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Inventaram uma touca de frio capaz de ‘ler pensamentos’ e diagnosticar doenças

18 de julho de 2017
Postado por Dario

A tecnologia cresceu assustadoramente nos últimos tempos e muito do que víamos décadas atrás nos filmes de ficção científica, já são realidade.

Mas um aparelho capaz de ler seus pensamentos continua sendo uma coisa do futuro, certo? Pois a prova de que ele já chegou, você vai conhecer agora.

SEM LEGENDA

A americana Mary Lou Jepsen, que fazia parte da equipe de Realidade Virtual do Facebook, vem desenvolvendo há 8 anos uma máquina capaz de ler pensamentos, a promessa de uma nova maneira de se comunicar.

Segundo o site Mic., como o equipamento ainda não foi patenteado, não se tem maiores informações sobre o projeto, que recebeu o nome de OpenWater, em português algo como “mar aberto”.

Porém, o pouco que foi divulgado já pode te fazer soltar umas das expressões mais faladas nos últimos tempos: “isso é tão Black Mirror!”.

Que máquina é essa?

O OpenWater é parecido com um chapéu, uma touca de frio mais precisamente, porém ele consegue realizar uma função específica, similar a realizada por aquelas máquinas de fazer ressonância magnética.

Folha Vitória, http://www.folhavitoria.com.br/geral/noticia/2017/06/quinta-solidaria-realiza-exames-de-ressonancia-magnetica-e-tomografia-em-cachoeiro.html

Equipamento de Ressonância Magnética

O chapéu realiza o que a medicina chama de MRI Funcional, o exame feito para analisar qual parte do cérebro está trabalhando mais durante uma determinada tarefa, de acordo com a quantidade de oxigênio que está sendo mandada para cada região. Ou seja, onde tem mais oxigênio, é onde está rolando mais pensamentos.

A invenção de Mary Lou Jepsen utiliza um tipo de luz infravermelha que penetra no sangue e muda de acordo com o nível de oxigênio presente nele. Mas qual a diferença desse chapéu para a máquina de ressonância magnética e outras tecnologias que também medem a atividade cerebral?

CAI2R - Youtube, https://www.youtube.com/watch?v=llL62bRsMIs

Funcionamento da toca, divulgado pela inventora em uma palestra.

Além de ser portátil e não ocupar uma sala inteira, como a máquina de RM, o OpenWater também não utiliza eletrodos e não é de maneira nenhuma invasivo. Toda a leitura cerebral é feita apenas por luzes, nada de eletrodos ou implantes cerebrais. Seria um “adeus” àqueles barulhos horríveis?

Tá, mas como que isso vai ler meus pensamentos?

Segundos os cientistas, hoje em dia já é possível apenas analisando a atividade cerebral de uma pessoa assistindo a um vídeo, por exemplo, o que ela está achando do conteúdo.

Jepsen revela que unindo essa possibilidade, com sua invenção portátil, será possível que os seres humanos se comuniquem visualmente, apenas usando essa atividade cerebral como base.

Demonstração da RMI Funcional

Se isso vira moda, estamos perdidos?

Assustador saber que em um futuro tão próximo, alguém vai conseguir ler seus pensamentos. Tudo bem que só quem estiver usando a touquinha terá essa possibilidade, mas se a gente já pira no Whatsapp, fale a verdade, qual a chance de você não querer usar uma touca e falar com o crush só por pensamento, hein?

Em entrevista ao site Recode, Jepsen afirma que pensou também na questão da privacidade. Segundo ela, quem vestir sua invenção terá a possibilidade de filtrar pensamentos e até bloquear alguns tópicos. Será possível conversar com o crush e bloquear pensamentos do que você fez na balada de sábado a noite? Parece que sim.

Mas segundo a inventora, eles ainda estão trabalhando nisso.

Sofra, http://sofra.al/shkenca-konfirmon-kujdes-nga-njerezit-qe-ju-absorbojne-energji/

SEM LEGENDA

Mas a invenção não é tão “fútil” quanto parece

Ainda de acordo com a publicação, Jepsen revela que sua vontade é levar essa tecnologia para blusas, sutiãs, bandagens, tudo com o intuito de detectar também o aparecimento de doenças, como o câncer, hemorragias internas, doenças cardiovasculares, doenças mentais e doenças neurodegenerativas.

Tudo isso porque o OpenWater é uma máquina de ressonância magnética portátil e boa parte dos diagnósticos possíveis que ela pode oferecer serão os mesmo que uma máquina convencional seria capaz, com a vantagem de ser, segundo Jepsen, uma opção mais barata e bem menos incômoda.

Assim sendo, mais pessoas farão os exames regularmente, e poderão descobrir diversas doenças a tempo de procurar tratamentos adequados. Claro, tudo isso só deve ocorrer possivelmente depois da invenção ser patenteado e popularizada no mercado.

– Preparados para o futuro?

Mic, Recode

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