A prova definitiva da evolução humana está no seu próprio corpo
Darwin já dizia, “o homem, com suas nobres qualidades, ainda carrega no corpo a marca indelével de sua origem modesta”.
Apesar da evolução das espécies ser um fato bastante estudado, algumas pessoas se recusam a acreditar que os humanos tenham realmente evoluído…
Mas saiba que é possível ter provas dessa tal evolução em nosso próprio corpo.
O site Vox publicou um vídeo que apresenta as chamadas “estruturas vestigíosas”, partes que eram essenciais para nossos ancestrais animais e que permaneceram em nosso corpo, apesar de não serem mais necessárias.
Veja o vídeo (em inglês):
Depois de descobrir esses vestígios evolucionários você vai perceber que na realidade carregamos um verdadeiro museu de carne e osso em nossos belos corpitchos. Vejamos alguns deles!
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Tecla SAP
1. O músculo esquecido
Estique seu braço em uma superfície plana, depois junte seu dedão ao seu mindinho e contraia a mão. Se um tendão se mostrar no seu braço, você tem um músculo chamado “Palmaris longus“, um vestígio de quando andávamos em quatro patas.
Ele é encontrado em diversos mamíferos, enquanto é mais desenvolvido em lêmures e macacos, são menores em chimpanzés, gorilas e humanos. Cerca de 10% a 15% das pessoas não possuem mais esse músculo.
Apesar disso, não há diferença na habilidade manual entre quem possui ou não o Palmaris longus, por isso ele é comumente retirado para ser usado em cirurgias de reconstrução ou plásticas estéticas.
2. Perseguição sonora
Além do braço, nós possuímos três músculos do ouvido externo que são herança dos primeiros mamíferos.
Nós não podemos mexê-los muito, mas esses músculos permitem que certos animais movam as orelhas para localizar a origem de algum som, uma defesa para predadores e que se tornou obsoleta para os humanos.
Em um estudo realizado pela Tilburg University, pesquisadores usaram eletrodos para detectar a resposta que esses músculos tinham em relação ao som, o resultado mostrou que os músculos reagiam como se tentassem se mover em direção à origem do barulho.
3. Arrepio ancestral
Outro vestígio de funções primitivas é quando ficamos arrepiados, seja pelo frio ou quando nos emocionamos com uma música, por exemplo. Um minúsculo músculo se contrai, fazendo com que os pelos fique eretos, o que causa a aparência arrepiada.
– O eretor de pelo
Para os mamíferos peludos e os pássaros isso serve para aquecê-los do frio, além de ser um mecanismo de defesa, pois dá uma aparência mais feroz ao animal que se sente ameaçado. Um dos hormônios responsáveis por essas reações é a adrenalina, que é liberada pelo corpo nas situações de frio ou perigo.
4. O rabo perdido
No final da nossa espinha temos um pequeno osso chamado de “cóccix”, são de três a cinco vértebras unidas e que servem para ligar músculos da região pélvica. Porém, esse osso é um vestígio das caudas que nossos ancestrais possuíam.
Quando o embrião humano ainda está nas quatro primeiras semanas de desenvolvimento ele ainda possui um rabo com 10 a 15 vértebras, nessa fase o feto é bastante parecido com o de outros vertebrados.
Enquanto nos humanos o crescimento desse rabo é interrompido após algumas semanas de gestação, em outros animais ele continua se desenvolvendo até atingir o tamanho adequado.
– Embriões | Humano | Rato | Jacaré | Galinha
Em casos raros alguns bebês humanos desenvolvem uma mutação que os faz desenvolver e nascer com caudas de verdade.
5. Apertão fofo
Um vestígio de comportamento ancestral, que permanece no homem, é o reflexo que os bebês com até seis meses de vida tem de agarrar qualquer coisa que lhe é posta nas palmas das mãos.
Esse comportamento também aparece nos pés e são tão fortes que, alguns bebês de um mês de nascimento, conseguem aguentar o peso do próprio corpo quando suspensos segurando uma barra.
Esses vestígios provam como muitas funções foram “desligadas” pela seleção natural. Darwin, aquele abraço!