COLABORE | Site reuniu todas as formas de ajudar as vítimas da maior tragédia ambiental do Brasil
Não está fácil assistir ao noticiário esse ano. O ser humano está empenhado como nunca em se autodestruir, fazendo a gente se perder nas rodas de conversa sobre qual é a tragédia da vez.
Mas presta atenção que o papo é muito sério. É importante saber que estamos vivenciando o pior desastre ecológico de todos os tempos no Brasil .
Tudo começou quando duas barragens da Samarco Mineração (sociedade entre a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton) se romperam, despejando sob o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), um mar de lama (tóxica) causando mortes, além dos desaparecimentos (não há confirmação exata do número de vítimas fatais, fala-se em 11 até o momento). Mas isso foi só o começo.
A avalanche de lama não parou, mais precisamente 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério e água, devastaram vilarejos e cidades, deixando ainda mais desabrigados, até que atingiu a Bacia do Rio Doce. E o que era um desastre se tornou uma calamidade.
Imagine você que 70 Bilhões de litros de lama (tóxica), o equivalente a 24 mil piscinas olímpicas, com uma concentração de metais 1.300.000% (um milhão e trezentos mil por cento) acima do normal foram despejados nos mais de 500 km da Bacia do Rio Doce, imaginou?
Agora pense na quantidade de peixes, aves, mata, enfim, toda a biodiversidade da quinta maior bacia hidrográfica do país sendo devastada. Pensou?
Segundo Marcus Vinicius Polignano, presidente do Comitê de Bacia do Rio das Velhas e professor da UFMG, em entrevista para a Folha de São Paulo, essa tragédia “é algo irreversível. Fala-se em remediação mas, no caso da lama nos rios, não existe isso. Não tem como retirá-la de lá.”
Para o biólogo André Ruschi, diretor da escola Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi, em Aracruz (ES), a dispersão dessa lama poluída no oceano causará um impacto por 100 anos na vida marinha do litoral do Espírito Santo.
Mas e você com isso?
Saiba que meio milhão de pessoas estão sem abastecimento de água potável no estado de Minas Gerais graças a essa catástrofe, e que além disso existem inúmeras famílias que perderam absolutamente tudo e que nesse momento estão precisando da sua ajuda.
E como eu faço?
Uma galera do bem criou um site colaborativo, o RioDoce.Help, com o objetivo de auxiliar as vítimas desse desastre.
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Existem inúmeras formas de entrar nessa rede do bem, são elas:
1. Preciso de ajuda
Essa seção é destinada as vítimas do desastre. Lá você encontra um formulário para preencher e pode pedir vários tipos de ajuda como um help para uma construção, um equipamento para comunicação ou alimentação.
Além disso, você também encontra informações sobre o posto de distribuição de donativos mais próximo de você.
2. Quero doar
Você pode ajudar de diversas formas. Nessa página você vai encontrar os tipos de donativos que estão sendo recebidos (galões de 20 litros de água, roupas, medicamentos, produtos de higiene, etc), os locais de postos de coleta.
Se não há um local na sua cidade, você pode entrar em contato com a rede e abrir uma “filial” de um posto de coleta na sua casa e aproveitar para mobilizar os amigos.
Posso doar dinheiro? Por questões de idoneidade o Riodoce.Help não aceita doações em dinheiro.
3. Voluntários
Existe uma seção destinada a quem quer se tornar voluntário. Lá você pode se cadastrar, falar sobre as suas habilidades e disponibilidade. E quem se encontra longe do local do acidente também pode voluntariar. Como? Sugerindo ideias de soluções que ajudem os moradores das regiões afetadas.
4. Como minha empresa pode ajudar?
Transportadoras, empresas de caminhão pipa, engarrafadoras de água, distribuidoras de remédios, entre outros tipos de empresa podem ajudar.
Se você se encontra nas proximidades do Rio Doce acesse o link “Empresas” do site e saiba como colaborar. Se você não é empresário, mas gostaria de sugerir uma empresa, pode acessar e sugeri-la também.
5. Informação
Além de colaborar na unificação das doações e facilitar que elas cheguem até quem necessita, o site reúne uma agenda de eventos, arquivo de publicações sobre o acidente e links dos principais veículos de comunicação da região para quem quer se manter por dentro do que está acontecendo.
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O site é colaborativo, por isso o número de parceiros não para de aumentar! Ele surgiu da boa vontade de um carioca, Lucio Amorim, e um mineiro, Rafael Andrade, mas agora precisa que todos nós.
Bora participar dessa rede solidária, parar com mimimi de qual tragédia é pior e ajudar quem tá precisando de verdade?
Fontes: MAB | Último Segundo | Vice | G1 | R7 | Folha de S. Paulo | Outras Palavras