A ciência comprova que a meditação é tão benéfica que muda o formato do cérebro
Você já deve ter ouvido que a grande mudança que desejamos ver no mundo deve começar por nós mesmos – inclusive já falamos detalhadamente sobre isso.
E uma das melhores ferramentas para chegar lá, com certeza, é a meditação.
Você pode até achar que essa história de meditar é uma coisa da “galera de humanas”, que não serve pra nada. Mas inúmeros cientistas já confirmaram os reais poderes que a prática tem em nossas vidas e consecutivamente, em toda sociedade.
Para explicar tudo isso, o canal Infognostica, especializado em conteúdos sobre espiritualidade e ciência, desenvolveu uma série de animação nomeada por “A ciência do Yoga”, que mostra todos esses benefícios constatados pela ciência.
Para começo de conversa…
Para entrarmos nessa história vamos voltar no tempo. Cerca de 2.000 anos atrás, os primeiros místicos procuravam no isolamento um consolo para suas questões interiores.
Nesse tempo, os sábios geralmente eram atingidos por uma série de pensamentos e emoções pessimistas, que levavam a outros pensamentos ainda mais negativos. Nada muito diferente de hoje em dia.
Foi então que descobriram que se parassem de alimentar esses pequenos pensamentos, ou seja, deixar que uma ideia ruim levasse à outra e assim sucessivamente, vagarosamente suas mentes encontravam o silêncio. E era esse silêncio o responsável por mudar o estado de espírito, de dentro para fora, alcançando a paz interior que tanto buscamos.
Os místicos da Índia chamaram essa descoberta de Vipassana, que significa algo como “ver claramente”, uma das mais antigas técnicas de meditação.
Mas a meditação não é uma balela?
Para comprovar essas história, finalmente no início dos anos 2000 a ciência resolveu estudar o efeito cerebral dos praticantes de meditação. E a constatação surpreendeu!
Desde o início dos estudos cerebrais, lá no começo dos tempos, acreditava-se que o orgão era incapaz de sofrer alterações físicas durante sua vida. O cérebro era considerado sólido, como um concreto. Mas, com os estudos, essa hipótese foi completamente descartada.
Foi constatado que o cérebro poderia realmente mudar sua estrutura, ele pode ser moldado e religado, esse fenômeno foi chamado de “plasticidade cerebral“. E isso acontece de maneira positiva (meditação) e negativa, como explicamos nesse artigo aqui.
Uma série de pesquisas foram feitas, comparando o cérebro de praticantes de meditação com os de não praticantes. Os cientistas perceberam que as diferenças estruturais entre eles são impactantes.
Descobriram que a conectividade funcional do cérebro em repouso ficou consideravelmente mais tranquila entre os praticantes de meditação em comparação com os demais.
A amígdala dos praticantes de meditação, região onde se processa o medo, ansiedade e agressividade, diminuiu de tamanho. Já a massa cinzenta, responsável pela aprendizagem e memória, aumentou de tamanho.
Todos esses indícios fizeram com que os neurocientistas envolvidos concluíssem que a meditação é realmente capaz de fazer uma mudança real na vida das pessoas.
Muito além da neurociência
Não foram apenas os cientistas que deram o braço à torcer para essa prática milenar. Os psicólogos também se renderam aos fatos científicos.
O simples fato de meditar com regularidade lhe dá o entendimento de que seus pensamentos não são reais, ou seja, lhe dá a oportunidade de analisar tudo o que se passa em sua cabeça e ir derrubando seus medos, neuroses, mitos, etc.
Essa prática pode ser vista de forma clara em sessões de terapia, onde a pessoa aprende, através dos estímulos do terapeuta, a enxergar a falsidade dos seus pensamentos, concluir que eles são apenas uma representação da realidade e não a realidade em si.
E como isso pode ajudar?
Imagine que você ouve algo que não lhe agrade de um colega de trabalho.
Como uma pessoa normal, logo começará a borbulhar em sua mente dezenas de pensamentos como “por que ele falou isso?”, “estão querendo me ofender”, “eu não mereço ser tratado assim”, etc.. Um pensamento negativo acaba levando a outro e a outros, e a outro… quando der conta, se tornou uma pessoa amarga.
O que a filosofia Vipassana faz por você é clarear sua visão sobre esses momentos de sua vida, te fazer concluir que tudo isso são apenas histórias da sua cabeça. Não significa que você ficará mais passivo à tudo, mas perceberá que o “tudo”, na realidade, não é tanta coisa assim e por isso não vale os aborrecimentos.
Até parece que é fácil…
Quando a gente fala em meditar, logo vem à nossa cabeça um yogui sentado como um pretzel, um incenso, uma playlist da Enya e o famoso mantra “Om“.
Pois não precisa disso. Meditar pode ser bem mais simples do que você pensa. Respirar, assistir uma performance artística, dançar ou pescar podem ser excelentes técnicas para começar a limpar sua mente das neuroses cotidianas.
Para saber mais sobre o assunto, que tal dar uma olhadinha nos nossos outros textos que abordam esse tema? É só clicar aqui ou aqui.