Brasil suspende 43 mil empregos e tem salário mais baixo que 2018, diz Ministério
O Ministério da Economia divulgou os dados do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged) referente a março de 2019 e os resultados não são animadores: foram 1.304.373 desligamentos contra 1.261.177 admissões, o que significa uma redução de mais de 43 mil empregos com carteira assinada.
As consultorias e instituições financeiras não esperavam essa situação de retração econômica: ao Valor, afirmaram que o esperado era a criação de cerca de 70 mil novas vagas no período e não novas demissões.
Além da diminuição do emprego formal, houve também diminuição no salário. Comparando as informações do Caged de março desse ano com março de 2018 percebe-se redução de 0,51% no salário médio de admissão e de 1,41% no salário médio de desligamento.
O saldo negativo nas contratações com carteira assinada coloca em xeque a proposta da já aprovada Reforma Trabalhista, que prometia milhões de empregos em poucos anos precarizando as condições de trabalho. Isso para não falar das promessas da nova Reforma da Previdência.
Tudo isso também contraria as previsões de que a situação econômica do país iria alavancar após o impeachment da ex presidente Dilma Rousseff – o Banco Fibra chegou a prever que o crescimento do PIB dobraria após sua saída da presidência -, bem como após a aprovação do Teto de Gastos, o que claramente não vem acontecendo.