Desinfetar a esponja no micro-ondas pode ser a maior burrada da vida, alertam cientistas
Ah, esponja de cozinha. Quanta má fama ela carrega.
Já falamos como ela é nojenta e até mostramos essa dica que ensina a desinfetá-la usando o micro-ondas. Mas agora sentimos lhe informar que erramos feio, erramos rude.
A ciência acaba de comprovar que essa técnica de limpeza, que prometia deixar nossa esponja limpinha, na verdade se transforma numa verdadeira “festa open bar” para as bactérias mais mal encaradas do pedaço.
Um estudo publicado no site científico Nature afirmou que a técnica de desinfetar a esponja usando o micro-ondas até funciona, mas não como deveria.
O efeito causado pelo eletrodoméstico é capaz de eliminar apenas as bactérias mais fracas, já aqueles mais fortes e menores sobreviverão. Como vai ter espaço de sobra na esponja, pois boa parte dos “moradores” bateram as botas, as bactérias mais fortes vão se reproduzir e ocuparão todas as partes possíveis da esponjinha, explica o estudo.
O mesmo vale para técnicas de limpeza com vinagre, lava louças, água fervente, etc.
Olha a bomba!
De acordo com publicação do The New York Times, sabemos sobre a quantidade de bactérias que uma simples esponja de pia pode ter, porém esse número foi subestimado pelos cientistas.
Markus Egert, um microbiologista da Universidade de Furtwangen na Alemanha, analisou 14 esponjas de pia após o uso e o resultado foi assustador. Segundo o especialista e sua equipe, foram encontradas 362 espécies de bactérias. Ao todo, elas somavam mais de 82 bilhões de micróbios em apenas uma polegada cúbica da esponja.
“Essa é a mesma densidade de bactérias que você pode encontrar em amostras de fezes humanas. Provavelmente não há outros lugares na Terra com altas densidades bacterianas. Quando as pessoas tentam limpar suas esponjas em casa, elas pioram a situação da mesma forma que fortalecem bactérias resistentes a antibióticos quando não seguem as orientações do médico.” – disse Egert à publicação.
Por quê? Por quê?!
Segundo o estudo, a esponja é um local quente e úmido, um ambiente perfeito para a proliferação das bactérias. E embora tenha sido comprovado que algumas dessas bactérias, como um micróbio chamado Moraxella osloensis, possam causar infecções na pele de pessoas com sistema imunológico fraco, os cientistas ainda não sabem exatamente quais riscos à saúde a esponjinha pode nos causar de verdade.
Mesmo se não fizer muito mal à nossa saúde, o cheiro que geralmente essas esponjas velhas exalam são bastante desagradáveis; a técnica de desinfetá-la no micro-ondas também não vai eliminá-lo de vez. O metabolismo da bactéria (a que sobreviveu) come gordura e excreta gordura. É exatamente daí que vem o odor desagradável.
Egert recomenda que as esponjas sejam trocadas sempre (toda semana se possível). Para evitar o desperdício e reaproveita-la, o profissional sugere lavarmos bem a esponja com água quente, detergente em pó e alvejantes, depois usar em outro ambiente da casa menos sensível a higiene, como o banheiro, por exemplo.