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A comida do futuro: o que comeremos em 2028!

18 de agosto de 2021
Postado por Denisson Soares

Você já pensou como será a comida do futuro? Atualmente, há várias alternativas interessantes sendo debatidas e pesquisadas por cientistas de todo o mundo. Saiba tudo a seguir.

 

Cada um desses alimentos com objetivos específicos, como promover maior grau de nutrição, combater a fome, ou devolver a refeição suas propriedades de milhares de anos atrás.

O site especializado em ciência, Sciencefocus, selecionou algumas das principais inovações do momento para a comida do futuro que devem fazer parte de nossas vidas por volta do ano 2028. Curioso? Então, continue a leitura e fique por dentro desse tema!

 

Comida adaptada ao genoma

A nutrição personalizada feita com base em testes genéticos, deve ajudar a criar opções de alimentação saudáveis sob medida para as pessoas.

Aliás, já existem empresas que realizam testes no DNA do indivíduo para oferecer orientações sobre sua dieta. Porém, as coisas ainda não estão bem desenvolvidas, por isso, os resultados ainda não são tão satisfatórios.

Como em 2028 a expectativa é de que a ciência já domine muito mais sobre genética humana, os “serviços de nutrigenética” devem começar a se popularizar – pelo menos nas camadas mais abastadas da sociedade, como de costume.

Para o Dr. Jefrfey Blumberg, professor de ciência e política da nutrição na Tufts University em Massachusetts, e um dos grandes defensores dessa linha de estudos, no futuro será possível “dizer que tipos de frutas, que tipos de vegetais e que tipos de grãos integrais você deve escolher, ou comer com que frequência”.

Pixabay, https://pixabay.com/pt/photos/dna-3d-biologia-gen%c3%a9tico-pesquisar-5297378/

SEM LEGENDA

 

Os alimentos serão desenvolvidos para serem mais nutritivos

Você sabia que muitos alimentos que consumimos hoje foram cultivados de forma seletiva ao longo de milhares de anos? Além disso, vários deles passaram por diversas mutações entre o selvagem original e o produzido hoje.

Por exemplo, as cenouras originalmente eram brancas e magras, os pêssegos se pareciam com cerejas e, acredite, eram salgados. Sem contar as melancias brancas (imagem de destaque desse artigo) e as bananas cheias de semente também faziam parte do nosso passado recente.

Saiba mais sobre os alimentos geneticamente modificados (clique no link em roxo). Vale dizer que, por conta disso, a banana que consumimos hoje está em extinção.

Musarema, http://www.musarama.org/en/image/domestication-of-the-banana-184.html

Banana atual e a original

Como apontado, devido a essa criação seletiva visando características como cor e volume, aliadas com práticas agrícolas intensivas, muitos alimentos perderam nutrientes.

Nesse sentido, entra em cena a ciência biomolecular e a genética — de novo! Uma das principais linhas de pesquisa envolve a possibilidade de se aplicar o DNA de um organismo em outro. Isso evitaria a necessidade de um mesmo alimento ter que passar por várias gerações e cruzamentos para adquirir as propriedades nutricionais desejadas.

Uma técnica chamada CRISPR-Cas9, que consiste em uma tecnologia para a edição de DNA, deve ter um papel ainda maior nos próximos anos, uma vez que ela já permite promover alterações no código genético de plantas com uma precisão nunca vista.

Como o foco aqui é o DNA do alimento, e não o humano, as possibilidades são bem amplas: frutas com sabores diferentes e mais próximas dos seus antepassados selvagens, alimentos que não causam alergia, ou ainda, plantas portando vitaminas de outras.

Pixabay, https://pixabay.com/pt/photos/salada-fruta-baga-saud%c3%a1vel-2756467/

SEM LEGENDA

 

Novos sabores

Sim, a comida do futuro terá novos sabores. É bem provável que seja nesse campo onde a tecnologia mostrará toda sua competência e utilidade. Chama a atenção o envolvimento do Vale do Silício, popular por atrair algumas das mentes mais brilhantes do mundo, que tem voltado sua atenção para inovações do setor alimentício.

Um exemplo disso é startup Impossible Foods, que criou um hambúrguer com gosto de carne, que “sangra”, chia na frigideira, mas não tem nada de carne. E, claro! No meio disso tudo ainda haverá espaço para novos e incomuns alimentos processados.

Para os próximos dez anos poderemos esperar coisas um tanto estranhas, como:

  • pirulitos que curam soluços;
  • lanchonetes especializadas em proteínas de algas;
  • tinta spray comestível;
  • nanopartículas que removem sabores desagradáveis do vinho ou ainda, aquelas que liberam rajadas de sabor retardadas na boca, por exemplo, fazendo com que um chiclete ainda possa ser mascado por muito mais tempo que os atuais.

Além das possibilidades acima, ainda há as novidades em termos de criatividade. Aqui entram os chefes robôs com capacidade de criar combinações únicas de alimentos e até comida impressa em 3D, para um design mais detalhista e impactante do alimento no prato.

Pixabay, https://pixabay.com/pt/photos/salm%c3%a3o-peixe-frutos-do-mar-vegetais-518032/

SEM LEGENDA

 

O mais importante!

Independente das novidades alimentícias que a tecnologia pode proporcionar para a humanidade, existem alguns pontos que merecem mais a nossa atenção.

Em um artigo publicado no site Precouter, Vasambal Manikkam, Doutor em Nutrição e Cientista de Alimentos, diz que as inovações para o futuro da alimentação deverão se voltar para dois principais problemas já vistos na atualidade:

  1. Combater a desnutrição e a fome em países subdesenvolvidos, e por consequência, as possíveis disputas por alimentos;
  2. Promover a redução dos impactos ambientais causados pela dieta ocidental, especialmente por ser rica no consumo de carne, já que a criação de bovinos gera impactos ambientais significativos, além do próprio sofrimento do animal.

 

G1, Prescoulter, Sciencefocus, Ecycle

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