Seja nas rodinhas de amigos, no bar ou nas redes sociais, o assunto é um só: a crise no país. Nesse momento de instabilidade geral, ninguém sabe até quando terá emprego e o seu rico (ou pobre) dinheirinho no final do mês, certo?!
Caso o azar bata à sua porta e você seja demitido, não se desespere! Não precisa ser um expert em matemática para cuidar, numa boa, das suas finanças e conseguir se virar por um tempo.
– Minha conta no banco tem zero.
Existem algumas dicas que podem ajudar você enquanto estiver off. Em um bate-papo com o site Finanças Femininas, Márcio Barros Souza, professor da IBE-FGV e doutor em finanças, deu um empurrãozinho para você organizar melhor os seus gastos. Espia só!
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1. A grana da rescisão não é a salvação
Na hora em que escutar a temida frase: “Você está demitido”, vai poder tirar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e ainda receber 40% de multa rescisória paga pela empresa. Além disso, terá direito ao seguro desemprego por alguns meses.
Mas não se anime muito, não! Essa grana toda pode segurar as pontas por um tempo mas não garante estabilidade. “O recomendável é utilizar a quantia para liquidar dívidas e, fazendo isso, você se livra das contas, mas já perde alguns meses de vantagem”, explica o especialista.
Para ele, o melhor é ter uma reserva e usar o FGTS apenas como reforço nos meses fora do batente.

2. Organize suas contas e poupe dinheiro
Para o professor, poupar uma graninha deve ser feito independente da situação do mercado. “Tenha um planejamento financeiro para segurar as pontas, por, no mínimo, 12 meses. O máximo que pode acontecer quando a instabilidade tiver acabado ou você consiga outro emprego, é ter um dinheiro extra para emergências ou investimento”, alerta ele.
Fora isso, todo mundo tem que encontrar uma maneira de controlar suas gastanças por aí. Organize as contas, com uma planilha, um aplicativo de celular ou com o bom e velho caderninho de anotações.

3. Corte os excessos e fique atento aos gastos
Na hora de começar a se planejar para criar uma reserva, nem que for um cofrinho, tente visualizar os seus gastos. “Este é um bom momento para analisar se está gastando demais”, afirma Márcio.
Primeiro, liste todas as pendências realmente necessárias, por exemplo, aluguel, telefone e compras no supermercado. Depois, veja onde você está passando dos limites, principalmente na hora de ler a tenebrosa fatura do cartão de crédito.
“A facilidade de uma compra parcelada acaba virando uma dívida para lidar por muitos meses. Assim, o cartão de crédito acaba sendo um veneno para esse planejamento”, alerta o profissional.

4. Pense melhor nos gastos necessários
Mesmo as contas mais básicas podem ser reduzidas. Como? Redobrando a atenção e se perguntando: “Será que eu preciso mesmo gastar horas no banho ou encher meu carrinho mensal de compras com tantas gordices?”.
“Sempre há um reajuste que você pode fazer. Pode ser um descarte daquele produto desnecessário que compra no supermercado, por exemplo”, explica o doutor.

5. Dê adeus às dívidas
Não adianta, para conseguir poupar uma graninha extra e controlar melhor os seus gastos, você realmente P-R-E-C-I-S-A eliminar todas as suas dívidas. E claro, nem pensar em fazer novos débitos na praça.
“Enquanto existirem dívidas pendentes, o dinheiro que está entrando por seus meses de trabalho deve ser direcionado para os gastos necessários e pagamento das contas, começando pelas mais caras”, aconselha Márcio.

6. Fuja das prestações
Como o momento é de instabilidade, respire fundo e evite cair na armadilha das promoções, por mais tentadoras que sejam. Além disso, nada de fazer prestações a longo prazo, principalmente se você está desempregado.
O especialista recomenda que comprometido em dívidas ou não, o melhor a fazer é não sair comprando que nem um louco por aí.

Não é um bicho de sete cabeças cuidar das suas finanças ou dar uma mexidinha nos gastos.
Só não se esqueça: com trabalho ou sem, a ordem é economizar.
Via: Finanças Femininas