Pra ir – Festivais
Esse que vos fala, não é PHD em assunto nenhum, fala com a propriedade de alguém que acredita aproveitar a vida ao máximo, mas que está longe de ser o senhor da verdade e nem quer. Ri de si mesmo sempre que pode, quebra a cara com frequência, tem um estranho prazer em pagar a língua (além de comer polenguinho com doce de abóbora) e chora sempre que se olha no espelho. Resumindo, não estou aqui para ditar regras, nem defender nenhuma verdade, muito menos levantar qualquer bandeira. Apenas venho expressar minha opinião e qualquer um pode me julgar.
Nessa semana eu tenho que abordar um tema que eu amo, sem na verdade falar tudo o que eu quero, caso contrário eu ocuparia – em apenas um texto – pelo menos 1% da capacidade total do servidor do site, com certeza. Aproveitando a promoção relâmpago da nossa página no facebook, o tema são os festivais de música. Não é que eu goste de festival, eu praticamente vivo por um, faço deles uma espécie de Santo Graal. Moraria em um, morreria por um, já fiz um bate e volta na Europa só para não perder um, enfim, se o termo “festivalholic” existir, eu me enquadro nele com com certeza! E orgulho! Amo viajar, e em todas as minhas viagens eu sempre encaixo um festiva, pq não há nada melhor do que fazer o que vc ama quando vc está fazendo o que ama. Deu pra entender? É tipo vc ter um orgasmo quando estiver gozando ou, sei lá, apertar o botão “snooze” já estando no “snooze”. Eu gosto assim!
Um festival, por definição, é todo evento que reúna 2 ou mais bandas. Com shows em versão reduzida de suas originais. Os artistas se apresentam em um ou mais dias, dividindo um ou (muito) mais palcos. Posso ter 4 cantores de forró cantando em um evento e chamar isso de festival. Posso ter 6 bandas teen alternativas e chamar de festival. Posso ter 5 cantores sertanejos e chamar de… RODEIO. É, nesse caso, acho que fica melhor assim por motivos óbvios. Acho que já deu pra entender o conceito né?!
De qualquer forma, um festival mesmo, de verdade (quando digo de verdade, eu quero dizer a minha verdade, o que realmente significa um festival pra mim), são 2, 3 ou mais dias com mais de 100 artistas revezando entre palcos a ponto de te deixar puto por não saber pra onde ir. Pq todo mundo que vc quer ver e ouvir vai tocar no mesmo horário em lugares diferentes e é quase necessário uma calculadora pra conseguir programar o tempo que vc vai ouvir de cada, mais o tempo de deslocamento entre um e outro. Praticamente levo uma planilha feita em excel avançado com algorítimos tão complexos que fariam Einstein pedir ajuda aos universitários. É um momento de completo gozo da vida (acho bizarro utilizar o verbo gozar que não seja no ato, mas não achei outro conveniente para me expressar aqui, me perdoem) quando vc percebe que por alguns dias, isso se torna o maior problema da sua vida: decidir qual dos artistas que vc ama vc quer ver, já que as opções são muitas e todos eles estão ali, apenas esperando a sua presença ou não. Juro, é uma das melhores sensações da vida!
