Se você tem 33 anos, prepare-se: seu corpo pode mudar completamente!
Durante três surtos na nossa vida, o corpo humano pode ter um envelhecimento acelerado e eles ocorrem em períodos determinados. Se você já beira os 33 anos, prepare-se e preste atenção neste artigo.
No TikTok, o canal de divulgação científica ASAPScience afirmou que existem três surtos de envelhecimento na nossa vida, e eles ocorrem em diferentes períodos bastante determinados.
De acordo com o vídeo, essas “explosões” no sangue ocorrem aos 34, 60 e 78 anos
“Agora, não sabemos exatamente porque isso acontece. Mas o que os pesquisadores descobriram é que, nessas idades, há cerca de 1.300 proteínas no sangue que mudam repentinamente.
Então, até os 34, elas são relativamente estáveis e consistentes. E então há uma grande mudança. O mesmo vale para 78. Na verdade, os cientistas são capazes de prever a idade das pessoas em alguns anos apenas observando o sangue”, destacou o apresentador Mitchell Moffit.
@asapscienceI was not prepared to find this out at 33 years old♬ original sound – AsapSCIENCE
Essa afirmação é endossada pelo estudo do National Institutes of Health, publicado em 2019 na revista científica Nature Medicine.
O estudo
Uma equipe de pesquisa, financiada pelo NIH, avaliou a idade de pessoas voluntárias, de 18 a 95 anos, ao analisar amostras de sangue que continham algumas centenas de proteínas.
Pesquisas científicas demonstraram que algumas proteínas encontradas no sangue humano mudam com a idade de maneira não linear. As mudanças mais perceptíveis ocorrem em média por volta dos 34, 60 e 78 anos.
De acordo com a revista científica, os resultados oferecem novos insights importantes sobre o que acontece à medida que envelhecemos. Por exemplo, o processo de envelhecimento biológico não é estável e parece acelerar periodicamente. E com as maiores explosões chegando, em média, por volta dos 34, 60 e 78 anos.
Conforme diz um trecho do artigo, o sangue “contém proteínas de quase todas as células e tecidos” e, portanto, pode ser usado para encontrar marcadores para uma ampla faixa de sinais potenciais de envelhecimento.
“Já sabíamos que medir certas proteínas no sangue pode fornecer informações sobre o estado de saúde de uma pessoa – lipoproteínas para saúde cardiovascular, por exemplo. Mas não havia conhecimento que tantos níveis diferentes de proteínas mudariam significativamente com o avanço da idade”, disse Tony Wyss-Coray, professor de neurologia e ciências neurológicas em Stanford e o principal autor do estudo, em um comunicado de imprensa de Stanford.
De acordo com o especialista, essas descobertas ajudam a desenvolver um exame de sangue para identificar indivíduos que estão envelhecendo biologicamente mais rápido do que outros.
Contudo, o estudo informou ainda que há outros fatores fundamentais que influenciam isso, como a genética, a provável presença de doenças crônicas.
As proteínas no sangue mudam ao longo da vida
A corrente sanguínea toca todos os tecidos do nosso corpo. Ele carrega nutrientes para os tecidos e leva embora os resíduos prejudiciais. Os tecidos também liberam proteínas na corrente sanguínea, que podem se comunicar com outras partes do corpo. E isso ajuda a montar uma resposta imunológica a doenças.
Por causa desse fluxo constante pelo corpo, alguns exames de sangue medem proteínas específicas para ajudar no diagnóstico de doenças.
Os exemplos incluem diabetes, doenças cardíacas e problemas renais e hepáticos. Com base nisso, os cientistas fazem estudos para saber se as proteínas do sangue podem ser usadas para avaliar de forma mais ampla a saúde e o bem-estar das pessoas.
Assim, os pesquisadores da NIH identificaram um subconjunto de 373 proteínas, que poderiam prever com precisão a idade das pessoas, em uma faixa de alguns anos de homens e mulheres.
No estudo, dois terços das proteínas que mudam com a idade diferem entre homens e mulheres. Isso apoia a ideia de que ambos envelhecem de maneira diferente. Também destaca a necessidade de incluir os gêneros em estudos clínicos para um maior número de doenças.
Seria um veredicto?
Contudo, o site de checagem de notícias, Snopes alerta que não existe uma forma universalmente aceita de descrever o envelhecimento. Portanto, apresentar um estudo como a palavra final sobre o assunto é equivocado.
O conceito de envelhecimento e como medi-lo é mal definido e carente de consenso. Por isso, não é totalmente preciso caracterizar as mudanças abruptas em algum exame de sangue.
Mais pesquisas são necessárias para entender quais assinaturas de proteínas podem ajudar a identificar pessoas com maior risco de doenças relacionadas à idade, de acordo com a National Institutes of Health.