Brasil de carro: Os 16 melhores roteiros para fazer “sem rumo” em uma road trip
Quem nunca teve vontade de largar tudo, pegar o carro e cair na estrada sem rumo que atire a primeira pedra. Para os corajosos de plantão, o Brasil está cheio de destinos que a viagem em si, é o atrativo. Afinal, o país conta com mais de 1 milhão de quilômetros de estradas e rodovias.
Entre as vantagens para quem faz esse tipo de viagem, conhecidas como road trip, está a possibilidade de explorar melhor cada lugar e fazer a sua própria rota. Mas sair por aí sem rumo não é bem uma tarefa fácil.
“Quando se viaja de carro, tem que se adaptar à rotina. Você vai descansar menos, porém, contemplar mais. Você é responsável pelas suas decisões: você que estará no comando da sua rota”, destaca Brayan Linhares. Ele e a esposa, Sara Maestri, já viajaram cerca de 25 mil quilômetros.
Além disso, é preciso atenção às estradas. Uma boa parte das rodovias brasileiras estão em situações complicadas, com muitos buracos e sem asfaltamento, por exemplo. Para os amantes de aventura: um prato cheio. Mas são necessários alguns cuidados.
“Leve algumas ferramentas básicas de seu carro e informação nunca é demais. Esteja seguro de seu roteiro”, recomenda o casal.
De resto é só curtir.
“Resumindo: liberdade total! Isso não tem preço. Essa é melhor forma de aliar liberdade e o prazer de conhecer lugares sem pressa”, afirma a turismóloga Cláudia Faria.
Ficou com vontade de colocar os pés na estrada? Ou melhor, o carro na estrada? Conheça caminhos que vale a pena conhecer pelo país, indicados por Cláudia Faria, Brayan Linhares, Sara Maestri, a turismóloga Paula Pereira e por viajantes que divulgaram suas aventuras em grupos especializados.
1. Serra do Rio do Rastro
Onde: Lauro Müller (SC) a Bom Jardim da Serra (SC) — SC 390
Extensão: 23 km
Um dos cartões postais de Santa Catarina e recebeu o título de estrada espetacular por uma revista espanhola. A serra está a mais de 1.400 metros de altura.
“Tem uma estrada de terra que sai do Canyon do Ronda (Serra do Rio do rastro- SC) e vai até cambará do Sul (Serra dos aparatos-RS) são aproximadamente 130 km, e você pode visitar os canyons de quebra. Fiz a pé, mas dá pra fazer de carro”, lembra a apaixonada por viagens, Carla Bighetti.
2. Costa do Descobrimento
Onde: Belmonte (BA) a Prado (BA) — BR 101
Extensão: 214 km
Essa é uma pedida para conhecer um pouco da história da colonização do Brasil. De quebra, ainda passar por destinos muito admirados no litoral sul da Bahia, como Trancoso, Arraial D’Ajuda e Porto Seguro. O trecho é tombada como Patrimônio Natural Mundial pela Unesco, em 1999.
3. Região da Serra da Canastra
Onde: São Roque de Minas (MG) a Capitólio (MG) — MG 341
Extensão: 190 km
Este roteiro reúne paisagens como os Chapadões da Canastra e a nascente do rio São Francisco, a cachoeira Casca Dantas e os cânions do Lago de Furnas em Capitólio.
4. Rota dos Cânions
Onde: Cambará do Sul (RS) a Praia Grande (SC) — RS 427
Extensão: 38,6 km
A rota passa por dentro do Parque Nacional Serra Geral, pela região há vários cânions. O parque tem uma área de 17.300 ha e destaca-se na paisagem os paredões verticais de até 700 m de altura em transição abrupta com o relevo suave ondulado do planalto, como se esse tivesse sido “aparado” a faca.
5. Rota das Emoções
Onde: Maranhão ao Ceará
Extensão: 900 km
A rota passa pelo Parque Nacional de Jericoacoara (CE), a Área de Proteção Ambiental do Delta do Parnaíba (PI) e o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses (MA). Alguns trechos são de difícil acesso de carro, sendo necessário um 4×4.
“Acho essa rota muito interessante. Sai dos lençóis maranhenses, passa pelo delta do Parnaíba e vai até Jericoacoara”, afirma a mochileira Amanda Sten.
6. Estrada Rastro da Serpente
Onde: Capão Bonito (SP) a Curitiba (PR) — SP 250 e BR 476
Extensão: 260 km
A estrada liga São Paulo ao Paraná e é bem conhecida pelos amantes de viagens de moto. São mais de 1200 curvas ao longo de 260 km de extensão.
7. Estrada Transpantaneira
Onde: Poconé (MT) a Porto Jofre (MT) — MT 060
Extensão: 147 km
Opção para conhecer o Pantanal. A estrada corta a região, pelo caminho há muitos rios, áreas alagadas e presença de muitos animais. Boa parte das pontes são de madeira e a estrada é quase toda de terra. Na época das chuvas, alguns trechos podem ficar interditados, devido aos alagamentos. É comum encontrar pelo caminho jacarés, capivaras e veados.
