Essa é quente

20 Verdades sobre a “Comic Con Experience 2016 ” que ninguém falou até agora

05 de dezembro de 2016
Postado por Gabriela Roman

A Comic Con Experience é um evento com diversas atrações das principais áreas da cultura geek, com grandes nomes dos quadrinhos, TV, cinema e games.

A convite da Fox Film do Brasil, o SOS me convocou para ir pessoalmente na terceira edição da versão brasileira desse evento, que rolou agora em São Paulo entre os dias 1 a 4 de dezembro.

Na real, essa experiência foi um desafio. Eu não entendo absolutamente nada de quadrinhos e meus conhecimentos em jogos vão de Nintendo 64, que eu jogava quando era criança, a The Sims. E séries, apenas se fosse um evento sobre “Game of Thrones”.

Como uma outsider aproveitaria um evento desse? É isso que fui descobrir.

1. Ela é a maior da América Latina e cansa muito passar o dia inteiro lá dentro…

Bom, cansa muito passar o dia andando em qualquer lugar, mas lá é necessário. A Comic Con 2016 rolou no São Paulo Expo, um espaço de 100 mil metros quadrados. Fiquei oito horas no evento, andando a maior parte do tempo, e voltei com dor nas costas, nos pés, meio que em tudo. Mas feliz de ter ido, e vou explicar o porquê.

 

2. Tem muita criança cuti-cuti da mamãe

Eu não esperava encontrar tantas crianças. Eu imaginei que fossem ter algumas, é claro, mas não com tanto amor pelos filmes e vários estavam fazendo Cosplay. Um menino na minha frente na fila para entrar no auditório Cinemark, ficou extremamente chateado depois que ficou três horas na fila e não conseguiu ver o conteúdo exclusivo do homem-aranha.

Dentro da feira existe, inclusive, um espaço voltado para o público infantil, o MiniCon. Este ano, em parceria com a Nickelodeon, os minigeeks puderam curtir personagens como “Bob Esponja” e “Tartarugas Ninja“. Mas honestamente, eu achei difícil de entender onde era essa área porque, por exemplo, “A Turma da Mônica” não ficava dentro da MiniCon.

Cosplay de Arlequina e o Cosplay de Coringa Mirim

 

 3. O evento de cultura pop é cheio de Cosplays (e cospobre)

A Comic Con promoveu o Concurso Desfile Cosplay e ofereceu o Camarim Cosplay para que os fantasiados pudessem se arrumar e deixar suas malas. Realmente, é meio estranho encontrar o seu personagem favorito segurando uma garrafa de água ou uma sacola de compras.

Eu fiquei chocadíssima com a Arlequina da imagem, mas vários outros me surpreenderam (positivamente e negativamente). O casal fofo de “Coragem, o Cão Covarde“, com certeza ganhou o prêmio de Miss e Mister Simpatia.

Cosplay de Arlequina, do “Esquadrão Suicida”

Cosplay de Rey, de “Star Wars”

Cosplays de Eustácio e Muriel com o “Coragem, o Cão Covarde”

 

4. O estande da Netflix deu muitos brindes legais (menos pra mim)

Okay, vamos lá, a Netflix é uma febre e o estande deles era demais. Tinha pinball do “Narcos”, um jogo de “Stranger Things”, no qual o participante tinha que acertar as luzes que se acendiam na parede, um Cara-a-Cara gigante com os personagens originais da Netflix, um espaço para realizar a prova dos cubos da série “3%” e mais.

Eu, por exemplo, participei de um jogo de mímica, no qual eu sentava em uma cadeira de costas para um telão com um fone tocando música e outra pessoa tinha que fazer a mímica do que aparecia no telão (séries e personagens). Fui ridiculamente mal e só ganhei uns adesivos, mas quem ia bem nos minigames ganhava camiseta, balde de pipoca, poster, etc.

Vale a pena lembrar que os presentinhos mais legais acabaram cedo.

Parte do estande reservada para a série “3%”, a primeira produção original brasileira da Netflix

Cara-a-Cara com os personagens originais da Netflix

 

5. Se você é um grande fã dos conteúdos da feira as suas chances de ganhar qualquer coisa crescem

Muitos expositores ofereciam brindes através de pequenas competições, como quizzes, para ver quem sabia mais sobre um determinado assunto. Eu não entrei em nenhum porque não queria dar na cara a minha total ignorância.

No estande da Hello Kitty era mais fácil, bastava girar uma roleta e ver se você ganhava desconto na loja ou um brinde. Fiquei toda felizona que ganhei um brinde… um lenço umedecido. Dei um para a motorista do Uber na volta e o outro tá aqui em casa fechado.

