Número de gamers acima dos 50 anos cresce em 2020
A Global Web Index (GWI) divulgou os resultados de uma nova pesquisa que aponta que os gamers estão envelhecendo.
Essa constatação veio após uma análise apurada de dados, onde fica claro que a parcela de jogadores entre os 55 e 64 anos aumentou em 32% desde 2018. Alguns outros estudos já mostravam esta tendência – em pesquisas do NewZoo, os resultados apontavam que a maioria dos jogos não são jogados por menores, sendo que a maior fatia do mercado é composta por usuários entre 30 e 35 anos.
Porém, a parcela dos mais velhos era muito pequena em comparação. Contudo, este cenário tem se modificado, e um dos principais fatores está na integração entre familiares. O estudo realizado pela GWI mostra que aproximadamente 24% dos participantes dizem que o momento de jogar é a “hora de unir a família”.
Outro motivo que justifica esse aumento de jogadores mais velhos é o crescente número de usuários de mobile, que é a plataforma onde essa faixa etária dos 55 aos 64 anos prefere jogar. De acordo com um levantamento feito pelo NPD, os detentores de smartphones e tablets acima dos 45 anos aumentaram 17% em 2020, no comparativo ano a ano.
Dessa forma, os títulos de mobile têm ganhado um grande destaque entre os usuários, e jogos como Fortnite, PUBG e Free Fire crescem em popularidade todos os dias.
Enquanto isso, plataformas como os cassinos online seguros também recebem boa parte dessa atenção, já que oferecem uma ótima seleção de jogos clássicos, além de promoções que ajudam os jogadores a aproveitarem ainda mais a experiência da jogatina.
No Brasil, é difícil saber ao certo qual a parcela mais velha da população que tem acesso aos games, já que os estudos sobre esse assunto são escassos por aqui. A PGB (Pesquisa Brasil Game) é uma das únicas e também mais conhecidas que implementam a separação etária em seus estudos.
E pelos levantamentos realizados nos últimos anos pela PGB, esse aumento de jogadores mais velhos não se reflete no mercado brasileiro.
Em 2019, por exemplo, o estudo apontou que apenas 7% dos jogadores tinham mais de 54 anos – na edição de 2017, esse número estava em 6,8%. Já jogadores acima dos 40 anos equivalem a 19% do total, de acordo com a PGB 2021.
Mercado dos jogos não para de crescer
Há muito tempo que os jogos deixaram de ser somente coisa de crianças e adolescentes, e passou a ser um programa entre pais e filhos. Sendo que, durante a crise sanitária, eles se tornaram uma das principais formas de entretenimento de muitos brasileiros.
E isso se reflete diretamente nas transações financeiras realizadas nos principais consoles e plataformas, que aumentaram em 140% em 2020 se comparado a 2019, de acordo com um estudo realizado por bandeiras de cartões Visa.
Segundo a empresa, também foi observado um crescimento de 105% na quantidade de cartões fazendo compras de jogos ou conteúdos relacionados a eles entre outubro de 2019 e setembro de 2020.
Já o gasto médio nas plataformas de games se manteve o mesmo, em torno dos R$ 51. Boa parte das transações feitas pelo público gamer no Brasil está situada no sul e sudeste, com o eixo Rio-São Paulo liderando os gastos com os jogos.
Ainda segundo a Visa, cerca de 45% das transações realizadas entre abril e setembro de 2020 foram feitas por clientes de alta renda, que são os que mais gastam com o setor.
Outro ramo da indústria dos jogos que também cresceu foi o nicho dos periféricos gamers. De acordo com a HyperX, uma fabricante de teclados, mouse, headset, entre outros, houve uma alta de venda de 50% no Brasil, e de 107% na América Latina.