Leite Azul: a ‘prova concreta’ de que as Vacinas funcionam
Há quem não acredite, mas o leite materno e as vacinas são duas coisas essenciais para proteger o ser humano de doenças, bem como aumentar sua imunidade. E justamente para os descrentes, uma notícia ganhou destaque nas redes sociais ao provar a eficácia de ambos.
A britânica Jody Danielle Fisher compartilhou no Facebook uma mudança que ocorreu na cor do seu leite materno após sua filha Nancy ser vacinada: ele passou de branco para uma cor azulada dois dias após as vacinas.
Na publicação, compartilhado quase oito mil vezes, a mãe conta que se espantou ao ordenhar leite dois dias após as vacinas da filha e reparar que seu leite estava azul. Assustada, ela se interessou em encontrar o motivo e descobriu que provavelmente haja relação com as vacinas que Nancy tomou:
“Está azul por conta de todos os anticorpos que meu corpo está produzindo, como acha que ela [filha] está doente por causa das vacinas. Quando ela se alimenta a sua saliva envia sinais para o meu corpo produzir mais leite com anticorpos específicos. (…)
Isso mostra que as vacinas estão fazendo exatamente o que elas são destinadas a fazer“, contou Jody.
Considerando a forma de atuação das vacinas, o que a mãe relata faz sentido. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) explica como funcionam as vacinas:
- Durante a vacina, uma forma inativada ou completamente enfraquecida do agente causador da doença é introduzida no organismo;
- A defesa do organismo luta contra esses agentes;
- Esse combate produz anticorpos e cria memória imunológica;
- Caso o organismo seja atacado pelo agente ativo da doença, os anticorpos produzidos pela vacina vão destruí-lo.
Em entrevista ao site The Stranger, a bióloga Katie Hinde explica que durante a amamentação cria-se um vácuo no seio da mãe que permite que a saliva do bebê seja sugada e, com isso, os receptores da glândula mamária conseguem “ler” os sinais do bebê contidos na saliva. “O leite é incrivelmente dinâmico”, afirma Katie.
“Cada dose contém partículas do agente agressor, seja vírus, seja bactéria, mas sempre na forma atenuada ou inativada (morta). Dessa forma, o organismo produz anticorpos específicos contra ele sem ficar doente. E, então, quando entrar em contato com o mesmo microrganismo no futuro, será capaz de eliminá-lo porque já terá desenvolvido uma espécie de memória imunológica, antes que a doença se instale”, explicou a infectologista Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) à Revista Crescer.
Para evitar boatos, mesmo sabendo que existem comprovações científicas tanto sobre a qualidade do leite materno quanto sobre a eficácia das vacinas, ter uma amostra visual dessa combinação pode ser a prova final que a sociedade precisava.