8. Rodovia Washington Luís
Onde: Rio de Janeiro (RJ) a Petrópolis (RJ) — BR 040
Extensão: 67 km
É um trecho de serra. Petrópolis está a 838 metros de altura. É comum que tenha bastante neblina e há bastante curvas sinuosas. Ao fim, o viajante poderá conhecer a cidade imperial.
9. Transamazônica
Onde: Cabedelo (PB) a Lábrea (AM) — BR 230
Extensão: 4.223 km
Esse é para quem gosta de aventura; mas aventura MESMO. E para quem tem carro robusto, porque não é moleza. A estrada, que começou a ser feita ainda na ditadura e nunca chegou a ser finalizada, corta sete estados brasileiros: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas.
10. Rota Romântica
Onde: São Leopoldo (RS) a São Francisco de Paula (RS) — RS 235
Extensão: 184 km
Ao longo da rota são 14 municípios na Serra Gaúcha, todos marcados pela forte imigração alemã. Ainda engloba a Região das Hortênsias, que contempla os municípios de Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula.
11. Rota dos vinhos
Onde: Bento Gonçalves (RS) a Monte Belo do Sul (RS) – RS 444
Extensão: 27,5 km
Para quem aprecia um bom vinho, esse é o lugar certo. A rota passa pelo Vale dos Vinhedos, região marcada pela imigração italiana e uma das principais produtoras de vinho do país. São mais de 30 vinícolas diferentes.
12. Rota do Sol
Onde: São Borja (RS) a Terra de Areia (RS) – RS-122 e RS-453
Extensão: 713 km
A estrada liga a Serra ao Litoral. O trecho passa por várias cidades turísticas e litorâneas. Além disso, corta áreas de preservação ambiental. A estrada é de suma importância para a região para fazer o escamento da produção agrícola.
13. Estrada da Graciosa
Onde: Curitiba (PR) a Antonina (PR) — PR 410
Extensão: 33 km
A estrada é usada desde antes de a colonização do Brasil e todo o trecho é de Mata Atlântica bastante preservada.
“São estradas que passam por trechos de serra ou pela costa que valem a paisagem, e estão bem conservadas e sinalizadas, então apesar de serem sinuosas, não são perigosas se feitas com cautela e a paisagem do caminho é super bonita!”, recomenda a aficcionada por turismo, Fernanda Coutinho.
14. Estrada Real
Onde: Passa por Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo
Extensão: 1.630 km
A estrada foi aberta no século XVII pela coroa portuguesa para escoar a produção de ouro e diamante. São cinco caminhos: caminho velho, liga Ouro Preto (MG) a Paraty (RJ); caminho novo, vai de Ouro Preto (MG) a Petrópolis (RJ); caminho dos diamantes, de Diamantina (MG) a Ouro Preto (MG); e caminho Sabarabuçu, de Cocais (MG) a Glaura (MG).
A estrada é preservada pelo Instituto Estrada Real e durante todo o caminho há placas sinalizadoras indicando onde a pessoa está na rota.
15. Rodovia Rio-Santos
Onde: Rio de Janeiro (RJ) a Santos (SP) — SP 055 e BR 101
Extensão: 550 km
São mais de 500 km de praias nos dois estados. Passa por destinos como Guarujá (SP), Bertioga (SP), Ilhabela (SP), São Sebastião (SP), Caraguatatuba (SP), Ubatuba (SP), Paraty (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Mangaratiba (RJ).
“Eu indico o trecho de Bertioga para São Sebastião que tem praias maravilhosas e incluindo as travessias de balsa para Ilhabela, partindo de São Sebastião e a travessia para o Guarujá, partindo de Bertioga para curtir a prainha Branca que fica na divisa do Guarujá com Bertioga.
Outro trecho maravilhoso desta estrada, é entre Ubatuba e Angra dos Reis, passando pelas praias lindas de Ubatuba, e dando um passeio em Trindade e Paraty. Em Angra, pode atravessar de balsa para Ilha Grande, vale muito esses dois roteiros pela Rio – Santos”, recomenda Carol Penteado, que faz o trecho com frequência por ter parentes que moram na região.
16. Rodovia Monteiro Lobato
Onde: São José dos Campos (SP) a Campos do Jordão (SP) — SP 050
A dica é do blog Doutor Multas. Para quem gosta de um cenário rural e com bastante verde, é uma bela pedida. Mas cuidado com o GPS, que indicará o caminho mais curto, que passa por Taubaté e não contempla a Rodovia Monteiro Lobato, a estrada também está sujeita à queda de barreiras nos meses de chuva (novembro a março). No meio do caminho, entre Caçapava e Monteiro Lobato, você ainda poderá conhecer o verdadeiro Sítio do Pica-pau Amarelo.
– Conhece algum roteiro de carro (ou moto) que ficou de fora? Comente!
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