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Lições Aprendidas em um ano sem tomar banho de chuveiro

Cheiro, sujeira? Que nada. Relato inspirador de uma experiência em 365 dias.

Dario C L Barbosa Publicado: 25/04/2014 16:31 | Atualizado: 28/08/2019 15:02

 

Economia de água tem sido um dos assuntos mais comentados, afinal, está mexendo no bolso de todo mundo. Para fazermos uma reflexão sobre o tema, vamos compartilhar uma experiência incrível, vivida por Rob Greenfield, um feroz defensor da natureza. 

* * *

Texto por Rob GreenfieldTradução livre

Hoje fez um ano desde meu último banho. Sim, eu sei que parece loucura e, há um ano atrás, eu teria concordado com você. Eu era um desses caras que tomava banho regularmente, isso nos primeiros 26 anos da minha vida. Bem, talvez não todos os dias, mas quase isso.

Então, como um cara que toma banho normalmente acaba ficando 365 dias (e contando..) sem tomar um banho? Tudo começou com um longo passeio de bicicleta pelos Estados Unidos para promover a sustentabilidade e uma vida eco-amigável. Eu defini um monte de regras para que eu mesmo seguisse, e assim dar o exemplo. A regra para a água era que eu só podia colhê-la a partir de fontes naturais, como lagos, rios, chuva ou de fontes desperdiçadas, como torneiras com vazamentos. Acompanhei também exatamente o quanto eu usei, com o objetivo de mostrar o quão pouco precisamos para sobreviver.

Durante os 100 dias do passeio de bicicleta, ficar sem tomar banho foi o maior desafio. Mas tudo foi tão bem que decidi continuar minha trajetória daquele jeito. Eu estabeleci uma meta de 6 meses sem banho e quando esse dia passou, percebi que poderia muito bem ficar um ano inteiro sem chuveiro.

Então aqui estou agora, um ano depois, para contar-lhe a minha história.

Eu poderia muito bem ser direto. Você acha que eu estou bem fedido? Você acha que estou cheirando como uma espécie de monstro do pântano, tipo isso:

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Na verdade, não. Quando eu digo que eu não tomo banho, não quer dizer que eu não me lave. Nadei quase diariamente em lugares como este:

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E este:

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E banhos em cachoeiras como esta:

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E usei o eco-amigável sabão biodegradável quando necessário.

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Mas eu aprendi que, vivendo naturalmente, eu não precisava de produtos cosméticos. Eu usei apenas um pouco de sabão, creme dental, e óleos essenciais, que funcionaram muito bem. Isso comparado ao uso que fazia de colônias, desodorantes, xampu, loções e todos os tipos de produtos cheios de componentes químicos. E adivinhem? Não me faltavam amigos!

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Na verdade, alguns até se banhavam comigo.

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Inclusive rolaram alguns romances naquele ano.

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Ninguém pensou, em momento algum, que eu fedia. Me surpreendi da maneira que eu estava limpo, igual a todo mundo.

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Percebi que para me limpar, a água não precisa vir de um chuveiro. Você pode perfeitamente se lavar em lagos.

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Rios.

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Ou só por aproveitar a chuva.

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Mas quando a água natural não estava a disposição, achei outros lugares para me limpar, sem maior impacto a natureza. Como nesse vazamento em um hidrante no Brooklyn:

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Ou este hidrante que explodiu no Bronx:

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Eu aprendi que eu posso usar o ar para me secar em vez de usar uma toalha. Isso significa menos lavanderia, economizando ainda mais água.

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Transformei a hora do banho em um momento para me conectar com a natureza. Era o meu momento favorito do dia, desligando do estresse da vida, me sentindo fazer parte do todo.

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Às vezes eu pulava por perto antes de pular para dentro.

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E às vezes eu apenas relaxava.

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Outras vezes eu contemplei a vida.

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E de vez em quando eu tinha convidados.

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Eu aprendi que um americano médio utiliza cerca de 100 litros de água por dia. Mas eu era capaz de usar menos de 2 litros por dia na minha viagem de biciceta. Cerca de 8 garrafinhas de água. (Não incluindo as fontes de água naturais e vazamentos que usei para banho.)

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O mais importante, aprendi realmente como apreciar a última gota.

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Pois a água dá vida a todos nós e a todos os outros animais também.

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Quando cheguei em casa depois da minha viagem de bicicleta, retomei a vida “normal”, mas consegui usar apenas 10-20 litros por dia. Isso é 5-10 vezes menos do que os americanos médios usam. Fiquei mais 8 meses sem tomar banho e economizei mais de 5.000 litros de água, além de toda diversão com os amigos!

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Quando eu não tinha vontade de nadar, mas precisava para ficar limpo, eu me esfregava com um pano e um galão de água. Mas o mais importante disso, aprendi que você não tem que parar de tomar banho para ser parte da solução. Existem muitas maneiras fáceis de conservar a água.

Você pode …

  • Lavar o vaso sanitário com menos frequência.
  • Tomar banhos mais curtos ou desligar a água enquanto se ensaboa e se esfrega.
  • Lavar menos a roupa e sempre com a máquina cheia.
  • Fechar a torneira.
  • Lavar os pratos de forma econômica.
  • Instalar chuveiros e vasos sanitários econômicos.
  • Consertar vazamentos.
  • Fazer uma horta, e não gramados.
  • Aproveitar a chuva.

Como você vai escolher sua economia de água? Comece hoje, escolhendo apenas uma maneira de economizar, com o tempo faça mais e mais. Provavelmente vai ser muito mais fácil dessa maneira.

E se você fizer tudo isso, pode se sentir assim!

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Por favor, compartilhe esta história para inspirar outras pessoas a economizar água!
Fotografia por
Brent Martin

 

Dario C L Barbosa
Fundador e editor do Almanaque SOS. Paulistano, formado em Comunicação Social, trocou o rádio e a televisão pela internet em 2012. Vegetariano, meditante, na luta por consciência e equidade. ( Twitter - Instagram ).

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