Estande da Hello Kitty

 

6. Tirar foto no trono de ferro é clichê, mas e daí?

Todo mundo quer ser rei (ou rainha). É impossível passar em frente ao trono e não querer tirar uma foto. O mais legal é que a HBO tirava a foto com uma câmera profissional e te mandava por e-mail.

Eu já tinha tirado uma foto no estande da Leya durante uma Bienal do Livro mas essa versão do trono era MUITO mais legal e bem-feita. Isso porque é O TRONO DE FERRO ORIGINAL! Gostei de uma mulher que deitou toda lacradora porque é o que eu queria ter feito e fiquei com vergonha.

Essa que vos fala morrendo de vergonha como pode perceber.

 

7. E se ferro é muito duro para você, dá para achar um trono mais aconchegante

O estande da “Turma da Mônica” trouxe o próprio Maurício de Sousa e sua filha. Isso mesmo!! A inspiração para a personagem Mônica, que além de todos os Sansões, posou com mais um todo estilizado.

Rolou até um trono de Sansões, inspirado em “Game of Thrones”. É muito fofo, né?

Uol, http://virgula.uol.com.br/geek/8-coisas-imperdiveis-na-comic-con-experience-2016/#img=1&galleryId=1169032

Mônica verdadeira e Sansão estilizado  no trono do famoso coelho de pelúcia.

Estande da “Turma da Mônica”.

 

8. Diversos objetos são protegidos por vidros cheios de digitais

Eu concordo que tem que proteger os objetos e tal, mas por que as pessoas colocam a mãozona no vidro? O resultado são fotos cheias de digitais das milhares de pessoas que passaram por ali com você refletida. Bem que poderiam contratar flanelinhas.

Vestido de casamento utilizado pela personagem Margaery Tyrell de “Game of Thrones”

Máscara dos filhos da harpia de GoT

 

9. Dava para tirar uma foto em 360º (se você quisesse perder o evento preso na fila)

A Rede Globo trouxe essa tecnologia para a Comic Con. Bastava ficar parado no centro de um espaço circular, fazer a sua melhor pose e esperar as muitas câmeras fazerem o resto do trabalho.

Acho que era mais legal assistir as pessoas posando do que tirar a foto em si. As pessoas combinavam o que iam fazer, iam em grupos, achei bem divertido e dá pra ver o que o povo fez na galeria de imagens. Eu não tirei porque a fila estava enorme – vou falar disso já já.

Equipamento para tirar a foto de 360 graus.

 

10. A exposição das armaduras dos “Cavaleiros do Zodíaco” foi realmente linda

Pela primeira vez fora do Japão, as doze armaduras de ouro em homenagem ao 30° aniversário do mangá japonês deixam qualquer um de boca aberta. Até falamos dessa exposição, lembra?

Vamos lá, não me julguem. Eu nunca vi “Cavaleiros do Zodíaco”. Eu lembro que meus amigos viam, mas enfim, sei lá porque eu nunca vi, então eu não sei quem é quem nem nada. Mas as armaduras são demais.

Não sei se todo mundo tem a sensação que eu tenho, mas quando você vai num museu e vê uma coisa que você já viu trocentas vezes pela internet e pessoalmente é diferente, o negócio é imponente, é outra coisa. É bem por aí, com essas armaduras.

Armadura de ouro dos “Cavaleiros do Zodíaco”

Armadura de ouro dos “Cavaleiros do Zodíaco”

Armaduras de ouro dos “Cavaleiros do Zodíaco”

Armaduras de ouro dos “Cavaleiros do Zodíaco”

 

11. Você vai querer comprar alguma coisa (mas nem sonhe com descontos)

Difícil achar alguma coisa barata, mas é tudo muito lindo. Têm camisetas, livros, copos, action figures (bonequinhos) e até capacho dos seus personagens favoritos. Eu tava quase indo embora ilesa quando vi o estande da Copag e eu sou louca por baralhos, eu amo muito.

Consegui me controlar e comprar um da Alice Através do Espelho por R$15. E cara, tinha um baralho do Mr. Potato Head, com cartas de plástico transparente apenas com o desenho do bigode, chapéu, orelhas, etc.

Tirando as camisetas, a maioria das coisas estavam caras (pra mim) e sem descontos.

Bonecos Pop! Funko da Mcfly Colecionáveis

 

12. Tem que pagar para receber autógrafo e tirar foto com os famosos ¯_(ツ)_/¯

Sim, é sério. As sessões duram uma hora e custavam R$180 para autógrafos, R$390 para foto e R$600 para participar do meet and greet (conhecer pessoalmente o famosão). Eu acho meio absurdo tudo isso e vou me conter só a esse comentário para evitar textão.

No entanto, alguns artistas foram para o meio da galera, vide Natalie Dormer, a Margaery Tyrell de “Game of Thrones”.

