Como economizar sendo pobre: 11 Dicas realistas para viver bem
É tanta conta, como economizar? Mesmo sem dinheiro sobrando, a gente quer viver bem e não trabalhar apenas para pagar os boletos. Para te ajudar nessa, separamos algumas dicas para economia super importantes e realistas.
Como economizar sendo pobre: é possível!
Quando a gente acha que não dá para piorar, vem uma pandemia e nos mostra que dá sim… Ô se dá! Se você não está passando um perrengue financeiro, pode ter certeza que você é uma pessoa privilegiada, viu?
A gente sabe que a realidade da maioria das pessoas é apertar um pouquinho aqui para aproveitar um pouquinho ali. Dificilmente o dinheiro dura o mês inteiro, e mais difícil ainda é comprar ou fazer tudo que a gente quer de uma vez só.
Se você está cansado daquelas dicas financeiras escritas por pessoas endinheiradas, que dizem que é só vender o carro (que carro?) ou guardar metade do seu salário todo mês (como??), agora você está no lugar certo.
Mesmo sem dinheiro sobrando, a gente quer viver bem na medida do possível e não trabalhar apenas para pagar os boletos. Para te ajudar nessa, separamos as dicas mais realistas para manter as finanças em dia – não, você não vai ficar rico. Não acredite nessa lenda.
1. Tenha um cartão para emergências
Já vou começar dando uma dica meio controversa. “Não ter um cartão de crédito” é a dica mais comum para quem quer economizar ou fugir das dívidas, mas a verdade é que essa belezinha pode ajudar muito em alguns casos. Só que é preciso ter consciência e autocontrole, viu?
Quem deu essa dica foi ninguém menos que a queridinha da finança popular, Nath Finanças, que mostra como o cartão pode ser importante no seu planejamento financeiro.
Por exemplo, se você precisa comprar algo caro, como um fogão ou uma geladeira, dificilmente conseguirá pagar tudo à vista. Para essas situações, o cartão de crédito é muito útil, já que você pode utilizá-lo para parcelar a compra.
Mas é importante usar o cartão apenas quando for realmente necessário, e fazer parcelamentos de forma planejada. Ainda, Nath explica que é muito importante anotar todas as parcelas e manter esse controle, para que a fatura não vire uma bola de neve depois de alguns meses.
Por fim, ela dá a dica de definir um limite para o cartão, que obviamente precisa ser menor que o seu salário. Não se esqueça que no fim do mês você vai ter que pagar aquela fatura!
2. Junte milhas
Juntar milhas pode parecer coisa de gente rica, mas juro que não é. É claro que você não vai conseguir trocar os pontos por uma passagem para Paris, mas ainda assim vale a pena juntar.
“Mas como vou juntar milhas se mal consigo viajar uma vez por ano?” Primeiro você precisa saber que existem outras formas de conseguir pontos, como usando o cartão de crédito ou fazendo compras online.
Sabe aquela geladeira que você precisou comprar no cartão para parcelar? Dependendo do tipo do cartão, a compra vira milhas. E se você comprar em uma loja parceira do seu programa de benefícios, pode ganhar ainda mais pontos. Para saber quais são as parceiras, é só entrar no site do programa de milhas que você escolheu.
Você não vai conseguir acumular um número muito grande de pontos em um mês, mas de grão em grão já dá para fazer alguma coisa.
Algumas possibilidades para gastar suas milhas:
- trocando por passagens aéreas, para quitar todo o valor ou conseguir um desconto na tarifa;
- trocando por produtos em empresas parceiras;
- vendendo as milhas.
Existem sites que compram milhas para vender passagens aéreas para outras pessoas, e o valor varia de acordo com o programa e a quantidade de pontos que você possui. Não dá para ficar rico assim, mas já dá para conseguir um dinheirinho para se mimar (ou ser responsável e pagar o que realmente precisa).
3. Não pague por coisas que não precisam ser pagas
Nathalia Arcuri tem um vídeo bem legal em seu canal no YouTube, com uma lista de coisas que a gente costuma pagar sem necessidade. São coisas que geralmente não custam muito, mas somando pode fazer uma bela diferença no fim do mês.
Alguns exemplos são:
- anuidade do cartão de crédito,
- tarifas bancárias
- e até advogado.
Para não pagar anuidade, por exemplo, você pode escolher um banco digital que não faça essa cobrança ou ligar para o seu banco e pedir o cancelamento das tarifas. Isso porque existe uma lei que garante a prestação gratuita de serviços bancários essenciais.
E para não pagar advogado, caso não tenha condições, você pode ser beneficiado por um defensor público ou ainda resolver determinados problemas no Juizado de Pequenas Causas.
4. Corte despesas realmente desnecessárias
Se você parar para pensar, talvez vai identificar alguns gastos totalmente desnecessários em seu dia a dia. E eu não estou falando de nenhum item de luxo.
Por exemplo, quando eu saí da casa dos meus pais, antes de entrar no apartamento novo eu já tinha contratado um super pacote de internet e TV a cabo. Depois de uns 6 meses eu percebi que só ligava minha TV para assistir Netflix e que estava gastando dinheiro à toa.
Quando consegui me livrar da fidelidade, cancelei a TV e mantive só a internet que é fundamental para o meu trabalho. Só nesse corte eu já consegui economizar mais de R$100 por mês!
A internet também pode ser usada como exemplo, já que muita gente paga uma banda larga residencial mas passa a maior parte do dia fora de casa. Será que você não pode abrir mão dessa internet e usar apenas o 4G quando precisar?
