A morte do macho alfa
Rótulos provavelmente é o erro humano mais repetido ao longo dos séculos – banco errar e depositar 1 milhão na conta não rola, né? E como todo estereótipo, o mito do macho “alfa”, ou “alpha”, é uma definição rasa – mais do que piscina de boneca.
E o seu oposto, o chamado macho “beta” também não foge à regra.
O grande problema que f*de a sociedade é que alguns homens acreditam que seguir a cartilha do macho alfa é a certeza do sucesso na rua, na chuva, na fazenda ou numa casinha de sapê.
Em um dos primeiros estudos a respeito lá em 1987, verificou-se que homens dominantes eram sexualmente mais atraentes, já os não dominantes, eram pra casar. Algum tempo depois, já em 1999, outro estudo foi conduzido – dessa vez mais detalhado – onde os pesquisadores chegaram a uma conclusão: Jequiti vai dominar o mundo. Mentira. Natura que vai. Mentira.
A conclusão foi que homem ideal não é o “alfa” e tampouco o “beta”. O parceiro ideal é assertivo, confiante, descontraído, sensível, exigente, dominante (sem ser agressivo), quieto, tímido, e/ou submisso.
Na realidade, a dominância só aparece como atrativo sexual quando as mulheres veem o homem competindo com outros homens – como um instinto animal. Como definiu Scott Barry Kaufman, pesquisador da Universidade da Pennsylvania, esse novo homem é o “Homem de Prestígio” – admirado por todos, confiante, divertido e ainda assim másculo.
Os estudos se baseiam no universo heterossexual, mas parece que a receita de sucesso é o equilíbrio, então nada de querer rotular e limitar as pessoas em suas possibilidades, seja lá qual for sua orientação sexual.
Afinal, pra que pintar com preto e branco quando você tem um estojo com 120 cores?
Imagem de capa: depo.ba
Fonte: artofmanliness