Em tempos tão difÃceis, é sempre um alento quando pessoas se juntam para promover uma boa causa – dá uma renovada na nossa fé na humanidade.
Foi exatamente o que aconteceu e ainda está acontecendo com a Biblioteca do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. No dia 2 de setembro de 2018, o Brasil acompanhou uma tragédia sem precedentes: um incêndio destruiu as estruturas e o acervo da instituição, que completava seus 200 anos.
Era o maior acervo da história natural da América Latina, com mais de 20 milhões de itens. Com o incêndio, perdeu-se também os livros da Biblioteca Francisca Keller, que reunia o maior acervo bibliográfico de Antropologia e Ciências Humanas da América do Sul; contava com cerca de 37.000 volumes, entre obras de referência, livros, periódicos, teses, dissertações, anais de congressos, folhetos, entre outros materiais especiais.
Durante esse mês (julho) foi criada pela Associação Amigos d’O Museu Nacional (SAMN) a campanha “Livros Vivos no Museu“, para buscar doações que viabilizem a construção de um novo espaço. A Biblioteca Francisca Keller passará a ser localizado agora no prédio da Biblioteca Central do Museu Nacional, a qual se encontra no Horto Botânico.
A primeira meta, de R$59 mil foi alcançada ainda no primeiro mês da campanha, com doações vindas de todo o mundo. A campanha continua, agora visando alcançar a segunda meta: R$129 mil.
Esse valor será destinado à compra de estantes, armários e estruturas que proporcionem segurança e conforto aos leitores que passarem pela nova Biblioteca, prevista para inaugurar em 2020.
Assista ao vÃdeo promocional da campanha:
À época do incêndio, o então candidato à presidência Jair Bolsonaro, quando indagado sobre a ausência de propostas para manutenção do patrimônio histórico nacional, questionou: “Já está feito, já pegou fogo, quer que faça o quê?“.
A população tem dado uma linda resposta, se mobilizando e alcançando objetivos concretos. Para fazer parte dessa mudança e contribuir com as novas instalações da Biblioteca Francisca Keller, acesse abaixo o site da campanha – podem ser feitas doações a partir de R$20.
Acesse aqui o site da campanha
Preservar a história é uma forma de resgatar os acontecimentos sempre que necessário, até porque, como escreveu o filósofo e poeta espanhol George Santayana:
“Aqueles que não conseguem lembrar o passado estão condenados a repeti-lo”.