5. Avalie o custo-benefício
Muitas vezes a gente quer ou precisa comprar alguma coisa, e acaba procurando o produto mais barato possível. Pode ser roupa, eletrodoméstico, celular… Em alguns casos isso funciona, mas em outros a economia pode ser péssima.
Então, é preciso avaliar o custo-benefício antes de fazer uma compra. Será que vale a pena comprar uma blusinha de 20 reais que vai estragar na primeira lavagem, ou gastar 50 em uma que vai durar anos? Fast fashion está fora de moda.
Vou contar outro exemplo que aconteceu comigo, no início da quarentena: comecei a me aventurar na cozinha e decidi comprar uma batedeira. Comprei a mais barata que encontrei, que custou 50 reais. Estragou no segundo uso. Chorei.
Se eu tivesse investido 100 reais a mais, poderia ter uma batedeira para usar de vez em quando por alguns anos. Mas não avaliei o custo-benefício e agora só tenho 50 reais a menos.
6. Compre de brechós e desapegos
Uma dica bem legal para comprar as coisas que você precisa ou deseja são os brechós ou sites e grupos de desapegos, tipo OLX ou Enjoei. É claro que você precisa pesquisar bastante para garimpar produtos de boa qualidade, e também é necessário avaliar se o vendedor é confiável.
Existem até grupos de troca e escambos, em que você oferece alguma coisa que não usa mais ou um serviço que possa oferecer, em troca de um produto ou serviço que esteja precisando. Pesquise por grupos no Facebook, de preferência na sua cidade.
7. Utilize apps de controle financeiro
Em parceria com o canal Finanças Femininas, Nath Finanças dá uma dica que ela considera infalível: usar aplicativos de controle financeiro. A ideia é anotar TODOS os seus gastos no dia a dia, independente do valor. Anote o que passou no cartão de crédito, no débito e no dinheiro, seja uma geladeira ou um café na padaria.
Você deve anotar assim que a compra for feita, para não correr o risco de esquecer. Dessa forma você consegue criar o hábito de fazer o seu controle financeiro, e assim é possível identificar se está gastando muito com besteira ou se existem gastos que podem ser cortados.
Esse meme resume perfeitamente o porquê de ser tão importante fazer um controle financeiro, evitando que pequenos gastos se transformem em uma dívida que você não consegue pagar no fim do mês:
8. Use cupons de desconto e cashback
Eu sou a louca dos brindes e descontos, e sempre que preciso comprar alguma coisa online eu procuro por cupons de desconto. Muitas lojas oferecem cupons para a primeira compra, outras dão frete grátis…
O truque é jogar no Google “cupom de desconto + nome da loja”.
Existem também algumas empresas que oferecem cashback, como a Méliuz e a AME. Você faz uma compra e recebe parte do dinheiro de volta. Geralmente é pouca coisa, mas você pode ir acumulado e depois resgatar todo o saldo.
São duas dicas que não vão te deixar rico (aliás, nenhuma dica aqui vai te tornar milionário, prometer isso seria uma piada), mas com um descontinho aqui e um cashback ali você já consegue economizar uma grana.
9. Diversifique sua renda
Eu sei que muitas vezes é difícil conseguir ter pelo menos uma fonte de renda, mas diversificar seu trabalho e ganhar dinheiro de diferentes maneiras pode te ajudar a viver melhor, com um mínimo de segurança. Assim, se você perder seu emprego ou passar por algum imprevisto, não vai ficar totalmente zerado.
Correr atrás de uma renda extra não é nenhuma dica mirabolante ou diferente, mas quero mostrar algumas ideias que Nathalia Arcuri compartilhou em seu canal e que talvez você nunca tenha pensado antes.
Algumas dicas podem ser resumidas em: se reinvente e entenda as necessidades atuais. Durante o isolamento social, por exemplo, muita gente percebeu que o delivery de comida tem sido uma necessidade e estão investindo nisso. O importante é pensar fora da caixinha para diversificar sua renda. Que tal vender um docinho?
10. Estude
Já falamos sobre controle financeiro, planejamento… A verdade é que você precisa estudar para mudar seus hábitos, para aprender a investir, a economizar e viver bem sem gastar mais do que ganha.
E não estou falando para você comprar um curso financeiro caríssimo (que só serve para te enganar) ou entrar em uma faculdade de Economia. Você pode estudar buscando mais conteúdos como este, assistindo vídeos no Youtube, lendo livros sobre o assunto e até conversando com amigos que tenham conhecimento sobre isso.
Claro, sem jamais perder o olhar crítico sobre o tema. Afinal, o discurso da meritocracia no Brasil é uma enorme falácia. Assim como acreditar que é possível enriquecer facilmente no mercado de ações (day trade).
11. Pague suas dívidas
Para finalizar, uma dica óbvia mas extremamente importante!
Muitas pessoas têm dívidas e acreditam que não conseguem pagar porque ganham pouco, mas você já parou para pensar que tem gente que ganha salários altos ou até prêmios de loteria e ainda assim fazem grandes dívidas que não conseguem pagar?
Segundo Carlos Galvão, do canal Dívida Zero, o segredo para quitar as dívidas é a inteligência financeira. Ele diz:
- caso você tenha mais de uma dívida, faça uma lista detalhando o valor, as taxas de juros e as consequências de postergar aquele pagamento;
- depois de definir as prioridades, é preciso se comprometer e definir uma data realista para quitar aquela dívida;
- a partir de então, você precisa administrar melhor seu dinheiro, seguindo as dicas que já foram citadas aqui, como cortando gastos e fazendo o controle financeiro.
É claro que para pagar dívidas e viver bem com pouco dinheiro é necessário fazer alguns sacrifícios, mas depois que estiver tudo quitado você vai ver que valeu a pena.