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5 Erros que todo mundo comete na Cozinha, segundo especialistas em higiene

30 de outubro de 2018
Postado por Rui Davi

Ninguém nasce sabendo tudo, a vida é um belo e constante aprendizado. Afinal, vivemos adquirindo conhecimento e, mesmo assim, ainda morremos burros.

Uma prova disso são as constatações feitas pela instituição de caridade independente e multidisciplinar dedicada à melhoria da saúde e bem-estar do público, RSPH (Royal Society for Public Health) do Reino Unido, revelando que apesar de conhecermos diversas formas de manter nossos alimentos limpos, a maioria de nós ainda comete muitos deslizes na cozinha.

A instituição, que promove o curso de e-learning em Segurança Alimentar, analisou os costumes do público-geral e dos profissionais que fornecem alimentos.

O resultado mostrou erros bobos feitos na cozinha e que podem ser muito perigosos para nossa saúde. O principal — e mais conhecido — ainda é não lavar as mãos corretamente e com frequência, mas existem outros mais curiosos. Se liga!

 

1. Comer algo porque não aparenta ou cheira mal

Esse foi um dos erros que a equipe de examinadores da RSPH percebeu e que é bastante comum entre a maioria das pessoas. Segundo a instituição, mesmo se um alimento não mostrar aparência de podre, não feder ou até não ter gosto ruim, ele pode conter patógenos perigosos.

Inclusive, muitos desses micro-organismos nocivos podem causar doenças graves, ou mesmo a morte, com apenas uma pequena quantidade presente no alimento. Por isso, eles podem não alterar o cheiro, gosto ou aparência da comida. Ou seja, se perdeu a validade, é melhor descartar.

Foodtribute, http://www.foodtribute.com/24/sense-of-smell-is-the-source-of-your-food-cravings/

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2. Usar a mesma pinça para todo o churrasco

Esse é um engano que até quem toma cuidado com contaminações cruzadas no dia a dia pode cometer na hora do churrasco. Utilizar a mesma pinça na hora de pegar carnes cruas para colocar na churrasqueira e depois segurar os alimentos que serão consumidos, como carnes e saladas, pode ser a chave para espalhar doenças potencialmente perigosas.

Pixabay, https://pixabay.com/pt/churrasco-grelha-alicate-328454/

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3. Não separar os alimentos prontos dos crus

Esse deslize é menos comum nas empresas que fornecem alimentação, nas quais as medidas de segregação dos alimentos são mais rígidas. Contudo, o grande público não tem muita noção sobre o elevado risco de contaminação em manusear comidas cruas e prontas no mesmo ambiente.

Para se ter uma ideia da importância dessa divisão, desde o carrinho, é que a Campylobacter — maior causadora de intoxicação alimentar no Reino Unido — está presente em cerca de 5,7% das embalagens externas dos frangos no supermercado.

Cookinglight, https://www.cookinglight.com/healthy-living/what-is-food-poisoning

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4. Lavar o frango

Essa mesma bactéria, a Campylobacter, é encontrada em quase 60% dos frangos crus dos mercados no Reino Unido. De acordo com os especialistas, elas poderiam ser eliminadas por completo no cozimento, porém, ao lavar o frango na água corrente da pia, a contaminação pode se espalhar por toda a cozinha. Falamos em detalhes sobre isso aqui.

Imagenesmy, https://www.imagenesmy.com/imagenes/chicken-rinse-b4.html

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5. Deixar animais de estimação na cozinha

Muitos não se importam em deixar seus animais circularem pela casa, inclusive na cozinha. Contudo, mesmo que eles fiquem no chão, longe das áreas de trabalho, podem espalhar diversos patógenos no local. Por isso, o ideal é que, apesar de todo o amor, os pets devam ficar fora de toda a área da cozinha.

Meus Animais, https://meusanimais.com.br/por-que-nao-devemos-permitir-animais-na-cozinha/amp/

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Extra. O restaurante também erra!

Os especialistas em segurança alimentar da RSPH também verificaram falhas na higiene dos fornecedores de refeições. Alguns até parecem ter tudo sob controle, mas ainda não atendem às normas para prevenção de contaminações.

  • Muitos restaurantes “a quilo” deixam os alimentos expostos por horas e, mesmo constantemente aquecidos, podem ser uma cama quente para as bactérias, já que elas se proliferam em temperaturas entre 5 e 63 °C.
  • Também, há quem vá trabalhar em uma cozinha quando está doente ou não tem mais sintomas visíveis, isso por conta da pressão dos chefes ou medo de perder o trabalho, mas essas pessoas podem infectar os alimentos e as pessoas que comerão.
  • Além disso, é comum que os panos usados para limpeza sejam deixados para secar a noite e reutilizados no dia seguinte, logo, são meios de transporte para a disseminação de patógenos no ambiente.
  • Ainda, os examinadores da RSPH alertam sobre a correta informação sobre comidas que possam ter ingredientes alergênicos e com a medição correta das temperaturas, que precisam ser feitas diretamente em cada alimento.
Wisegeek, https://www.wisegeek.com/how-do-i-prevent-food-contamination.htm

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RSPH, Huffingtonpost

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