E aÃ, você está preparado para ver o amor da sua vida exposto na rede dessa maneira?
O mestre cervejeiro da Ambev Luciano Horn dividiu alguns de seus conhecimentos com o SOS, esclarecendo os mitos e verdades que permeiam a nossa cervejinha. Tá preparado para ser a pessoa mais interessante da mesa do bar? Se liga!
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1. “As melhores cervejas são feitas de puro malte”
Segundo o especialista, isso é um grande mito.
Horn explica que nenhuma cerveja é melhor ou pior que a outra, elas são apenas diferentes. Os ingredientes de cada bebida são variáveis com o objetivo de ser agradável a outros paladares. Ou seja, é questão de gosto mesmo.
Porém, o mestre cervejeiro esclarece que esse mito nasceu da Lei de Pureza Alemã, decretada em 1516, que obrigava a utilização de lúpulo na fabricação, pois, como tinham controle sobre essa matéria-prima, conseguiam calcular o quanto de cerveja estava sendo produzida na região.
Hoje é consenso no mundo cervejeiro que a qualidade da bebida não depende do uso do puro malte, revela.
Reinheitsgebot – Lei da Pureza
2. “Cerveja boa é cerveja clara”
Outro mito do mundo da cerveja, garante Luciano Horn.
Diferente do que muitos pensam, a cor da cerveja não define a qualidade e nem o teor alcoólico da bebida, garante o especialista.
3. “Boa qualidade, bons ingredientes”
A qualidade dos ingredientes impacta totalmente na qualidade final do produto, explica o especialista, deixando claro que essa afirmação, de fato, é verdadeira.
Para ilustrar bem essa situação, o profissional compara a produção da cerveja com a gastronomia, ou seja, não adianta nada preparar um bolo todo no capricho com ingredientes ruins. Um bolo delicioso é feito com bons ingredientes.
4. “Mais amarga, melhor é”
Basicamente pelos mesmos motivos do primeiro item, essa afirmação é um mito, de acordo com Horn.
O amarguinho da loirinha gelada só indica que a bebida foi produzida com mais lúpulo. Segundo o profissional, essa escolha na produção é comum entre os mestres cervejeiros. Se querem criar uma cerveja mais leve e refrescante usam cereais, como milho, arroz e cevada. Já se o objetivo é criar uma bebida mais aromática, trabalham com a fermentação.
5. “Cerveja brasileira usa milho só para baratear a produção”
Esse é um outro mito quebrado pelo especialista.
Há cervejas muito complexas e caras no mercado mundial que também usam milho em sua composição. Estima-se que 80% das cervejas consumidas no mundo sejam feitas de milho ou arroz, como as American Lagers, informa o especialista.
E para por fim a este mimimi, o mestre cervejeiro relembra que historicamente é comum as cervejarias usarem a matéria-prima mais disponÃvel em seu paÃs, como é o nosso caso com o milho.
6. “A qualidade da cerveja não depende do seu estilo”
Essa é a mais pura verdade, revela Horns.
Os estilos ou tipos de cerveja só indicam como ela foi feita, em qual região, qual clima e até quais ingredientes foram usados. Não diz nada sobre a qualidade da bebida.
Por exemplo, as Weiss são mais encorpadas, nasceram na Alemanha, enquanto a Pilsen é uma cerveja mais leve, cristalina e refrescante que ficou popular aqui no Brasil justamente por isso – combina com nosso clima -, explica o mestre cervejeiro.
7. “O armazenamento e o transporte interferem na qualidade”
Se você não ligava muito para isso, comece a se preocupar. Segundo Luciano, essa afirmação é verdadeira.
O profissional explica que mudanças de temperatura durante o transporte e o tipo de armazenamento alteram o sabor e o aroma da bebida. Por isso, ele aconselha a sempre guardá-la em locais arejados, frescos e que não bata sol.
Guarde as garrafas em pé e cheque a data de produção, pois o mestre cervejeiro garante: “Cerveja é como verdura, quanto mais fresca, melhor“.