Cuidado! A rolha do vinho faz toda a diferença
O inverno chegando e com ele, aquele delicioso vinho!!
Nada mais gostoso do que aquele ritual de abrir a garrafa de vinho com um belo saca-rolhas, tirando onda com aqueles gestos vistos tantas vezes em filmes e restaurantes. Mas esta cena está por um fio. Agora a moda é abrir o seu delicioso vinho, tal qual uma garrafa pet, pois é, está quase no fim a era do romantismo da rolha de cortiça.
Agora o mundo das vinícolas está aderindo a outros tipos de rolhas modernosas, deixando de lado a centenária rolha de cortiça. Mas, qual o benefício disso? Vamos entender.
CORTIÇA
Vinhos com rolhas de cortiça sempre foram as preferidas dos consumidores, pela sua herança secular, dando a impressão que assim teriam um vinho de melhor qualidade e melhor sabor. Engano nosso, erros também acontecem com esse tipo de vedação.
ATENÇÃO: Uma quantidade de 2 a 5% de todas as garrafas produzidas no mundo sofrem contaminação pela rolha, causado por um fungo chamado armillaria mellea, que aparece na cortiça. Também é conhecida como doença da rolha ou “bouchonée”. O vinho fica com um odor forte, como vinagre, ou pano molhado, além do sabor desagradável. Para detectar isso, basta cheirar a rolha. Pois é, aquela pompa toda, tem um motivo maior. Quando o garçom trouxer a garrafa, certifique-se que ela seja aberta na sua frente, e então cheire a rolha.
A árvore que produz essa cortiça, é o sobreiro, produzida em Portugal, Espanha e Norte da África.
Ela demora 40 anos para começar a produzir cortiça, e demora mais 9 a 10 anos para “nova remessa”. Muito tempo!!
SINTÉTICAS
Esse tipo de rolha foi desenvolvida exatamente para suprir a falta da cortiça, então, tornar a bebida mais barata e assim aumentar o consumo. É fabricada por um material termoplástico resistente e totalmente adaptável aos vinhos jovens e frescos.
Uma curiosidade, no caso de uso de rolhas sintéticas, as garrafas não devem ser conservadas por muito tempo, porque a extração da rolha será difícil, já que o produto se adere mais ao vidro. Muitos dizem que não conservam a bebida por muito tempo tão bem quanto a cortiça, devido a problemas em manter a oxidação, e com isso, também alteram o sabor do vinho. Mas não existe nenhum estudo conclusivo. Esse tipo de vedação não oferece risco a saúde.
ROSCA
Podem ir se acostumando, pois a tendência mundial é essa, a do sistema de rosca, igual as de garrafa pet. Existem “ene” motivos pra isso, a melhor, é a sustentabilidade, geralmente produzidas em alumínio, são totalmente recicláveis.
Um estudo feito por 30 meses, concluiu que esse tipo de tampa é a melhor em oferecer envelhecimento consistente, manter sabor e frescor com controle de qualidade (e mais…). Assim como na Austrália, grande produtora de vinhos, o mercado mundial vem, com força, aderindo esse tipo de vedação para seus produtos.
Tá certo, não tem o mesmo luxo e charme, mas mantém o produto puro e intacto, além de sair bem mais em conta, agredindo menos a natureza e nosso bolso. Detalhe: espumantes, champagnes, prosecos, continuam com suas tampas em cortiça.
Existem outros tipos de rolha, como a aglomerada e vidro, mas além de serem piores ou caras, respectivamente, o uso não é tão frequente.
Tim, tim!
Fontes
wine.about.com | winefolly.com | sommeliere.com.br | correiodeuberlandia.com.br