5 Segredos que irão maximizar suas habilidades de diálogo
Todo mundo tem uma neura ou outra e você, que clicou nessa matéria, com certeza tem uma pala estranha sobre ”fazer contatos”. Mas relaxa, todo mundo tem suas inseguranças, principalmente nesse mundão moderno onde a gente sente a obrigação de impressionar outras pessoas pra ter um bom trabalho, bons amigos, bom trâmite na justiça, bons drinks na balada, etc.
Eric Barker é um jornalista especializado em psicologia e autor do blog de conselhos – pra vida – ”Barking Up The Wrong Tree’‘. O guru ensina a ter o tipo de lifestyle conhecido como awesome (incrível), inclusive tem uma coluna no site da conceituada revista TIME para ajudar as pessoas a se darem bem na vida social.
Confira um apanhado de dicas que o Eric tem pra quando o assunto é… ter assunto.
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1. ”Ser você mesmo” é sempre um péssimo conselho
Pensa rápido: o melhor em uma entrevista de emprego é ser você mesmo? Lógico que não! Você não vai para a porta da empresa com a barba desgrenhada, deixando o umbiguinho de fora, e pronto pra soltar todos os impropérios que geralmente você fala no boteco sobre o sistema capitalista, vai? Então, para começar, vamos deixar de hipocrisia.
Inclusive, o que ”ser você mesmo” sequer significa? A gente nunca é uma pessoa só. Somos alguém diferente para a família, para os professores, para os amigos e prazinimiga. Encare isso de frente.
Como a professora de Harvard Amy Cuddy recomenda em sua palestra sobre linguagem corporal no TED, ”Fake it until you make it” (finja até que seja). Atuar um pouquinho em situações sociais não é desonesto, é necessidade.
”Em suma, a auto-apresentação positiva facilita impressões mais precisas, indicando que colocar o melhor de si mesmo em evidência ajuda a revelar seu verdadeiro eu.”
2. Enfatize semelhanças entre você e a outra pessoa
Estudos apontam que: nós gostamos ”de gente como a gente” – ou seja, de pessoas que são parecidas com nós mesmos.
Em todas as situações imagináveis, enfatizar similaridades melhora o convívio social. Isto é relevante desde preferências musicais até escolhas de palavras e gestos.
Uma pesquisa presente neste livro mostra que, quando vendedores imitam a linguagem corporal dos clientes, as vendas aumentam em 20%. E não é nem porque os clientes se apaixonam nem nada, e sim porque sentem empatia com o interlocutor. Porém, a situação se inverte quando eles percebem uma forçação de barra, como ao serem imitados após um gesto estranho. Então vai do bom senso e tato seguir bem essa regra.
3. Leve o outro a falar sobre o que lhes interessa
As pessoas que têm dificuldades para conversar sempre falam a mesma coisa: ”Mas eu não sei o que falar”. Pois a pergunta que elas deveriam se fazer é: ”Como faço para ter um assunto interessante?”
Não seja narcisista. Quer se dar bem com as pessoas? Aprenda a ouvir.
O que você deve responder depois de ouvir? Esta pesquisa diz que você deve dar opiniões ativas e construtivas.
Um exemplo do que você deve – ou não deve – dizer para o seu/sua namorad@:
Interlocutor: ”Eu recebi uma promoção e um aumento essa semana!”
Resposta errada: ”Que notícia boa! Você merece isso.”
Erradíssima: ”Isso soa como uma responsabilidade e tanto. Você vai passar cada vez menos tempo em casa agora?”
Erradérrima: ”É? E o que você vai querer de sobremesa?”
Resposta certa (respire fundo e comece): ”Isso é ótimo! Estou tão orgulhoso de você! Eu sei que essa promoção era muito importante! Conte-me tudo! Onde você estava quando o seu chefe te contou? O que ele disse? Como você reagiu? Vamos celebrar!”
Viu? Ativo e construtivo.
4. Deixe a outra pessoa se sentir bem
Estudos mostram que, não importa o quão competente alguém seja, as pessoas dão valor mesmo é para a simpatia. Então nem perca tempo tentando impressionar.
Mesmo quando a linha entre elogio e bajulacão é tênue, e vou usar mais uma vez aqui o exemplo dos vendedores vs. clientes, é possível demonstrar empatia (partindo de que você esteja sendo sincero, OK?). É que os efeitos da simpatia continuam a coexistir com a percepção de interesse detectado. Principalmente se este alguém notar congruência entre elogio e realidade.
Então nada de bajulação barata, OK?
– Por favor, pare de falar
5. Mantenha a fluidez da conversa
Evite extremos: não domine a conversa, mas não deixe de contribuir com ela. Adicione ao que o seu interlocutor diz e passe a bola pra frente.
O segredo é assimilar tudo com interesse e redirecionar suas respostas com feedbacks genuínos, adicionando o que você acha ao conteúdo ao assunto também. Este processo de bate-bola é o que cria fluidez.
Imagem de capa: mima
Fonte: Time | bakadesuyo |Brain Trust