Desde criança aprendemos que se nos importarmos com o apelido pejorativo, é aà que ele “pega”. Acontece que de lá pra cá o bullying deixou de ser visto apenas como uma brincadeira de criança e tem tomado proporções catastróficas na vida delas.
Mas existe uma técnica que pode contornar isso com certa facilidade. O premiado educador e palestrante estadunidense Brooks Gibbs publicou em seu canal do youtube um trecho de uma de suas palestras onde ensina a maneira mais eficaz de dar fim ao bullying.
E olha só, aquilo que a gente aprendeu na infância até que faz algum sentido.
Segundo o educador, os sociólogos enxergam o bullying como uma tentativa de dominação, ou seja, quem pratica o bullying está querendo mostrar sua superioridade em relação a outra pessoa.
É como um jogo, onde o agressor deve ganhar do agredido, deixando-o mais chateado, com raiva, desestabilizando o seu emocional. Toda resposta descontrolada é como “combustÃvel” para a ira do agressor, ou seja, responder na mesma moeda vale pontos positivos nessa competição destrutiva.
Mas então, como “ganhar” esse jogo?
Como dito no inÃcio: “Se nos importarmos com o apelido pejorativo, é aà que ele “pega””. Gibbs sugere que a resposta para esse joguinho cruel é a resiliência, ser capaz de receber ofensas (e todo o ódio) sem se abalar emocionalmente.
O educador afirma que se não reagir com mesma intenção, aquela esperada por quem faz o bullying, ele acaba perdendo a força. O jogo de “quem ganha e quem perde” simplesmente não acontece. E um jogo sem sentido simplesmente não tem graça, logo os “valentões” finalmente deixam a vÃtima em paz.
Uma forma prática e extremamente eficiente de não se abalar com as ofensas é levar tudo na esportiva, ou seja, com bom humor. Te chamaram de “rolha de poço”? Não leve a sério, diga que “já tinha conhecimento dessa informação”. Falaram que você é feio? Sorria respondendo que levará a reclamação para “fábrica”.
Simplesmente não dê importância – pois é tudo o que eles querem.
A tática apresentada por Gibbs nos faz lembrar muito da técnica do “tudo bem”, que explicamos neste artigo. Quando ouvir algo que não é realmente importante, não devemos esquentar a cabeça. Basta dizer “tudo bem” e seguir com a vida.

Então tudo bem
O experimento na prática
Para mostrar a eficácia da “dica”, Gibbs pede para uma garota ofendê-lo durante sua palestra, gozar de suas roupas e fazer uso de todos os argumentos que as pessoas usam quando praticam bullying.
No primeiro momento, quando ele reagia rebatendo os xingamentos e mostrando-se visivelmente abalado com o que estava sendo dito, com a sensação de “estou ganhando”, a garota ficou com ainda mais “gás” para ofendê-lo.
Já no segundo momento Gibbs começou a agradecer aos xingamentos, concordar com eles e também se mostrou indiferente as palavras de ódio que a garota usava para ofendê-lo. Aos poucos, a graça em ofender perdeu valor, o fato de não sentir a sensação de “vitória” crescendo dentro de si fez com que a garota ficasse constrangida, e assim parou com as ofensas.
De fato, manter um equilÃbrio mental e emocional forte o suficiente para aguentar essa pressão não é fácil. Mas basta lembrar que essas ofensas são apenas parte de um joguinho, com o tempo você domina as regras e ele simplesmente não te afetará mais.
É claro que se a violência for fÃsica o cenário muda completamente. Nesses casos não hesite de avisar os responsáveis (seja os seus pais, a coordenação da escola ou em casos graves, a polÃcia).