Arrisco dizer, sem ser tendencioso, que os festivais gringos (especialmente os europeus) estão entre os melhores (para mim, na minha humilde opnião, no meu conceito, na minha verdade). Por mais que aconteça um festival com o mesmo nome/formato e supondo que até os artistas fossem os mesmos, eles jamais seriam nem parecidos. Sim pq a essência de um festival não é o palco. A música é o motivo comum, mas o que mais surpreende em um festival é a atmosfera que envolve tudo aquilo. E especialmente as pessoas que estão nele. A cultura de um local influencia 1000% o clima de um festival. O clima que rola na europa é totalmente diferente do que rola nos estados unidos, que por sua vez é totalmente diferente do que rola aqui e por aí vai. Além disso, é instigante pq, por alguns dias, a sua rotina se torna não ter horários a não ser os dos artistas que vc realmente não vai perder. Acordar comemorando o dia que passou e com aquela ansiedade de tudo que ainda está por vir. Conhecer pessoas, encontrar velhos amigos, encontrar os novos e relembrar tudo com todos. Novas ou velhas lembranças o ambiente é propício para dividir experiências. Simplesmente pq as pessoas estão lá pra se divertir, abertas para fazer toda e qualquer coisa que não seja o que fazem todos os dias. Esse é o verdadeiro propósito de um festival. E a musica, que parece ser o protagonista é muito importante sim, mas está longe de ser o principal. É um tesão poder ver todos os artistas que vc gosta, mas muito mais tesão ainda é ver alguém que vc nunca ouviu falar e sair lá apaixonado por aquele artista, pq alguém te mostrou e vc curtiu com uma galera que nunca tinha visto antes enquanto o sol cedia lentamente seu lugar para as estrelas. Festival é isso, é saber, aprender, conhecer, dividir. É se permitir, se deixar levar, deixar acontecer muito mais do que fazer acontecer. É sorrir, chorar, sentir, vibrar. É estar presente sem se permitir ser apenas mais um, mas se afirmando como parte de um todo!
Chega que eu já estou filosofando demais. Eu falei que ia ser curto e em uma outra oportunidade eu abordo denovo esse assunto. Com mais propriedade e talvez nem tão profundo assim, pq nem precisa né?! Nos últimos anos, grandes festivais decidiram criar uma edição tupiniquim. Só esse ano já tivemos Lollapalooza e Sonar e arrisco dizer, sem especulações, que muitos outros ainda estão por vir. O Brasil virou a bola da vez, pq a economia aqueceu, pq o capital per capta aumentou, pq tem crise lá fora, pq o Lula e o Sarney… OH WAIT!!! Enfim, por vários motivos agora temos a oportunidade de uma agenda de shows e festivais pra fazer inveja a muitos outros países. Nosso conceito de festival ainda é aquele formato de um dia, mas isso é um caminho para o próximo passo com certeza. Festivais alternativos já rolam no país há mais de 10 anos quando tudo que se conhecia de um festival era o Rock in Rio e olhe lá (naquela época, não preciso dizer o que era pensado sobre o “tipo de gente que vai em festival”). Tem muita coisa boa vindo por ai, então pra quem também gosta, prepare o coração, os bolsos, as pernas (e se rolar um ingresso extra, pode me convidar tb) e fiquem ligados nos próximos posts por aqui!
Agenda
Music Pop Festival 2012
Finalizando a coluna da semana, como dito no começo, o SOS está sorteando dois pares de ingresso para o Pop Festival que acontece esse final de semana. Eclético, o festival mistura Michel Teló e JLo, com recheio de Kelly Clarkson, e granulado de Cobra Starship e, pra fechar, Paris Hilton “atacando” de DJ (seria ela a cereja do bolo?). Se eu pudesse dar um nome a esse festival, seria “Teen Festival”, mas isso é só a minha opnião, felizmente a diversidade existe e está aí para todos. O que seria do azul se todos gostassem do (zzzzzzzz…). De qualquer forma, espero pagar minha língua e me surpreender. Nos vemos na pista!
(+ info sobre a promoção, na nossa Página do Facebook)
João Rock 2012
E pra galera que é mais do Rock, tem uma outra opção rolando esse mês tb. Dia 23 de Junho acontece a décima edição do Festival João Rock, tradicional evento na região de Ribeirão Preto que traz esse ano nomes como Rappa, Charlie Brown Jr., CPM 22, Jota Quest, Monobloco, Criolo, Zeca Baleiro e Agridoce.
Mais informações no site: http://www.joaorock.com.br
Bjo pra quem é de bjo, abraço pra quem é de abraço!