Amor (Vale 7) #PraAssistir
Sabe aquele filme que você assiste e quando acaba você vai até a cozinha, toma um demorado copo de água e fica uns 10 minutos em silêncio tentando digerir o que aconteceu? Essa são as 2 horas do filme “Amor” (Amour), mais uma produção do Oscar 2013.
O filme, dirigido pelo austríaco Michael Haneke, vem dividindo a opinião de críticos e apaixonados por cinema, um misto de admiração e desaprovação. O roteiro é simples: a história de um casal de velhinhos octogenários que veem seu amor à prova quando uma doença trágica abala suas vidas.
Só isso. Praticamente apenas dois personagens em uma mesmo cenário durante 2 horas, com quase nada de diálogos. E é aí que o turbilhão de sentimentos e metáforas começa a pipocar na cabeça de quem está assistindo.
O filme vem arrebentando nas premiações que participa. Foi o melhor filme do Festival de Cannes do ano passado, ganhou o Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro e concorre a 5 categorias no Oscar, inclusive melhor filme e melhor atriz.
Melhor atriz? Emmanuellle Riva não é só uma atriz fabulosa como também a mais velha a concorre ao Oscar (de melhor atriz). Ela é fantástica, embora seu parceiro em cena, Jean-Louis Trintignant, também merecia uma indicação.
Mas, vamos à crítica em si: é um filme difícil, lento, muitas vezes cansativo. Aquele filme bem francês sabe, com planos longos, cenas com muito silêncio, sem trilha sonora, sem grandes viradas. Durante as 2 horas de filme você recebe 3 socos no estômago em cenas fundamentais para a história, cenas lindas e tristes que faz qualquer um balançar do sofá em que está assistindo.
Fiquei meio confuso no final: será que gostei, será que não gostei, será que é uma linda e dura obra de arte do cinema ou será apenas que pegaram um tema delicado (a doença na velhice) e fizeram embaixadinhas com ele? Faz alguns dias que assisti e ainda não sei responder, mas sei que valeu muito a pena assisti-lo!
Acompanhômetro
Assista sozinho (é um filme meio “forever alone”) ou acompanhado (para receber um ombro amigo se precisar).
Humormetro
Triste. Muito triste. E cansativo. Assista de bom humor, porque a coisa complica.
Vale a pipoca?
Pipoca não. Talvez um café bem forte com bolachas.
Prêmios
Melhor filme do Festival de Cannes do ano passado, Globo de Ouro como melhor filme estrangeiro e concorre a 5 categorias no Oscar (filme, filme estrangeiro, melhor atriz, melhor roteiro e melhor diretor), além de ter ganho outras premiações “menores”.
Trilha Sonora
Não existe.
Nota
7 (mas pode ser 9,5 ou 3,5, ainda estou confuso para decidir).
Paulo Basile – @paulinhobasile – Jornalista, quase publicitário, especialista em mídias digitais e geek de carteirinha. Conectado 24 horas por dia, passo mais tempo na web que com minha família. De olho em todas as novidades que rolam na rede, nesta coluna você vai receber dicas geniais de como facilitar sua vida com a ajuda da tecnologia, seja ela em seu smartphone, notebook, tablet ou no pager (dá para ser nostálgico e tecnológico ao mesmo tempo!)