Pós-treino e frutas silvestres: ação poderosa até para osteoporose
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Pós-treino: ao consumir mirtilo, a recuperação muscular é acelerada.
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Esse tipo de fruta tem poderosas propriedades anti-inflamatórias.
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Atua sobre uma das principais causas de doenças crônicas.
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Morangos reduzem as dores em pacientes com osteoartrite de joelho.
Mirtilo e pós-treino? Opa, vai muito mais além!
Quem diria que os mirtilos, framboesas, groselhas e morangos que você pede no seu smoothie podem contribuir para o tratamento de doenças crônicas e inflamação do corpo? A conclusão foi comprovada em estudos internacionais.
Essas frutinhas pequenas e de cores muito vívidas são poderosas no combate à inflamações que são comuns na velhice, como artrites e osteoporose. Mas não são só os idosos que se beneficiam: quem pratica esportes (ou levanta peso) também pode se aproveitar das propriedades anti-inflamatórias presentes no pigmento dessas frutas (antocianinas).
No vídeo do canal especializado em nutrição, Nutrition Facts, o médico estadunidense Michael Greger traz um compilado de pesquisas científicas que comprovam as contribuições das frutas silvestres na qualidade de vida da população.
Em uma pesquisa feita pelo Centro de Pesquisa e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, do México, os pesquisadores buscaram entender os benefícios das frutas silvestres para a saúde. Isso porque esses alimentos possuem propriedades anti-inflamatórias.
Dessa forma, atuam sobre uma das principais causas de doenças crônicas, como mostra um levantamento do Centro de Pesquisa em Nutrição de Illinois, EUA.
Quanto mais frutas silvestres na dieta, mais antocianinas são ingeridas. Segundo o artigo publicado por especialistas da Universidade Tufts em Boston, EUA, esses compostos, que estão presentes no pigmento desses alimentos são os responsáveis por proteger as células de infecções e por isso estão associadas ao controle de doenças.
Ação nos genes
Contudo, essa relação causal só foi comprovada em uma nova pesquisa. A pesquisa comandada pela Universidade Estadual da Louisiana, EUA, descreve os testes realizados com a duplos-cegos, placebos (que não receberam mirtilo) e voluntários que efetivamente receberam smoothies de mirtilo em grupos randômicos e controlados.
Os exames de laboratório atestaram que quem comeu as frutas foi capaz de desligar os genes da inflamação ao longo de seis semanas. Mais do que isso, os índices de radicais livres presentes no sangue da amostra caíram de maneira significativa. Esses elementos estão associados ao envelhecimento das células.
Melhora no pós-treino
Mas os cientistas queriam mais! Descobrir qual seria o efeito da ingestão das frutas silvestres na vida prática das pessoas, e não só no nível celular. As pesquisas, conduzidas por Universidades da Nova Zelândia, avaliaram o que acontecia com pessoas que praticavam esportes e comiam frutas silvestres.
Os testes foram focados em pessoas que faziam levantamento de peso, já que essa prática causa grande desgaste dos músculos. E o resultado foi surpreendente.
Parte do grupo de pessoas recebeu vitaminas com mirtilo. O grupo de placebos não ingeriu os mirtilos, mas a vitamina deles tinha vitamina C para que tivessem as mesmas calorias e o mesmo poder antioxidante das misturas com a fruta silvestre.
Percebeu-se que a oxidação celular dos atletas que comeram mirtilo depois do esforço é muito menor do que naquelas que receberam o placebo. Além disso, tiveram uma recuperação muscular mais acelerada do que aqueles que receberam o placebo.
O estudo aponta que esse benefício no pós-treino é muito positivo para quem compete em provas sucessivas, melhorando o desempenho.
O poder dos morangos
E as pesquisas prosseguiram. Os cientistas já sabiam que as frutas silvestres eram capazes de reduzir a artrite em ratos. Mas será que o mesmo acontecia com os humanos? Era preciso colocar a tese à prova.
Foi o que fizeram os pesquisadores, resultando em estudos como esse, conduzido por cientistas de Oklahoma, e esse, da Universidade do Estado de Ohio, ambos nos EUA. Neles, descobriram o poder dos morangos.
Adicionar esse ingrediente na alimentação de um grupo de controle reverteu lesões que poderiam evoluir para o câncer. Como eles fazem isso? Os morangos também seriam capazes de reduzir os genes que propiciam as inflamações.
Em diabéticos que passaram a se alimentar de morango, a melhora na doença começou a ser observada em 6 semanas. As taxas de proteína C-reativa, que é um indicador de inflamações no corpo, também diminuiu.
Um outro estudo do Instituto de Tecnologia de Illinois, EUA, indica ainda que uma única porção já faz a diferença, reduzindo genes inflamatórios. Mais do que isso, a pesquisa feita por cientistas de Oklahoma demonstrou que os morangos ainda reduzem as dores em pacientes com osteoartrite de joelho, as famosas dores nas juntas.
O resulto foi obtido com os testes em portadores da doença que comeram 1 copo e meio de morangos por dia ao longo de 12 semanas. Os marcadores de inflamação no sangue deles despencou, assim como a sensação de dor.
Vale dizer que não foi citado, em nenhum estudo, a relação das frutas silvestres com os agrotóxicos. No Brasil, diferente do hemisfério norte, esse tipo de fruta normalmente recebe muito veneno na produção por conta do clima. Morango, por exemplo, é uma das frutas que mais contém toxicidade (36,05%). Portanto, aposte nos orgânicos – ou plante em casa!
Veja o vídeo completo sobre a relação dessas frutinhas com benefícios no pós-treino:
Nutrition Facts, Mundo Boa Forma, Super Bom, Ministério da Saúde