• Colabore!
  • Sobre nós
  • Contato

Sem Crise!

Jornalista denuncia: OMO diminuiu a quantidade do produto, sem diminuir o preço

Procon se pronunciou no caso, ficando do lado da empresa.

Daiane Oliveira Publicado: 07/08/2019 16:12 | Atualizado: 07/08/2019 16:25

As empresas sempre dão um jeitinho de lucrar ainda mais em cima dos consumidores. E uma dessas estratégia manjadas é diminuir a quantidade do produto mas continuar vendendo pelo preço da embalagem maior.

Já falamos sobre esse assunto aqui no SOS quando a Lacta foi amplamente criticada nas redes sociais por adotar essa “tática” para manter os lucros, mesmo gastando menos na produção dos chocolates.

A bola da vez é a OMO que, em uma ‘nova embalagem’ do seu sabão em pó convencional, está entregando menos produto do que antes pelo menos valor. A jornalista Cynara Menezes criticou a empresa pela postura e, pelo Twitter, chamou a atenção do Procon de São Paulo:

As pessoas rapidamente se manifestaram:

Após uma enorme repercussão, a empresa se explicou pela rede social:

O Código de Defesa do Consumidor garante que é direito dele ter acesso a informação clara e adequada com “especificação correta de quantidade”.

Independente do preço, a fabricante informa que a caixa contém 800 g de produto. Aprovando ou não, o fato é que a empresa se apoiou nessa ‘brecha’ na legislação para diminuir os custos de produção, mantendo o preço original. E é isso o que os consumidores estão questionando.

O perfil do Procon de São Paulo (@proconspoficial) respondeu:

Como a informação é sobre o rendimento do produto concentrado, a princípio não haveria irregularidade. Caso o consumidor verifique que, mesmo ajustando a quantidade utilizada para maior rendimento, o produto não cumpra com o que informa, poderá requerer a troca por outro da sua escolha ou cancelamento da compra com reembolso do valor pago.

Portanto, apenas se o consumidor constatar que a nova embalagem não rende como a anterior, com 200g a mais, o mesmo pode questionar o fornecedor. Depois dessa resposta, a jornalista respondeu que o produto não era a versão concentrada, que seria a caixa comum do produto (que indica ter ativo concentrado); o Procon não se pronunciou mais.

O posicionamento da entidade não agradou os internautas – que acusaram o órgão de não estar a serviço do consumidor.

Ficar de olho nos preços e quantidades das embalagens sempre que for às compras é muito importante. Em uma dessas, o que já é caro pode sair mais caro ainda. Sabendo que nem sempre o Procon vai estar do seu lado, a melhor saída é optar por outros produtos, ou até fazer o seu em casa.

Daiane Oliveira
Jornalista, artesã, feminista, acadêmica de Literatura e mãe. Discute religião, política, sexo, hábitos sustentáveis e amenidades. Não discute futebol porque não entende. Quem sabe um dia.

Tá na rede!

Em caso de chefe
clique aqui