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Sinta-se Bem

Igual cigarro: Entenda como o cérebro reage ao seu vício em Redes Sociais

Um detox das redes pode ser essencial.

Olavo Barros Publicado: 15/05/2018 16:47 | Atualizado: 15/05/2018 16:56

Que atire a primeira pedra quem não se considera viciado – ou, pelo menos, em um relacionamento um tanto quanto abusivo – com as redes sociais.

É logo ao acordar, no trabalho, na academia, no restaurante, no bar, com os amigos, com a família e até no banheiro…

O SOS já falou sobre os danos que essa dependência em mídias sociais pode causar, entre eles depressão, ansiedade, transtornos alimentares, problemas de visão e tendinite, além de também provocar uma forte sensação de aborrecimento e tédio.

Justamente para alertar as pessoas sobre esses e outros problemas psicológicos e comportamentais comuns aos viciados em redes sociais, o estúdio francês Maître Chat usou e abusou do seu know-how em fazer vídeos fofos e esteticamente lindos para produzir um importante alerta àqueles que passam tempo demais distribuindo reações internet afora.

O vídeo entitulado por “Redes Sociais, todos viciados?” (em tradução livre) foi concebido, escrito, dirigido e realizado pelos franceses Camille Bondaz e Pierre-Yves Sage.

Para criá-lo, a dupla se baseou em diversos artigos científicos e pesquisas sobre o assunto, entre os quais vale destacar: o The Facebook Experiment, do Happiness Research Institute em Copenhagen, Dinamarca; o resumo das últimas tendências em Social Media do Global Web Index de 2015; e o estudo “Sempre Conectados – Como Smartphones e Redes Sociais nos mantêm engajados” (em tradução livre), promovido pela consultoria IDC e patrocinado pelo próprio Facebook.

As conclusões das pesquisas revelam basicamente o que observamos em nosso próprio dia a dia:

  • A primeira coisa que 48% dos jovens entre 18 e 34 anos faz ao acordar é entrar no Facebook – ou em Redes Sociais similares;
  • ao longo do dia, são quase 2h horas de redes sociais (1h45 para ser exato);
  • e pelo menos 14 paradinhas para checar nossos perfis pessoais.

E lembrando que isso é só uma média…

O vídeo descreve muito bem o porquê de sermos engolidos por esse “círculo vicioso”:

Redes sociais são chamadas de “sociais” por um motivo… elas oferecem atividades sociais! Tweets, likes, mensagens… causam uma reação positiva em nosso cérebro porque elas inflam o nosso ego. Cada uma delas estimula nosso cérebro. É um sistema de recompensa. O que acaba se tornando, também, um sistema de dependência.

É também uma questão de reflexo e hábito. Como com um cigarro, redes sociais agora estão diretamente acessíveis em nossos bolsos. Smartphones encorajaram o surgimento de um novo padrão de uso: rápido e repetitivo. Tanto que olhamos para eles compulsivamente, muitas vezes até inconscientemente.

Um usuário olha seu smartphone a cada 10 minutos, em média, geralmente por menos de 30 segundos. Essa pequena dose de rede social contribui para criar esses hábitos. E se torna difícil sair desse círculo vicioso.

E, claro os benefícios de se livrar do vício:

  • Redução de estresse,
  • redução da ansiedade;
  • redução do risco de depressão;
  • melhora no sono;
  • e melhora na concentração.

Em resumo, como com todas as coisas boas, redes sociais são melhores em moderação.

Apesar de toda essa polêmica, vale lembrar que não queremos aqui de forma alguma demonizar o uso das redes sociais, até porque compreendemos muito bem a importância delas na dinâmica da vida contemporânea – inclusive para compartilhar esse texto com os amigos viciados.

É aquela velha história: até um relógio quebrado está certo duas vezes ao dia. Se buscamos uma vida mais autônoma e consciente, por que não maneirar também no uso do celular e das redes sociais? Sua saúde com certeza vai curtir isso.

Fonte(s): Fubiz
Olavo Barros
Jornalista, aspirante a roteirista, cinéfilo, LGBT, andreense e palmeirense. Entre uma rapidinha e outra, escrevo. Ah, pode me chamar de Costela que eu atendo.

Tá na rede!

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