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Setor Bugiganga

Assistir alguém jogando videogame é muito mais incrível do que pensa

Ao dar visibilidade aos gamers, todo mundo ganha com isso.

Tati Santana Publicado: 05/06/2018 16:20 | Atualizado: 19/10/2021 13:12

Quem já passou horas e horas no sofá vendo outras pessoas jogarem videogame e esperando por uma pequena oportunidade de mostrar o seu talento sabe que assistir a performance dos outros pode até ser divertido, mas também pode ser muito chato e entediante.

Só que o desenvolvimento do streaming de jogos (transmissão instantânea via internet) tem mudado este cenário, e o que era apenas um longo tempo de espera no sofá tem se tornado uma atraente fonte de entretenimento.

E o melhor: com iniciativas incríveis de engajamento social pra ninguém botar defeito. Separa sua cadeira gamer e se liga nessa!

 

A Corrida do Bem

Um estudo da Associação Americana de Psicologia realizado e publicado há alguns anos já indicava que mais de 70% dos jogadores de video game costumam jogar com um amigo e que milhões de pessoas ao redor do mundo participam de grandes mundos virtuais por meio de jogos, o que demonstra o potencial dos videogames para estimular a socialização e a cooperação.

Partindo disso, o streaming de jogos pode promover o senso de comunidade de um jeito muito legal, e isso é facilmente percebido por meio do Games Done Quick (“jogos completados rapidamente”, em tradução literal), também conhecido pela sigla GDQ, eventos baseados a partir da performance de jogadores conhecidos como speed runners (corredores de velocidade).

O ótimo canal Mimimidias fez um vídeo sobre o tema:

O que os jogadores fazem chega perto do impossível, eles se dedicam à exploração da mecânica de jogos como Mário, Zelda e Super Meat Boy para completá-los no menor tempo possível.

As façanhas realizadas pelos speed runners são muito admiradas pelo público, que fica ligado nas transmissões para não perder nenhum detalhe.

Os jogadores são divididos também em algumas categorias, que envolvem explorar falhas de programação dos jogos para completar as runs (corridas ou partidas), e jogar com restrições, como completar o game sem matar inimigos ou ser obrigado a passar por certos pontos-chave do jogo.

Games Done Quick 2016, verão

Agora vem a melhor parte da história. Toda a organização do Games Done Quick é focada na arrecadação de dinheiro para filantropia. O evento é transmitido via Twitch e recebe doações durante as partidas. E o resultado é incrível!

Em janeiro de 2018, o evento chegou a coletar U$ 2,3 milhões para a Prevent Cancer Foundation, uma instituição americana dedicada à detecção prematura e à prevenção do câncer. A Médico Sem Fronteiras, ONG internacional que ajuda populações em situações emergenciais, também costuma ser beneficiada.

Desde 2010 o Games Done Quick coletou mais de 14 milhões de dólares, o que mostra que o streaming de jogos não é apenas uma fonte de entretenimento, mas também uma oportunidade de desenvolver o senso comunitário e lutar por causas importantes!

Enquanto isso, em terras brasileiras…

Segundo um artigo do blog Supernovo, um grupo de alunos da PUC-PR realizou uma transmissão de jogos via Twitch com duração de 24 horas para arrecadar dinheiro para o Lar Nossa Senhora Aparecida, que auxilia pessoas portadoras de câncer e leucemia, e para a ONG Animais Sem Teto. Com o nome “Um Bem Maior“, os jogadores se inspiraram no Games Done Quick para concretizar seu projeto.

Já o gamer brasileiro Ismael “Pato Papão”, segundo o Asgard Games, realizou uma stream para arrecadar fundos para a ONG brasileira Patinhas Carentes, que contou com milhares de visualizações.

Pato Papão

Ao que tudo indica, a iniciativa ainda está se expandindo aos poucos aqui no Brasil. Mas o que se espera é que ideias como essa, promovida pelo Games Done Quick, surjam cada vez mais e atraiam mais seguidores.

Por essas e outras, assistir alguém jogando videogame pode ser mesmo uma das coisas mais incríveis que você pode fazer!

Fonte(s): Mimimidias, Supernovo, Asgard Games, American Psychological Association
Tati Santana
Baiana com muito dendê, estudou Marketing e Cinema, mas seu maior crush é escrever. Adora noites de lua cheia, papo esotérico e o jeitinho "rock'n roll meio nonsense" de levar a vida.

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