Milla Jovovich e Paul S. W. Anderson entrando para o painel de “Resident Evil 6: O Capítulo Final”

Instagram, https://www.instagram.com/p/BNh30BSg6LY/?taken-by=omelete

Natalie Dormer, atriz de “Game of Thrones”, no estande da Omelete

 

13. Deu muita vontade de se jogar igual aos dublês (se tivesse paciência para pegar mais fila)

O dublê de Michal Fassbender saltou de uma altura de 38 metros para gravar “Assassin’s Creed”. O estande que promove o filme trouxe uma torre um tanto quanto menor com um enorme colchão embaixo para quem quisesse testar suas habilidade e seu medo.

Eu só não pulei desse negócio porque a fila estava imensa e durou o dia inteiro, eu passei umas sete vezes na frente e parecia que a espera só aumentava. Deu dó de quem ficou horas na fila, para chegar lá em cima e ficar com medo de pular.

Torre do “Assassin’s Creed” possibilitava dar um salto de fé

 

14. Não tem só os quadrinhos conhecidos do público

O Artist’s Alley trouxe 461 quadrinistas, a maioria independentes, para mostrar o seu trabalho este ano. Foi muito interessante dar uma passada lá e ver o que está sendo produzido na área atualmente.

Um amigo meu, que é mais inteirado desse mundo, foi buscar um livro nessa área, conversou com a quadrinista (de graça!) e eu achei o contato muito legal. Cada artista fica na sua mesa mostrando e vendendo seu trabalho.

Artist’s Alley – Alameda dos Artistas

 

15. A Comic Con tem um estúdio de tatuagem e uma barbearia

Caso te desse na telha de fazer a barba durante o evento ou tatuar seu personagem favorito, sim, havia como. Meio doido fazer a tatuagem ali porque demora para fazer, então, de alguma maneira você está perdendo a feira.

Mas deve ser da hora você tatuar algum personagem ou referência e depois pensar: eu fiz isso na Comic Con. Para os menos ousados, você pode ganhar uma tatuagem temporária, tipo aquelas de salgadinho, numa parte dedicada ao “Esquadrão Suicida”.

Barbearia

 

16. Dá para se divertir e muito sem ver os famosos

Claro que muita gente vai para ver o seu ídolo, mas, a não ser que você queira ficar muitas horas em uma fila para entrar no auditório ou dê a sorte de ver um se jogando no meio da galera, dava para curtir e muito a Comic Con sem ver seus queridinhos.

Twitch Arena, onde foram disputadas as finais do XLG Super Cup de League of Legends e do XLG Super Cup de “Counter-Strike: Global Offensive”

 

17. É possível ver (quase) tudo que rola nos painéis pelo lado de fora

Eles passavam tudo em um telão na frente do auditório com tradução simultânea. Só os conteúdos exclusivos não eram liberados e, quando exibidos, o telão ficava preto e só se ouvia a gritaria de animação vinda de dentro do auditório.

Essa é uma boa opção, mas talvez fosse interessante passar em outros lugares do evento também porque para quem esperou horas na fila e não entrou, é um prêmio de consolação bem amargo.

Milla Jovovich e Paul W. S. Anderson no telão do lado externo do Auditório Cinemark

 

18. Tem muita fila para absolutamente tudo!

Como era previsto, um evento dessa magnitude tem fila. A dica é ir com paciência e encarar. Foi possível ver muita coisa só andando pela feira, mas tinha que esperar para participar de qualquer atividade.

Eu fiquei três ~fucking~ horas na fila para ver a Milla Jovovich. No fim, não consegui entrar. Depois fiquei mais de uma hora na fila do estande da AXN e, quando descobri que demoraria mais uma hora (contando pessoas e fazendo as contas), desisti.

Sinto que estava meio ansiosa de querer ver tudo e como eu só tinha um dia, me senti meio pressionada a não perdê-lo nas filas. Por conta da espera para fazer tudo, era possível ver muitas pessoas sentadas pelo chão do local.

Visitantes esperam sentados na fila do estande da AXN

 

19. Mas é bem organizado

Apesar de ter muita fila nas atrações, as praças de alimentação estavam tranquilas, assim como os banheiros. Tudo estava limpo e não houve problemas com a estrutura. Fiquei positivamente surpresa, acho que nunca fui em evento nenhum em que não tinha fila para comer e para fazer xixi.

Entrada do Auditório Cinemark com capacidade para 3.500 pessoas

 

20. E, sim, dá muita vontade de ir de novo!

Foi a minha primeira vez na Comic Con Experience. Como eu já disse, eu não sou do universo geek, mas apesar de alguns perrengues (filas e a minha pobreza) eu achei o evento animal e fiquei morrendo de vontade de ir em 2017!

SEM LEGENDA

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