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Afinal, por que ouvimos Músicas Tristes quando estamos na fossa?

28 de março de 2016
Postado por Felipe Gatto

Se você está na fossa ou simplesmente ama ouvir uma música triste, essa notícia é para você!

Muita gente nem desconfia mas a verdade é que curtir aquela canção super deprê pode dar um up no seu humor.

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Segundo um estudo realizado pela Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, se deixar embalar por hits melosos modifica a química do cérebro e ainda auxilia a superar mais rápido as tão temidas dores de um coração partido.

David Huron, professor responsável pela descoberta, garante que ao ouvir uma baladinha, nossa mente produz mais prolactina, um hormônio que, entre outras coisas, ajuda a reduzir as sensações de desconforto e angústia.

“A prolactina é um hormônio proteico utilizado para ajudar a reduzir a dor, sendo liberado durante as atividades humanas básicas, por exemplo, quando comemos, quando as mulheres ovulam ou amamentam e, talvez o mais importante, quando fazemos sexo”, explica ele.

Também regula as Emoções Negativas

Em Berlim, na Alemanha, também foi realizada uma pesquisa, divulgada pelo site Plos One, para entender a razão de nos atrairmos tanto pelas músicas melancólicas.

Uma equipe de psicólogos reuniu 772 participantes que preencheram um questionário contando quantas vezes costumavam escutar esse tipo de música e como se sentiam logo depois.

Os estudiosos descobriram que 76% das pessoas ficavam mais nostálgicas com essa prática e 57% mais tranquilas, fora que uma ampla gama de emoções complexas e parcialmente positivas, como paz e ternura foram despertadas ao ouvir tais canções.

Ou seja, dá para se sentir muito bem ao curtir um som com batidas tristes (ou românticas) sem necessariamente ter que tirar o pé do chão com um axé ou soltar o rebolado com as batidas do funk.

“Para muitas pessoas, ouvir música triste pode trazer efeitos emocionais benéficos. A música também desempenha um papel importante no bem-estar, oferecendo consolo, regulando o humor e as emoções negativas”, declara Liila Taruffi, líder da pesquisa.

O “Vício” da Sofrência

Mesmo não sendo difícil desabar em lágrimas ou lembrar do pé na bunda dado pelo seu ex ao escutar uma música triste, a prática pode sim causar prazer.

O neurocientista Robert Zatorre, do Canadá, segundo publicação da Super Interessante, constatou em um estudo que esse tipo de canção também aumenta a dopamina no cérebro, substância que tem efeitos parecidos com a satisfação de comer, fazer sexo ou beber álcool.

Ao observar alguns voluntários, o especialista notou que quanto mais eles se arrepiavam com os acordes melancólicos, mais dopamina era liberada no corpo da galera. Dai a razão de apertarmos o play novamente e ouvirmos o som várias vezes.

Agora que sabe tudo isso, se quiser sair da fossa ou pelo menos “curtir” esse momento de uma maneira mais leve, pode usar e abusar sem medo dos hits melosos. Obrigado, Adele!

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