“Mais amor (e menos joguinhos), por favor!”
Dia desses, na fila do cinema, ouvi dois rapazes conversando sobre como ser valorizado pela paquera, sobre o quanto não dar muita bola pra alguém faz com que esse precise mais ainda de você, sobre como não se importar com quem você quer estar junto, como deixar essa pessoa plantada, te torna mais valorizado.
Isso me fez refletir durante todo o filme. Comecei a perceber o quanto isso é foda, desastroso e inútil. Se você quer mesmo estar com uma pessoa, por que diabos não convidar esse alguém pra sair? Só por medo de parecer disponível demais? Por que não dizer que está com saudades quando de fato você está?
Se você é adepto aos joguinhos nas relações, lamento dizer, mas o amor não precisa de você.
Se sempre que você envia uma mensagem, o outro visualiza e faz questão de não te responder prontamente ou leva dias pra te dar uma resposta, melhor desencanar. Se você está a fim de uma pessoa que só te atende propositalmente depois da sua terceira ligação, demita-se!
Se alguém acha mesmo que te dar um gelo a tornará importante, que só com a demora ou a ausência você aprenderá a dar o valor que ela merece, saia dessa! Simplesmente não consigo confiar em quem complica as relações e poupam ações por pura infantilidade. Não consigo confiar em quem acredita que economizar suas atitudes é conservar sua pessoa das decepções.
Não confio em quem acha que, para que ser notado, o jogo é o melhor caminho.
Se você acha que o amor precisa desses joguinhos, melhor jogar sozinho, poupe os outros disso porque ninguém merece perder tempo, muito menos pagar por suas jogadas. Gente que começa assim, não serve pra trocar saliva, dividir um cobertor ou compartilhar uma cerveja num dia de domingo.
Se você quiser ligar, ligue. Se não quiser retornar, não ignore, diga que não quer. Se quebrar a cara, tente de novo. Não pense duas vezes pra fazer ou dizer o que sente, se o que está sentindo for fazer bem ao outro e a você também.
Quem disse que se dar valor é sonegar os seus próprios sentimentos? Limitar um sentimento é para os fracos. Seja nu e cru. Se alguém demonstra que não tá nem aí pra você, não precisa se importar com essa pessoa. Desencana!
Não aceite gente que começa com as estratégias mais sacanas pra ter você na palma das mãos, porque esse tipo de gente vai ser como um porre, um soco no estômago, uma perda de tempo. Chega doer o saco (mesmo que você não tenha um), gente que se diz interessada mas nunca aparece, fica ali, esperando que você faça alguma coisa.
Preguiça de quem só dá as caras quando percebe que você já não está mais na jogada.
Gente que se segura, se contém.
Prefiro as pessoas que não medem esforços, que não usam artimanhas, que não poupam entrega, que façam convites sem pensar duas vezes e que aceitem os convites sem medo de parecer disponíveis ou vulneráveis demais.
Preguiça de gente que não é clara, que poupa o que pensa e que não diz o que sente.
Me bate um desinteresse infindo em lidar com quem começa com aquele jogo de ignorar as minhas mensagens, que prefere atender as minhas ligações sempre quando estou prestes a desligar, que acham que visualizar a minha conversa e não responder vai me deixar mais interessado.
Nesses casos, concordando com a Susana Vieira, não tenho paciência com quem tá começando.
No amor, não há espaços pra joguinhos.