A ciência revela como encontrar mais motivação para o trabalho
Você é daqueles que acorda desanimado todos os dias e levanta quase que arrastado para ir trabalhar?
Então, essa notícia é sua. Ou melhor, é nossa!
Existem diversas dicas que podem te dar uma mãozinha em como encarar melhor o seu emprego, como por exemplo, enxergar a labuta pelo lado positivo ou fazer o que se ama, certo?!
Mas, se já tentou de tudo, saiba que você realmente não precisa se sentir motivado para realizar as suas tarefas, isso foi o que mostrou a matéria publicada pela Revista Galileu.
Sem motivação? Como assim?
Muitos pensam que nossas emoções precisam estar em ordem para realizarmos bem o trabalho, mas as coisas não precisam ser assim.
O escritor Oliver Burkeman, no livro “The Antidote: Happiness for People Who Can’t Stand Positive Thinking” (“O Antídoto: Felicidade para pessoas que odeiam pensamento positivo”), reforça a ideia de que devemos tirar das nossas mentes aquelas ideias motivacionais que nos enchem de pressão e expectativas.
“Quem disse que você tem que esperar ‘ter vontade’ de fazer uma coisa para realmente fazê-la? O problema dessa perspectiva é que você não se sente realmente motivado: você imagina que precisa estar motivado”, explica ele.
O que o autor faz, nada mais é que nos orientar a fugir daquele monte de cobranças do tipo: “Tenho que ficar bem!” ou “Preciso gostar do meu trabalho”.
Como fugir dessas cobranças?
Segundo o autor inglês, a solução para esse, que é o dilema de muita gente todos os dias, pode ser mais simples do que parece e ainda evita com que façamos bobagens na hora de algum pico de estresse: tentar deixar esses sentimentos conflituosos de lado.
“Se você consegue compreender que seus pensamentos e emoções sobre aquilo que não quer fazer podem mudar como o clima, você entende que a sua relutância a trabalhar não é algo que precisa ser erradicado ou transformado em pensamento positivo. Você pode coexistir com isso. Você pode notar os pensamentos procrastinadores e trabalhar mesmo assim”, disse ele.
Mesmo parecendo um tanto quanto óbvia e simples demais, essa ideia pode fazer com que tenhamos um dia a dia mais leve, pois aceitamos o “não quero fazer isso” e não nos cobramos mais, não nos julgamos por nos sentir assim.
A teoria de Burkeman também esteve presente em um artigo escrito para a revista Psycoloy Today, em 2012. No material, o escritor cita o psicólogo japonês Shoma Morita em suas explicações.
“É correto assumir que devemos ‘vencer’ o medo de pular em uma piscina, ou aumentar nossa confiança antes de convidar alguém para um encontro?”, questionou Burkeman que mostrou a resposta de Morita: “Se fosse, a maioria de nós ainda estaria esperando para fazer essas coisas”.
Ou seja, o lance não é se motivar obrigatoriamente ou não ter medo, o segredo é encararmos nossos desafios e medos de frente, não desanimar por conta disso e focar no que virá adiante, nos frutos que poderemos colher disso tudo.
O único risco de tudo isso é você acabar se acomodando com algo que não goste e nunca mais sair do lugar, não acha?