ela funciona como uma poderosa aliada na busca por um pouco de sossego e paz interior, além de dar um baita empurrão para você, finalmente, dormir como um anjo.
De acordo com o profissional que atua na instituição Luz da Serra, essa prática milenar é essencial para todos, pois quanto mais nos deixarmos levar pelo cotidiano frenético, mais adoeceremos.
“Com a velocidade da tecnologia e o excesso de estímulos, queremos ser como máquinas que fazem diversas coisas ao mesmo tempo. Mas, não somos multitarefas. Fazer várias coisas juntas é o mesmo que fazer nada bem feito. Esse hábito tóxico impede que vivamos o momento presente”, orienta Bruno.
Calma, tem solução!
Sentir-se cansado mentalmente indica que está exagerando na quantidade de afazeres ao longo do dia.
“Quanto mais coisas fizermos, menos estaremos presentes e menos prestaremos atenção a cada tarefa. E isso nos cansa mental e psicologicamente, pois temos que dividir nossa energia entre diversos afazeres, diminuindo o poder da mente”, observa o terapeuta.
Como meditar para o sono?
Você não precisa ser a pessoa mais zen do mundo para conseguir se concentrar e meditar. Basta apenas treinar a prática diariamente com disciplina e muita dedicação como qualquer outro exercício de resistência.
Passo a passo:
Assim que você terminar tudo o que tem para fazer, sente-se na cama com as costas eretas. Faça um revival de como foi o seu dia. Se quiser, vale escrever ou até mesmo iniciar um diário. Em seguida, aceite tudo que ocorreu nas últimas 24 horas e entenda que não há nada mais a ser feito agora, a não ser se jogar na cama e dormir.
“Seja grato por tudo de bom que aconteceu, inclusive as pequenas coisas. Transforme os acontecimentos mais difíceis em aprendizado e agradeça por eles também. É muito importante vibrar de forma positiva antes de dormir”, diz Bruno.
A melhor forma de relaxar é respirando profundamente por vinte vezes.
Esvazie sua mente e tente não pensar em nada. Depois, preste atenção no seu corpo (e não no celular) e no ar que sai e entra nele. Concentre-se nas sensações que o ar provoca ao passar por um ponto debaixo do seu nariz. Se esforce e permaneça nesse exercício por pelo menos cinco minutos.
Dica: uma música suave pode ajudar no processo de relaxamento, bem como velas aromáticas ou incensos.
“É quase certo que muitos pensamentos virão para tirar sua atenção do momento presente, mas não dialogue com eles, apenas concentre-se na respiração e deixe-os ir embora como se fossem nuvens passageiras. Escolha não dar atenção aos pensamentos agora. Após uma revigorante noite de sono, tudo será resolvido por prioridades e com atenção”, ensina o profissional.
Concentre-se no ar que entra e sai do seu nariz. Foque em você mesmo e esqueça todo o resto.
Esse é o treinamento que precisa ser feito todos os dias antes de conseguir ter uma noite de sono de qualidade. Se for difícil, não desista! Essa simples prática ainda ajuda a melhorar a concentração, disposição e a capacidade de encarar os problemas no dia seguinte.
“Com a prática todos os dias, você pode aumentar a quantidade de minutos que permanece na meditação. Você merece ter uma noite de sono de qualidade e o foco na respiração vai te ajudar muito. Assim que sentir-se bem focado e quase dormindo sentado, deite-se”, fala Bruno Gimenes.
Aprendido isso tudo, entenda que só a meditação não pode fazer milagres com ninguém. A prática serve apenas como uma alternativa que nos auxilia a adoecer menos, acalmar a mente e dormir melhor.
“Nenhum exercício terá efeito se não mudarmos nossos hábitos nocivos de forma profunda”, finaliza o terapeuta.